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Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha saindo do banheiro, tirei a proteção do meu ombro e suspirei, vi Olivia sentada na minha cama meio desnorteada, a garota percebeu a minha presença e seus olhos arregalam me olhando preocupada, ri.
— bom dia, Rodrigo. — me aproximei da cama e sentei na ponta da cama.
— me diz que eu não falei tudo aquilo ontem... — ela pediu.
— ontem? ah... sobre você ter se declarado e me contado que é obcecada por mim? — sorri sapeca.
— eu odeio você pra caralho! — suspirei e me aproximei da garota beijando seus lábios, a garota segurou minha cintura com delicadeza. — pensando bem...
— não precisa dizer. — pisquei pra mesma e me levantei, fui até meu frigobar e peguei uma garrafa d'água para mesma. — tenho comprimidos na segunda gaveta, eu vou me trocar.
—
Me sentei ao lado da garota que deu um leve sorriso pra mim e observou o meu braço, ela tinha um olhar culpado.
— a culpa não foi sua. — suspirei e ela me encarou. — eu fiz aquilo pelo seu bem, e, me desculpe se te culpei no início... eu só estava frustrada com tudo.
— me desculpe por estragar o seu sonho, s/a. — ela segurou minha mão e eu concordei.
— eu vou ficar bem. — falei e ela me abraçou.
— você viu meu celular? — ela perguntou.
— está carregando na minha mesa. — falei e ela concordou.
— eu não quero chegar perto dele, ou voltar para casa. — falou e soltou um suspiro.
— o que houve?
— eu não falei verdades só pra você e de brinde roubei o carro do meu pai. — ela riu de sua desgraça.
— você ainda é uma péssima motorista, Senhorita Detran. — brinquei e ela revirou os olhos. — ainda bem que o jardineiro veio hoje, você acabou com a entrada da minha casa.
— me desculpe... eu pago o prejuízo, se eu não for deserdada. — lamentou-se e ri beijando sua testa.
— vamos fazer o seguinte, vamos aproveitar o dia de hoje e amanhã lidamos com o resto... mas acho que deveria avisar aos seus pais que esta bem. — falei e ela suspirou concordando.
— daqui a pouco. — se aconchegou sobre mim e nos cobriu, olhei nos olhos da garota e ela levou sua mão até meu rosto, acariciando o local. — eu tive medo de perder você, sn.
— eu estou aqui, estamos aqui. — falei. — sei que vai ser difícil voltar, mas vamos tentar.
— juntas? — a garota me perguntou receosa e concordei beijando a palma da sua mão.
— juntas! — ela se aproximou mais e beijou meus lábios.
— obrigada, Sn. — eu a garota ficamos nos observando em silêncio, apenas aproveitando aquele momento.
(...)
— o meu bracinho ta doendo! — olivia falou e colocou o pote em cima da bancada.
— quem quis fazer bolo foi você, e eu falei que a batedeira ta quebrada! — falei e ela fez beicinho, sorri.
— bate pra mim! — ela falou e eu sorri maliciosa. — MANO!
— ué... e como eu vou fazer isso? eu to alejada minha filha! — falei e ela gargalhou.
— que ódio. — cruzou os braços e suspirei.
— olha, você segura bem firme e eu bato com a minha mãozinha boa. — a morena segurou o riso e revirei os olhos, ela fez o que eu mandei e comecei a bater a massa.
— o que vamos comer de salgado? — ela perguntou e eu dei de ombros.
— pizza? já está bom. — parei de bater a massa e ela levou seu dedo experimentando, fiz uma cara de nojo e ela passou um pouco no meu rosto. — sua putinha!
— eu to brincando, deixa que eu limpo! — ela falou e eu me sentei em cima da ilha, ela se colocou no meio das minhas pernas e ficou na ponta dos pés lambendo meu rosto, joguei a cabeça pra trás gargalhando.
— você é tão nojenta! — falei olhando para garota que riu.
— você me ama!
— quem sabe? — dei de ombros e desci da bancada. — eu vou pedir a pizza e você coloca o bolo no forno.
