We farmer's arms | romanogers

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Natasha.

Dou meu primeiro sorriso amplo da semana, genuinamente feliz em ver Carol do outro lado da tela. Sua expressão está bem suave, diria até leve, e isso me deixa menos preocupada quanto aos seus dias longe de nós.

Ela me mostra a vista de onde está hospedada, bem próxima à Torre Eiffel, me fazendo inveja. Aceno para eloise, sua enteada, que está sentada em seu colo e me cumprimenta empolgada. Eu adoro essa pirralhinha fofa!

“Cadê a Wan?” — questiona curiosa.

“Se arrumando para o colégio, e você, como tá aí em Paris com seu sugar daddy? Sua expressão tá boa, hein?” Brinco, sabendo que ela fez as pazes com ele.

“Natasha!” — me repreende com um tom risonho, desajustada, e eu gargalho.

“E eu aqui limpando cocô de cavalo no sol quente! Vida injusta!” — finjo um drama inexistente só para vê-la rindo novamente.

“Boba! Voltaremos antes do final do mês, até.”

“Por quê?” — me preocupo.

“Cuidar dos negócios que precisam de nós mais do que nunca. Acredita que a linha completa do Ma Chérie já está indo para o segundo loteem pouquíssimos meses de lançamento?”

Se mostra orgulhosa e satisfeita pelo seu trabalho e não fico diferente.

Era o sonho da vida dela produzir os próprios perfumes e comercializá-los. E
conseguiu com êxito!

Ponho as mãos no rosto, surpresa, entretanto nem tanto, eu sabia que seria um super sucesso, minha irmã é talentosa demais e merece tudo de bom que vem acontecendo!

“Eu preciso voltar para assinar a nova remessa e os ganhos dos royalties, e tenho uma surpresa, mas vou contar só quando chegar no Brasil,irei aí visitar vocês.”

“Que suspense, dá uma dica!”  — suspiro curiosa, ajeitando o cabelo.

Wan chega fardada, toda felizinha por ver Carol, e fica encantada com a vista da cidade luz e com Louise de boina francesa. Ela é a mais romântica entre nós. Mas também é a primeira a contar a novidade desagradável:

“O filho dos Rogers voltou e ele e a Natasha brigaram já.”

Repreendo-a, pretendia contar as malditas novidades desagradáveis quando voltasse, para não a preocupar por estar longe. Logo após soltar a bomba, se despede, porque precisa ir para o colégio para não se atrasar, me deixando a sós com Carol curiosa, querendo que eu lhe dê satisfações.

“Que história é essa? Me conta, Natasha!” Assume uma expressão séria, inquisitiva.

Eu vou matar a Wanda pela sua língua grande!

“Não foi nada de mais, tudo está indo conforme o não planejado. Ele já deu as caras, mas mostrei como as coisas funcionam agora por aqui.”

Sorrio de forma amigável, tomando meu café, porque esse assunto sempre desce arranhando minha garganta.

“Natasha, não vai brigar, tá bom? Você sabe como eles agem sem empatia, pode acontecer algo grave e não quero mais perdas!”

Me alerta como a irmã mais velha protetora que sempre foi.

“Eu também sei agir assim, irmã, basta precisar. Não se preocupa, não sou criança mais não. Curta sua viagem, está tudo sob controle.”

“Olha lá, Nat. Esquece essa família! Vou desligar, tá bom? Amo vocês e estou com saudades.”