Maybe you should never remember me

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-Desculpa... Mas eu te conheço? -Camila respondeu.
Não respondi.
Minha cabeça literalmente começou a girar, e todas as lembranças começaram a aparecer.
Vero, lucy, camila. Sexo. Traição. Estupro. Mágoa. Amor. Amizade. Drogas. Perigo. Traficantes. Provocação. Corações quebrados. Lágrimas. Depressão. Medo. Egoísmo. Tudo, absolutamente tudo o que fizemos, foi terrível.
Eu a magoei. Magoaria meu pai. Magoei a todos.
Não estava certo. Toda essa relação... Estava tudo errado.
Mas camila deveria saber, não é?
Não. Eu nunca iria contar para ela que transamos, vendemos drogas, fomos presas, brigamos, nos amamos. Nunca.
Encarei Camila. Ela estudava meu rosto. Quase como se tentasse me reconhecer.
-Hum... Sim... Mas... Hum...- Comecei a suar. Meus olhos estavam marejados sem motivo. Encarei os meus pés, respirei fundo. Olhei para a porta.
De repente, meu corpo começou a correr até a porta, como se eu precisasse sair de lá.
Não conseguia parar, até chegar ao carro.
Funguei, começando a chorar.
Busquei meu celular, discando o número da minha mãe. Tocou, tocou e finalmente caiu na caixa postal.
-Mãe...- Funguei- Meu deus por que eu ainda tento falar com você? Por que ainda deixo recados na sua caixa postal todos os dias te avisando do que está acontecendo? Eu.... Esquece. -Desliguei, logo procurando o número da única pessoa que me atenderia, Dinah.
-Alô? -Dinah atendeu.
-Dinah... Ela não lembra de mim. -Funguei. -Ela não sabe quem eu sou.
-Lauren... Isso é bom, né? Uma chance de recomeçar....
-Mas eu não quero recomeçar. Eu não quero que ela esqueça tudo o que fizemos, tudo o que eu a disse, tudo o que nos ajudamos. Eu não quero que tenha sido em vão. -Chorei mais.
-Lauren! Você... Ama ela? -Dinah perguntou. Abri os olhos chocadas.
-Não! -Desliguei o celular, liguei o carro e dirigi até minha casa na praia.
Essa casa... O lugar onde encontrei vero tendo relações com... Eca.
Adentrei no local, chorando.
Deitei no sofá, e acabei dormindo.
Sonhei com Camila. Ela estava em meus braços, ria e conversava com todos, mas não saía de perto de mim. Eu não conversava tanto assim. Ao invés disso, apenas para olhava Camila, com orgulho, feliz.
Acordei, e tudo pareceu fazer sentido. Eu iria fazer, eu iria acabar com tudo isso.
Levantei e comecei a buscar coisas pesadas, pegando algumas molduras, artes e outras coisas parecidas.
Coloquei-as dentro de uma toalha e fechei-a, amarrando a mesma.
Busquei meu celular, mandando uma mensagem para Dinah.
foi bom enquanto durou. Te espero no céu, DJ. Mande lembranças para o meu pai.
Sentei no sofá, calculando se o peso das coisas que estavam na toalha seriam o suficiente para me manter presa no fundo da piscina e me afogar.
Tomei uma ducha, me troquei, fiz minha maquiagem, e coloquei o biquíni mais bonito que achei.
Lauren Jauregui não iria morrer feia.
Peguei a toalha e amarrei com força no meu calcanhar, respirei fundo.
Adeus.

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