Minha garganta doía. Eu senti gosto de sangue, mas nenhum vestígio. Minha barriga doía muito. A cada tentativa de expulsar algo do meu estômago, eu me contorcia de dor a cada vômito que meu organismo tentava fazer.
Me levantei, fraca. E fui a cama. Praticamente, eu caí nela, e dormi mais uma vez.
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Quando acordei, minha cabeça girava, e meu estômago estava praticamente ''berrando'' de fome. Eu me ajeitei e fui ao colégio assim mesmo. Pus minha farda, e fui até o banheiro, meus olhos estavam inchados, e minha cara estava péssima. Fui sozinha hoje, andando nas ruas. Quando cheguei na porta havia uma galera de minha turma, que olhava para mim e ria. Eu baixei o olhar, e entrei no colégio, fui até a porta da minha sala, e fui até minha cadeira. E fiquei lá. O sinal toca e eu estava quieta no meu lugar. Todos entram, e olham para mim, sozinha, no canto da sala. Alguns apontaram para mim, outros sussurravam entre si, e alguns riam. Eu me senti péssima com tudo aquilo. E minha barriga começara a roncar. Eu a apertei com força. E segurei a lágrima, se me virem chorando, seria péssimo.
A aula passou normalmente. E quando chega a hora do intervalo, eu me desespero. Mas, saio da sala, e fico sentada em um canto do colégio. Quando algumas pessoas começam a olhar para mim. E apontando para mim.
- Oi. - Um garoto que eu não me lembro de tê-lo visto alguma vez se aproxima de mim e senta ao meu lado.
- O-oi. - Falo nervosa puxando o casaco para baixo.
- O que foi? - O garoto pergunta em um tom sincero.
- Nada... - Respondo virando o rosto.
- Porque está aqui sozinha? - Ele pergunta.
- Porque sim! - Respondo cerrando os punhos.
- É eles rindo?
Levantei a cabeça quase chorando.
- Sim...
- Liga não, é só idiotice.
- Fácil falar.. -Eu abaixo a cabeça e abraço minhas pernas. - Qual sua turma?
- A mesma que sua.
- Eu não te vi na sala.
- É. Normalmente, não sou daqueles que fazem bagunça. Sou meio "nerd" e entendo o que você passa. Mas depois isso para.
O sinal toca.
-Bom... Vou pra sala, vamos?
- Já estou indo. - Me levanto do chão e vou pra sala.
Quando a professora fez a chamada, descobri o nome dele. Era Paulo.
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Diário de uma perdida no mundo
No FicciónUm diário. Um lápis. Uma garota. Vários problemas.