My little disaster

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-Nós...fizemos? -Perguntei, fazendo Camila resmungar e se virar para o outro lado, voltando a dormir. Sua bunda nua encostou na minha perna, a morena pulou assustada.

-Lauren! Nós transamos caralho! -Ela me olhou assustada. Seus olhos brilhavam pavor.

-Eu sei, merda, eu vou pra casa. -Levantei pegando as peças de roupa que encontrei, e logo colocando-as. - Viu minha camiseta? -Me virei para trás e a pequena mordia o lábio inferior me encarando, no mesmo momento eu corei. Ela prontamente se levantou revelando minha camiseta em seu corpo.

-Desculpa, seu cheiro é bom. -Camila riu envergonhada.

-Pode ficar, vou pegar uma em seu armário. -Ela assentiu. Logo estava sentindo aquele cheiro de canela em mim.

-Hum Laur? -Olhei para a garota. -Acho que temos um problema. -Ela tirou o cabelo do pescoço e várias marcas roxas foram encontradas.

-Camila porra! -Corri para a menina, querendo ver estes hematomas de perto. -Me desculpa.

-Tudo bem, fui recompensada com um sexo maravilhoso. -Ela colocou a língua entre os dentes e sorriu de forma maliciosa.

-Eu sou foda. -Sorri satisfeita.

-Pois bem, levante a camiseta. -Camila ordenou e logo fiz isso, caminhando até o espelho e encontrando principalmente em meus seios arranhões, marcas de mordidas e roxos.

-Puta... Merda. -Ela gargalhou alto com a minha reação.

-Quem é foda? -Ela perguntou, provocando uma risada minha.

-Okay eu vou indo, tchau. -Cortei o assunto, dando um sorriso e saindo do quarto.

-Laur. -Camila chamou, voltei ao quarto. -Isso não vai acontecer de novo. -Assenti rindo e depois fui embora de uma vez.

CAMILA POV

Lauren não estava em casa. Eu e seu pai estavámos conversando sobre um filme que gosto muito enquanto ele bebia algumas taças de vinho:

-Ela é culpada! -Ele disse rindo.

-Mike, ele que é! -Ri, batendo em seu braço.

-Ah vamos! Pare de falar besteira e me pegue outra garrafa de vinho. -Ele pediu e eu levantei, descendo até a adega, e escolhendo um vinho. Peguei uma taça para prova-lo, sorvi um pouco do líquido, sentindo descer por minha garganta. Derramei mais e bebi um pouco, mas dois braços grandes me surpreenderam, agarrando-me abaixo dos meus seios. Engasguei com o vinho, confusa.

-O que é isso? -Perguntei.

-Você vai pra minha cama,querendo ou não. -Mike avisou soltando aquele hálito de bebida alcóolica, sua voz falhava, mas ainda sim era forte o bastante para me segurar.

Ele me arrastou pelo o cabelo, eu gemia em dor por sentir meu coro cabeludo queimar. Eu queria fugir, gritar, mas não havia quem me salvar ou escutar. Eu nunca havia sofrido tamanha tortura, sempre soube fugir ou me esconder antes de algo acontecer. Queria chorar, principalmente por ser meu namorado. Meu gritos de desespero era abafados pela risada alta de Michael. Estava cega, não conseguia enxergar nem pensar em nada, apenas gritava e sua frase passando em minha cabeça: "querendo ou não".

-Por favor não! -Implorei.

Logo estava sendo jogada em sua cama, minha saia foi brutalmente arrancada de meu corpo, minha camiseta rasgada, tudo o que eu fazia era implorar, podia sentir minha garganta arranhar, para aumentar a dor. O prazer não seria recíproco, era óbvio. Quando meu sutiã foi arrancado, eu poderia sentir a dor de suas mãos em mim, apertando-os. Logo minha calcinha estava no chão, eu já olhava para o chão, chorando baixo, apenas esperando para sentir aquela dor. Michael estava de camisinha. Me olhava com os olhos brilhando. Meus olhos pesavam. Queria morrer. Ele me penetrou provocando gritos de socorro e dor meus. Me rasgava. E não era algo bom. Nunca havia sido tão humilhada assim. Morrer. Meu desejo. Morrer. Apos seu orgasmo, ele caiu no meu lado e dormiu.

-O que eu faço?- Perguntei a mim mesma.

Parei e pensei em minha irmã, minha mãe, elas não sentiram isto. Eu fui humilhada. Eu só estava lá para me proteger, mas lá estava Mike, dentro do mesmo teto que eu, esperando para me torturar. A pior dor do mundo deve ser esta. Você sabe quem está fazendo isso. Você não pode fugir. Você é obrigada a sentir algo te perfurando. Sua alma, seu corpo, seu ego, sua confiança, tudo. Então desejei estar com minha família, poderia estar abraçando Sofi, enquanto assistíamos algum desenho animado, minha mãe estaria preparando algo delicioso para comermos apenas para escutar um "está delicioso". Mais tarde estaríamos jogando algum jogo de tabuleiro e deixaríamos Sofi ganhar. Eu estaria...feliz. Eu provavelmente teria que estar trabalhando algumas vezes para os mafiosos, mas estaria com as pessoas que mais amo.

LAUREN POV

-Me deixa ir embora Dinah! -Brinquei, provocando risadas da garota.

-Me da um abraço! -Ela pediu. Me aproximei e a mesma assoprou ar quente em meu pescoço fazendo meus pelos se eriçarem.

-Você é uma filha da puta. -Resmunguei. Dinah era uma sedutora de carteirinha, sabia seduzir cada homem e mulher, ela dançava, mordia, beijava, rebolava, fazia de tudo. Não era a toa, sua beleza era impressionante, suas pernas eram torneadas, seus lábios extremamente carnudos, seu cabelo ficava perfeito em qualquer posição. Enfim, uma deusa.

-Tchau Laur! -Ela gargalhou, e eu sai de um de seus carros enormes e chiques.

Entrei em casa, estava tudo quieto e calmo. Precisava escovar os dentes e dormir logo. Entrei em meu banheiro e dei de cara com Camila. Ela estava diferente. Seu cabelo bagunçado preso em um coque, usava uma das minhas camisetas, o rímel em seu rosto estava espalhado por suas bochechas e ela chorava sem parar. Ainda estava dentro de minha banheira. Algo não estava certo.

-Mila? -Chamei encostando em seu braço.

-Não me toque! -Ela gritou, sua voz estava embargada e seus soluços alternavam em volumes.

-O que aconteceu? -Perguntei triste.

-Seu pai...Ele me... -Ela tentava dizer.

-O que ele te fez? Fala comigo por favor! -Entrei na banheira e sentei-me ao seu lado, passando mais confiança.

-Assediou.

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