6. the night is a child, part. II

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6. the night is a child, part. II

As gotas de água caiam sobre a pele bronzeada, a relaxando e aquecendo por conta da manhã fria e nublada. Caia uma leve garoa do lado de fora, deixando o clima mais ameno o que fez o garoto de olhos verdes cogitar a ideia de passar o dia inteiro na cama.

Mas ele não iria.

Eles tinham apenas dois dias em Oxford e de jeito nenhum ele iria aproveitar deitado em uma cama de hotel — por mais confortável e quentinha que ela fosse — e deixar de apreciar a vista que era aquela cidade incrível. A chuva só deixava Oxford mais charmosa e interessante, fazendo o menor ter vontade de caminhar na garoa sem se importar com um possível resfriado.

Um suspiro satisfeito sai de seus lábios cheinhos e rosados quando a água morna entra em contato com seu rosto novamente, causado uma sensação de paz e alívio sobre seu corpo. O que um bom banho quente não faz. Ele encosta suas mãos no azulejo do banheiro enquanto lentamente inclina a cabeça para todos os lados possíveis, apenas para sentir os jatos quentes de água sobre cada parte do seu copo.

O vapor já o impedia de ver qualquer coisa que fosse naquele banheiro, mas seus olhos estavam fechados e relaxados demais para se importar com tal coisa. Ele tinha plena consciência de que era um desperdício passar tanto tempo embaixo de água e ele pedia perdão mentalmente a todos os animais do mundo e ao meio ambiente, mas aquilo conseguia ser mais gostoso que o sexo. E Harry adorava sexo.

Passando mais alguns poucos minutos o garoto desliga o registro do chuveiro, dando de cara com um banheiro cheio de vapor quente, ainda aquecendo um pouco seu corpo, mas o impedindo de ver o roupão que ele tinha colocado em cima da pia. Em passos hesitantes e calmos, Harry consegue achar seu roupão e sai de um cômodo aquecido e que cheirava a shampoo de pêssego e entra em um cômodo gélido e que cheirava a maconha.

O quarto também tinha o ambiente contaminado de fumaça — obviamente bem menos que o banheiro —, mas estava mais gelado que o normal, fazendo o garoto se encolher pela mudança térmica que seu corpo acabava de sentir e roda seu olhar pelo quarto vendo o ar condicionado ligado. Seus olhos se arregalam e em passos certeiros, o menor desliga o aparelho recebendo um olhar confuso do loiro estirado na cama, totalmente nu.

— Hazz...

— Draco, você por acaso quer morrer de hipotermia? — o garoto exclama mais calmo que o normal. Bendita seja a água morna.

— Mas se eu o deixei ligado é porque eu estou com calor.

— Não são nem oito horas da manhã e você já está chapado. — ele da uma risada fraca e se senta na beirada da cama. — Isso se chama fogo no cu, não calor.

— Acho que dá no mesmo! — o maior da de ombro logo tragando novamente o cigarro de maconha. Sua voz estava lenta e mais rouca que o normal, seus olhos inchados pelo sono e a pele leitosa vermelha por conta do frio. Tãoo adorável! — Quando eu acordei você já estava no banho, eu bolei um cigarro pra gente dividir, mas como você demorou, eu já estou terminando o segundo, sozinho.

O menor ri e engatinha até estar próximo do loiro, se inclinando e depositando um selinho rápido em seus lábios. Ao se afastar, Harry se assusta ao ter as mãos grandes e pesadas de Malfoy envolta de seu pescoço, o mantendo no lugar. Em seguida Malfoy leva o cigarro aos lábios, tragando lentamente sem tirar seus olhos azuis dos verdes do menor. O peso dos olhos de Draco sobre os seus o fazia sentir todos os pelos do corpo eriçarem e a mão envolta de seu pescoço o fazia se sentir submisso.

Ele ofega quando sente uma pequena pressão em volta de seu pescoço enquanto Malfoy o aproximava mais. Ele não se sentia sufocado e sim excitado, sua mão que estava sustentando o corpo na cama aperta o forro da mesma quando sente — ainda com seus olhos conectados — Malfoy sussurrar "abra a boca"  e inconscientemente seus lábios se afastam. Seus narizes gelados e os lábios se tocam quando o maior desfere toda a fumaça que estava em sua boca para a boca de Harry. Por um segundo o garoto esqueceu de engolir a fumaça e foca apenas no pequeno sorriso que Draco dava.

Erotic Dreams | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora