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Sn, nunca foi uma mulher de chorar, ainda mais, por amores fracassados. Claro que, ela sofria, mas chorar? Não, claro que não. Ela foi criada, somente e unicamente por mulheres, elas a ensinaram ela a ser a mulher forte que ela é, hoje.
Mas naquele momento, em que ela se viu sozinha no seu apartamento que ela dividia com o seu, agora ex namorado. Enquanto guardava seus pertences em uma mochila, ela sentiu o seu coração apertar tanto em seu peito que ela sentiu uma dor física no corpo, quase a fazendo cogitar por um momento que ela iria morrer, mas não morreu, ela se manteve em pé. Ela sentiu uma lágrima solitária correr pelo seu rosto, a fazendo limpa-la quase que imediatamente, porém foi em vão, outras lágrimas se formaram e foram caindo como cascadas por seus olhos. Sn sem largae uma de suas camisetas fechou seus olhos, respirou fundo, e tentou se acalmar.
Respire porra! Você já passou por isso!
Ela falou para si mesma. O que as mulheres que a criaram a diria agora?
Nada. Elas não diriam nada, elas a abraçaria, faria carinho em seu cabelo e diria que estaria tudo bem, que ela tinha que se forte, que ela iria e tinha que sobreviver a aquilo. Seria isso, que Diane, a mulher que ela via como mãe faria, Rebecca a xingaria de hoje até amanhã por chorar por homem e Krystal iria quebrar o desgraçado no murro.
Sn suspirou, os olhos e narizes vermelhos indicando o choro recente, mas ela já tinha se acalmado. Ela levaria tudo de importante consigo, ia voltar para a casa aonde foi criada, ela sairia de lá antes mesmo que Wade voltasse.
Aquele era seu plano. Já tinha pedido um uber e faltava apenas mais algumas roupas dentro da mala.
Ela sairia sem dizer uma única palavra para o homem que amava, mas sabia que não precisava ele saberia. Ele não era um homem burro.
Depois de colocar as últimas peças de roupa dentro da mochila e a fechar. A mulher parou por alguns segundos, observando o anel de compromisso em sua mão, um anel de sapinho. Dolorosamente ela retirou o anel e o colocou sobre a mesa de cabeceira ao lado da cama.
Ela pegou sua bolsa de mão, onde guardava seu celular, protetor labial, obsorvente, spray de pimenta e canivete. Tirou de lá o celular e digitou rapidamente para Krystal: “Estou indo.”, assim que ela apertou o botão enviar, a porta da frente foi aberta.
Merda!
A morena pensou, todo seu plano tinha ido por água abaixo. Ele tinha chegado.
— Amor! — Ele a chamou. E aquilo doeu. — Eu trouxe pizza! Sua favorita, portuguesa e frango com catupiry. — Uma parte de Sn, queria desfazer as malas, por as coisas devolta no seu guarda-roupa e comer com Wade enquanto maratonavam star wars, mas ela não o fez, ela não recuou. Sn, botou sua mochila nas costas e guardou seu celular na bolsa de mão, pegando as chaves do apartamento. Então Wade entrou quase que saltitante dentro do quarto dos dois, com a caixa em mãos, então, a olhou confuso. — O que é isso?
— Estou indo embora. — Respondeu friamente.
O loiro parou por um segundo, a olhou de cima abaixo a analisando. Olhos e nariz vermelho, ela estava sem aliança. Seu coração errou uma batida, ela sabe.
— Por que? — Perguntou, somente para ter certeza.
— Não quero te atrapalhar. — Falou. — Não precisa mais se preocupar Wade, você e a Vanessa não precisam mais se pegarem escondidos. — Ela queria chorar, ele via isso, mas ela não iria.
E aquilo doeu. Mais do que todas as surras que ele já tinha levado na vida, do que todos os xingamentos que ele tinha ouvido. Ver Sn, a mulher da sua vida, ali, parada na sua frente, com as malas feitas, se esforçando para se manter firme. Ver o quanto ele a machucou, por um ato de egoísmo o destruiu por dentro. Ele definitivamente preferia levar um chute no saco, do que isso; mas não tinha volta.
Wade sentiu como se tivesse tomado um banho de água fria. Ele pode quase que sentir como se espinhos tivessem perfurado seu coração.
Ele tinha que falar alguma coisa.
Fale alguma coisa!
Ambos pensaram, enquanto mantinham contato visual. Ele não tinha nada pra falar.
— Eu e a Vanessa...Foi só uma vez, foi só uma noite! — Eram palavras vazias, ele sabia que isso não a convenceria ela a ficar.
— E valeu a pena? — Indagou Sn, sem desviar o olhar por um único momento.
— Não. — Sua voz saiu dolorosamente baixa. A mais baixa concordou com a cabeça, enquanto com o seu chaveiro em mãos, ela tirava um chaveiro que ele tinha a dado de aniversário e a chave do apartamento. Wade tinha colocado a caixa de pizza sobre a cama, ele, sem saber o que fazer se aproximou de Sn. — Eu sei que o que eu fiz foi mancada, eu vacilei pra caralho! E eu sei que vai parecer clichê, estúpido até, mas eu amo você, por favor, não vai, porra eu...
— E você iria me contar? — Perguntou. — Ou iria deitar ao meu lado na cama fingindo que nada disso aconteceu? O que aconteceria se eu não descobrisse, Wade? — O silêncio consumiu o quarto por segundos, até que o de Sn celular vibrou e uma buzina ecoou. — Você pode ter colocado um anel no meu dedo, mas você escolheu ela. E eu escolhi você, entre ele e você, mas não me peça pra escolher entre mim e você, pois já sabe a resposta. Tchau, Wade.
Ela falou antes de sair do quarto com as malas, e o gato, que era dela antes mesmo de morarem juntos. Sn desceu as escadas do seu apartamento, deixando ss lágrimas caírem silenciosamente.
Por um momento ela parou. Desejou voltar, desejou que ele fosse atrás dela.
Mas fechou os olhos por alguns segundos e voltou a descer as escadas, até finalmente sair do apartamento e entrar no carro branco.
— Bom dia moça! — Disse um senhor.
— Bom dia. — Ela o respondeu educadamente dando um sorriso fraco, doloroso, apenas por educação.
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Lek, eu sempre tiro os tipos de imagines em uma roleta, e essa roleta odeia vocês. 🥲
