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Arthur on

Que quinta-feira do caralho

Gilson: é o meu trabalho

Victor: perguntar pra ela - ele diz puto -  se o estuprador dela levava ela para passeios românticos ?

Hmm, pesado

Gilson: eu tinha um linha de raciocínio.

Victor: uma linha de raciocínio?

Isso não vai terminar bem

Gilson: ela admitiu que é a pessoa com quem ele mais se importa, em alguns momentos ele deve ter sentindo aquele peso na consciência e resolveu bancar o bom moço. Levou ela pra algum lugar, casa... boate ... qualquer lugar

Victor: "Bárbara, Flávio levou você em algum lugar no asfalto que você se lembre ? Pode ser um imóvel próprio ou qualquer outro lugar"- ele diz irritado- viu como é fácil perguntar sem causar um monte de gatilhos na garota

Gilson: cada um tem o seu trabalho aqui dentro, o de interrogar é meu.

Por que eu não nasci um herdeiro mimado ?

Gilson: Gabriel o que você acha disso ?

Bak: eu ? Bom vou dar minha sincera opinião...

Gilson: vá em frente

Bak: minha opinião profissional é que os dois estão errados. Gilson esqueceu a consideração pela vítima, foram dois anos naquele inferno, insinuar momentos românticos com o abusador dela foi extremamente desnecessário. Victor, ele não tem que se meter no interrogatório, tudo bem chamar atenção do Gilson depois mas não pode tirar a autoridade dele assim .

Arthur: e a opinião pessoal ?

Bak: quero que os dois se fodam e a Bárbara fique bem

Gilson: Souza ? O que você acha ?

Souza: bom, sei que tem o risco da garota estar escondendo informações. Mas não eu não posso afirmar nada, passei uns 20 minutos com ela no máximo ...

Gilson: Arthur?

Arthur: acho isso perda de tempo, vocês batendo boca enquanto o Flávio tá por aí livre .

                                         🍂

Arthur: você sabe que eu tô apoio pra caralho. Mas aqui dentro você não pode surtar

Victor me encara

Arthur: foi desnecessário ? Obviamente foi, mas você não pode perder o controle, não pode deixar verem como ela te afeta.

É só eles perceberem que o Victor tá preocupado demais com a Bárbara que a casa cai.

A gente não pode esquecer que temos um rato na nossa equipe.

Victor: eu sei, mas porra ....- ele passa a mão pelo rosto

Bak: quero ver ela - Victor não diz nada continua me encarando-  ela é minha amiga eu quero falar com ela e ver como ela tá.

Victor: não vou te dar o número dela

Bak : me dá o seu celular, vou sentar aqui na sua sala. Assim você não tem que me acusar de nada

Victor: nunca te acusei de nada Gabriel, você que se incomodou á toa .

Um cachorro insuportável , o Gabriel e o Victor. A garota fez uma estrago daqueles em apenas um mês .

Arthur: foda-se se vocês estão brigando, na minha casa no domingo. Carol disse pra ninguém faltar .

A palavra da loira é lei .

🍂

Babi on

Babi: você é pesado amor ...

Pantera ignora e continua deitado em cima de mim .

Victor tranca a porta entrando com o lanche

Victor: sério que você tá chamando o cachorro de amor ?

Babi: me deixa, ele tá tristinho hoje

Victor: ele é dramático- ele vai para cozinha

Babi: não dá bola meu bebê- faço carinho nele - ele não sabe o que diz

Victor: larga ele e vem comer.

Me levanto e vou pra cozinha, Victor já pôs o hambúrguer no prato .

Lavo a mão e me sento pra comer

Victor: você conversou por um bom tempo com o Gabriel - me sento pra comer

Babi: é, ele nunca deixa o assunto morrer - pego uma batatinha

Gosto do Gabriel, ele é engraçado, é carinhoso ...

Victor: hmm- ele morde o hambúrguer

Não gosto de quanto ele me responde com "hmm", eu não sei o que ele quer dizer e isso me deixa confusa .

Babi: ele me conta da vida de todo mundo, é muito fofoqueiro

Eu sei da vida de pessoas que eu nunca vi .

Victor: ele costuma falar demais

Babi: não fala assim dele, é um dos seus amigos

Victor: Bárbara, a protetora dos menos desprovidos

Babi: você é uma péssima pessoa - dou um sorriso

Victor: nem todos podem  podem chegar aos pés do Gabriel

Ok.
                                         🍂

Entro no quarto do Victor sendo seguida pelo meu fiel escudeiro

Babi: aí meu Deus - arregalo os olhos vendo o Victor sair do banheiro só de toalha - foi mal, eu devia ter batido da porta .

Ele me encara e seca o cabelo com a toalha.

Victor: tudo bem, não me incomodo - ele vira as costas e vai pro closet.

Pantera sobe na poltrona do quarto

Suspiro e deito do lado de sempre da cama, não demora pra ele voltar com uma calça moletom no corpo .

Victor apagou a luz geral do quarto deixando só um abajur ligado, sinto a a cama afundar quando ele deita.

Deito de frente pra ele, Victor fica me encarando e então estende o braço pra eu deitar com ele . Me aproximo deitando meu corpo colado no  dele .

O polegar dele desliza pelo meu corpo me fazendo sentir uma sensação gostosa, nunca recebi esse tipo de carinho .

Sinto um beijo no meu maxilar e viro o rosto encarando o Victor, ele deixa um selinho nos meus lábios.

Me viro um pouquinho só pra ele poder aprofundar o beijo, o braço dele me puxa pra mais perto do corpo dele como se isso fosse possível.

Ele encara o beijo e deixa um beijinho na minha testa .

Victor: boa noite, Babi- passo a minha perna por cima da dele

Babi: boa noite, Victor -ele desliga o abajur.

Não sei de onde eu tirei coragem mas fiquei desenhando círculos no abdômen dele até cair no sono

Além do tráfico Onde histórias criam vida. Descubra agora