Parte 14

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Andei por vários lugares, quando dei conta de onde estava. Já estava na rua de casa. Meus olhos estavam inchados, eu fui para meu quarto, nem vi se tinha alguém em casa me joguei na cama. Puxei um cigarro do meu criado-mudo e um isqueiro. Coloquei na boca e acendi. Me deitei. E fiquei lá, vendo o tempo passar.

Apague o cigarro, me levantei e fui para o espelho. Olhei-o. Examinei o reflexo. E em seguida dei um murro. O espelho rachou por todos os lados. Fiquei ali parada, vendo o vidro rachado. Me ajoelhei, peguei um dos pedaços, e passei fundo na minha pele.

- Idiota. - Sussurrei para mim mesma. Dei um passo para trás, fui até a porta, e chutei-a. - Vadia. - Bati minha cabeça na parede com força. - Morra, ninguém está ligando para os seus sentimentos. - Fui até os pedaços de vidros no chão e me ajoelhei em cima deles. - Espero que morra logo. - Fui até os resto do espelho. E encostei a cabeça. - Porque a morte não chega logo?

Fui até o canto do quarto, me ajoelhei, e abracei minhas pernas, e ali, desabei. O meu sangue escorria pela minha perna, e pela minha mão. Pus minhas mãos no meu cabelo, e puxei. Puxei vários fios. Chorei sem parar.

Quando cansei de tudo. Me deitei no chão, fraca. E escrevi umas frases em um papel.

 Se ao menos, eu tivesse tido alguém, isso acabaria diferente. Eu não seria tão, ruim assim. Eu seria, normal. Não sei ao certo porque escrevo isso. Não tenho nada a quem escrever. Então. Deixo uma carta falando apenas isso: Morri, culpa de vocês. Deixo tudo para os mendigos.

Me arrastei até a cama. E me deitei. Meus olhos, foram se fechando, devagar. E enfim, me entreguei.

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2015 ⏰

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Diário de uma perdida no mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora