PRÓLOGO

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- AFRODITE -

Ouvi o celular do meu noivo tocar pela quinta vez seguida, em cima da cômoda ao lado da cama, e tentada a olhar, eu ergui minha cabeça, mas logo um par de mãos me fez abaixar e continuar meu boquete.

Gam - Continua, amor. - disse me fazendo engolir seu membro até tocar minha garganta. - Eu tô quase... - senti um pouco de ânsia ao ter ele fodendo minha boca sem me deixar respirar direito, mas sustentei porque se tem uma coisa que eu aguento nessa minha vida, é rola.

A dele, principalmente.

Apoiei minhas mãos nas suas coxas e olhei pra cima, encontrando seus olhos castanhos claros atentos em mim. No mesmo instante ele jogou a cabeça para trás, xingando quando o líquido agridoce jorrou do seu pau diretamente para a minha garganta.

Gam - Filha da puta! - gemeu soltando minha cabeça e eu sorri deslizando minha língua pelo membro comprido levemente torto pra direita, limpando todo o sêmen dele e engolindo tudo antes de subir para sentar no seu colo. - Deixa eu te foder, gostosa? - perguntou enfiando sua mão por dentro do meu vestido, tocando minha calcinha e a arrastando pro lado. - Rapidinho... Hum?

-- Não, vida. - arfei quando ele enfiou dois dedos em mim. - Só depois que a gente voltar do baile... - encostei minha testa no seu ombro e gemi tentando raciocinar. - Porra, humm...

Gam - Tá molhadinha, doidinha pra me dar. - neguei, embora minha buceta estivesse pulsando, querendo ele. - Tá sim... - tirou os dedos de mim e os trouxe até minha boca, me fazendo sugar olhando nos seus olhos que queimavam de luxúria enquanto sua outra mão segurava meu quadril, me fazendo subir. - Não podia ser menos gostosa? Puta que pariu! - senti seu pau duro feito pedra ser posicionado na minha entrada e fechei meus olhos, só esperando ele me preencher.

Mas isso não aconteceu.

Fiquei uns bons 15 segundos esperando e nada.

Abri meus olhos quando senti ele tirar da minha entrada e ajeitar minha calcinha no lugar.

Franzi o cenho encarando ele, que olhava fixamente pro lado da porta e no automático, fiz o mesmo.

Quase tive um treco ao ver meu pai e minha mãe alí, assistindo a filha deles no auge do tesão quase libertando a Mia Khalifa que existe nela.

Puta merda!

-- Pai? Mãe? - levantei rapidamente abaixando meu vestido que estava enrolado na minha cintura. - Eita! - ri de nervoso, limpando o suor que desceu da minha testa.

Gam - Tão fazendo o que na minha casa? - a voz grossa preencheu o ambiente fazendo todos os presentes o olhar.

Ele ficou em pé atrás de mim e meu pai se aproximou, parando na minha frente.

Ótimo!

Os dois tinham um olhar de puro ódio um pro outro.

O que não era novidade, eles se odiavam e só não se mataram até hoje por minha causa e pelo bem do morro. Já que o Gam é filho do dono da Rocinha e meu pai é o sub do Vidigal.

Jão - Vim te entregar uma coisa que a partir de hoje é tua e pegar o que é meu. - disse e se virou indo até minha mãe, que até então eu não tinha notado que estava chorando silenciosamente.

Tabita - Por favor, João! - gritou quando meu pai agarrou os cabelos dela. Eu fiz menção de ir ajudar, mas fui segurada por Leonaro. - Não faz isso com nossa filha.

-- Me solta, Leo! - me virei pra ele e notei seus olhos vermelhos, marejados de lágrimas, me olhando como se pedisse perdão.

Engoli em seco, sentindo meu coração acelerar.

Não tava entendendo nada, mas algo em mim dizia que boa coisa não era.

Logo a minha mãe foi jogada aos meus pés e eu fui arrancada dos braços do meu noivo de forma tão bruta e rápida, que acabei pisando nela pra não cair.

-- Me desculpa, mãe! - tentei voltar pra ajudar, mas os braços do meu pai me apertaram, me mantendo no lugar. - Que merda, me solta! - gritei, puta das idéias por todo mundo ficar me segurando.

Jão - Tú não precisa pedir desculpas pra essa vagabunda não. Sabe pra quem ela...

Tabita - Cala a boca, João! - levantou rápido e veio pra cima dele, que me empurrou para trás e girando o braço, deu um tapa tão forte no rosto dela, que ela foi pro chão.

Fiquei tão em choque com a cena que me encostei na parede tremendo, sem reação.

Ele nunca agrediu ela, não na minha frente.

-- Por que fez isso com a minha mãe? - perguntei, tremendo de medo da sua resposta.

Jão - Fala pra ela, seus filhos da puta! - gritou olhando pros outros dois - Desgraçados! Fala! - seu tom era de puro ódio.

Gam - Me perdoa, amor. - tremi na base, olhando da minha mãe, que se encolheu no chão, pra ele. - Foi só uma vez, eu juro!

-- Vocês? - minha garganta fechou com a hipótese e eu olhei pro meu pai, que fez que sim com a cabeça.

Gam - Eu tava bêbado, amor. - tentou justificar sua falta de caráter usando o álcool como desculpa.

-- Não me chama de amor - disse séria depois de um tempo, sentindo meu peito doer como nunca antes. - Cinco anos Leonaro... - engoli a saliva tentando não chorar. - Você acabou de jogar fora malditos cinco anos de relacionamento!

Gam - Me escuta! - se aproximou tentando me tocar e eu me afastei negando. - Para com isso, tú é minha mulher, minha! A única que eu amo, a futura primeira dama da Rocinha e...

-- Não! - interrompi olhando pra minha aliança de noivado e tirei do meu dedo pra jogar aos seus pés. - Eu não vou ser mais nada sua. - fui pra sair, mas ele segurou no meu braço, impedindo.

Me virei no ódio e acertei um tapa no seu rosto com toda minha força.

-- Não me toca! Você perdeu esse direto quando foi fraco e fodeu a minha mãe! - gritei, me sentindo fraca de repente.

Ele me soltou e exausta eu fui até meu pai, que me abraçou calado. Olhei uma última vez pra mulher que me colocou no mundo sentindo a dor por ter sido ela a me trair com o homem que eu amava e deixei que meu pai me tirasse dali...

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Obrigada a quem leu Caliente aqui, a quem comentou, a quem votou e, principalmente, indicou minha estória por aí. Eu juro que gostaria de ter deixado ela aqui, onde tudo começou, mas o app resolveu foder com meus planos. Então, bola pra frente. A vida é feita de recomeços e eu tô fazendo os meus.

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