LAST BREATH • jjk + pjm

[06] i'm exhausted

Voltei rápido dessa vez kkkkkk como vocês estão? hoje é dia de grammys e eu tô tão ansiosa que não consigo parar quieta 😩

Enfim, espero que gostem da att de hoje, eu não tô tão confiante porque esse foi o capítulo mais "pesadinho" até agora, mas é isso.

Deixa o fav ☆
Comentem e escutem a playlist da fic, o link tá na bio.
Eu ainda não tive tempo de revisar, então se virem algum errinho me avisem por favor.

Boa leitura! 💙

🌬

— Eu não acredito! — Uma voz feminina atravessou a bolha que se formou em minha cabeça.

Abri os meus olhos e me afastei de Jungkook subitamente, pelo susto.

Olhamos para a porta, e June estava parada de braços cruzados e uma expressão nada boa no rosto bonito.

Ferrou!

Depois que June nos flagrou na cobertura do hospital, eu levei uma das maiores broncas de toda a minha vida.

— Você sabe muito bem que não pode sair sem me avisar, Jimin! E se você tivesse passado mal? E se tivesse tido uma crise? Como eu chegaria a tempo de te ajudar se eu ao menos sabia onde estava? — A enfermeira falava irritada, andando de um lado para o outro no quarto.

— Eu estava com o Jungkook. — Falei baixinho, encolhido nas cobertas.

— E desde quando o Jeon é médico? — Ela colocou aos mãos na cintura. — Vocês foram irresponsáveis! E o pior de tudo é que você está doente, sabe que não pode se arriscar desse jeito.

Eu sabia que ela estava certa. Sabia mesmo.

E sinceramente, não pensei nas consequências quando Jungkook bateu na porta do meu quarto me chamando para sair, apesar de estar ciente de todas elas. Eu simplesmente não liguei e fui.

Era assim que funcionava todas as vezes em que eu estava com ele. Eu não pensava, não raciocinava e por mais que eu soubesse que era errado e arriscado, eu não me importava. Eu me sentia seguro.

Eu não queria que Jungkook me tratasse como todo mundo, não queria que ele sentisse pena de mim ou que tivesse receio. Eu queria que ele me enxergasse como uma pessoa normal. E ele fez isso.

Jungkook foi o único que desde o começo não teve medo de me tratar como um ser humano. Ele não tinha conhecimento nenhum sobre o meus estado e eu sei que por isso ele não pensou em filtrar suas palavras e atitudes comigo, mas de qualquer forma, ele foi o primeiro que me fez viver além da doença.

— Eu tô sempre doente. — Murmurei, recebendo um olhar de advertência.

— Não começa, Jimin.

— Mas é verdade! Eu não posso sair desse quarto nunca, não posso comer o que eu quero, não posso nadar na piscina e nem namorar. — Falei exaltado, levantando da cama e empurrando os cobertores para longe, me arrependendo na mesma hora em que uma tontura leve me atingiu. — Eu tô cansado de fingir que tenho uma vida feliz nesse cubículo enquanto as outras pessoas podem viajar e aproveitar suas vidas. A única coisa que eu queria era poder viver do meu jeito, sem medo, sem angústia e sem porcaria de doença nenhuma. — Não pude evitar as lágrimas que começaram a escapar dos meus olhos.

June suspirou. Seus olhos estavam marejados também, mas eu sabia que ela odiava chorar na frente dos outros.

— Eu sei disso, Jimin. Eu não posso dizer que entendo porque só você sabe o que é viver dia após dia, mas do mesmo jeito que você deseja ser saudável, eu também desejo. Você acha que não me dói saber que o seu corpo não reage mais aos tratamentos como antes? Acha que não me machuca o desespero que eu vejo nos seus olhos toda vez que você tem uma crise e não consegue respirar? Acha que eu não choro todas as noites quando eu chego em casa depois de um plantão sabendo que você ficou aqui sozinho? — June dizia baixo, com a voz carregada de tristeza. — Por mais antiprofissional que seja, a nossa relação não é de paciente e enfermeira há muito tempo, eu te amo como se você fosse um filho, Jimin!