My sad little day

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Eu havia acabado com tudo.
Tudo mesmo.
Não que eu amasse Lauren de paixão, mas ela era importante.
Eu deveria ter parado ela.
Mas ela é tão linda...

Sentei-me na praça e comecei a chorar.

Eu odiava meu rico "namorado". Eu transei com a filha dele. A filha gostosa e linda.
Eu me odiava por isso.
E o pior. Eu não sentia culpa por trair Mike. Sentia culpa por fazer Lauren passar por isso.

Abracei meus joelhos. Ultimamente o mundo virou de ponta cabeça. Minha família foi arrancada de mim. Estupro. Dor. Depressão. Amor. Lauren.

Espera.

Eu não escrevi isso. Eu não posso estar amando aquele ser repugnante mimado.

Mas continuando.... A primeira vez em alguns meses que eu saio e me divirto de verdade... E lá está ela... Acabando comigo.
Não é a primeira vez que uma garota faz isso, mas achei que superaria todo esse amor adolescente.
Eu achei que estava madura o suficiente pra não fazer o que fiz com a Taylor...

-Ora, ora, ora... - Alguém disse me despertando dos pensamentos incrivelmente insuportáveis e sufocáveis. -A versão do Alejandro, mas em versão gostosa e lésbica...

-Quem está ai? -Tentei decifrar a voz masculina da pessoa escondida na sombra escura de uma árvore.
Lentamente três brutamontes foram saindo.
Lá estava ele.
Brad.
Ela jogou algo em mim, que foi direto em minha cabeça.
Tudo parou de fazer sentido. Foi escurecendo até o momento em que apenas podia ouvir.

Portas.

Gritos.

Mulheres.

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-Vira aí, seu babaca. - Acordei quando ainda estávamos no carro de Brad, enquanto ele inutilmente tentava dar as direções para um de seus capangas.
Minha cabeça doía.
Massajei minhas têmporas.

O carro parou.

Comecei a suar frio.
Será que encontraria minha família?
Será que me fariam de escrava?
Será que me matariam?

-Finalmente. -Brad pulou do carro, fazendo um barulho violento quando fechou a porta. -Vamos Cabello, saia dai. -Ele me puxou, fazendo-me cair de joelhos no chão de pedras do estacionamento. Grunhi.

-Chefe começamos hoje ou amanhã? -O motorista/brutamonte perguntou.

-Amanhã.

-Então vamos pirralha. -Ele segurou meu pulso me arrastando para dentro de uma casa escura. Ele não se deu o trabalho de acender lâmpada alguma, provavelmente já tinha arrastado várias pessoas dentro daquele lugar.

Ele abriu uma porta e me deixou em um quarto escura sozinha.
De repente uma voz feminina embargada entra no ambiente.
Tinha mais alguém lá.
E essa voz não me era estranha.

-Quem está ai? -Ela perguntou.

-Camila Cabello. -Respondi firme.

A garota começou a chorar, provável que estava chorando antes, pois sua voz demonstrava tamanho fato.
Aproximei-me, reconhecendo aquela voz.
Estremeci.

-Lauren?

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