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No dia seguinte Aurora acordou sendo surpreendida por uma Alice animada a encarando.

– Céus! que susto, Alice. - disse enquanto se levantava coçando os próprios olhos.

– Conta tudo! - disse animada.

– Você já sabe o que aconteceu. - respondeu aurora como se fosse óbvio.

– Mas eu quero saber do seu ponto de vista! Anda logo, me conta. - insistiu.

Aurora então foi ao banheiro fazer suas higienes matinais enquanto contava tudo sobre o dia anterior com a fadinha que ouvia com muita atenção como se não soubesse de nada.

– Então vocês estão juntos agora? - perguntou animada.

E então uma chave virou na mente de Aurora. Nem ela mesma sabia responder essa pergunta. Eles estavam juntos? Aquilo foi o começo de algo? Ele está arrependido? Aquilo foi só o calor do momento?

– Estamos? - perguntou aurora com o semblante confuso.

– Vocês não conversaram sobre isso? - perguntou Alice confusa e indignada.

– Acho que a gente só está deixando as coisas acontecerem naturalmente.

– Nada acontece naturalmente, Aurora! - disse alice brava. - Conversem logo sobre isso, eu quero planejar o casamento de vocês!

– Epa... Calma aí flor do campo, acabamos de ficar bem um com o outro.

Aurora então sentou-se ao lado da fadinha e percebeu que a mesma usava o colar que havia visto antes em sua casa, o colar que ela jurava já ter visto antes e como se fosse um imã, ela tocou o mesmo assim como Alice, na mesma hora.

– Por que o papai e a mamãe não gosta da gente? - perguntou a pequena.

– Eles nos amam, apenas demonstram de uma forma diferente. - tentou acalmar a mais nova.

A pequena então abraçou a mais velha, soluçava de tanto chorar após ter apanhado tentando ajudar a mais velha dos ataques de seu pai.

– Um dia vamos ser felizes só eu e você, ok? - disse a mais velha.

– Por que não pode ser hoje?

A mais velha ficou sem palavras e antes de dizer qualquer outra coisa, foi interrompida pelo homem.

– Chega de chorar, criança inútil! - gritou indo até as duas.

– Eu posso acalma-lá, não precisa fazer nada!

O homem apenas a ignorou e tirou a mais nova de seus braços e puxou a mais velha pelo pescoço até fora do quarto e trancou a porta, deixando a mais nova desesperada e com medo.

– Não! me deixem sair! - implorou. - Por favor.

E então ela ouviu o barulho, os gritos e se desesperou ainda mais, se sentia impotente, com medo, medo do que seu próprio pai poderia causar.

mesmo tão nova, sabia dos perigos que corria.

A garotinha chorou tanto que acabou adormecendo no chão frio e encolhida.

– O que? - perguntou Alice confusa.

– Você viu isso?

– Era você?

– Sim...

– Meu deus, Aurora. - disse Alice e logo abraçou a tribrida. - eu sinto muito por isso.

Aurora apenas ficou ali abraçada com a fadinha no completo silêncio.

A tribrida não era de falar muito sobre seu passado, pois só tinha memórias ruins da infância e lembrá-las a machucava profundamente, pois era como se ela estivesse vivendo tudo aquilo novamente.

*flashback on*

Era um dia ensolarado, após ficar dias trancafiada em seu quarto por seus pais, a pequena menina e sua irmã mais velha tiveram a permissão de brincar no quintal de sua casa para aproveitar o sol.

– Eu queria que fosse assim todos os dias. - admitiu a mais nova.

– E um dia será.

– Você só fala que um dia será, mas esse dia nunca chega. - disse cabisbaixa.

– Às vezes precisamos ter paciência para alcançar o que tanto almejamos, querida.

– Não quero ter paciência, quero só eu e você em uma casa bem bonita e poder desenhar o dia todo com você.

A mais velha sorriu com a idealização da mais nova.

– Eu ia amar desenhar com você o dia todo!

– Eu até poderia te ajudar a cozinhar, porque já sou grande e posso fazer isso! - disse a mais nova.

– Minha menininha já está tão crescida assim?

– É claro, olha como eu tô grande. - disse ela ficando na ponta dos pés para mostrar o quão crescida estava.

A mais velha riu e a abraçou, um abraço apertado cheio de carinho.

– E o que você está desenhando ai? - perguntou.

– Só mostro se você mostrar o seu. - sugeriu a mais nova.

E então a mais velha mostrou seu desenho, era uma casa enorme no meio de uma linda floresta e lá estava ela e a mais nova, sorridente em meio a um lindo jardim florido.

– Que lindo! - indagou a mais nova. - Agora o meu!

E logo mostrou o seu desenho que continha as duas brincando de pintar em um enorme quarto bem iluminado e um bolo grande de chocolate.

– E esse bolo?

– É o que a gente vai fazer quando sair daqui, bem grandão. Eu até deixo você comer um pedaço.

*flashback off*

Aurora olhou para Alice, que estava imóvel olhando para a mesma, ambas não conseguiam entender o que acabara de acontecer, porém não questionaram isso em voz alta, optaram por apenas mentalizar tudo isso.

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O dia estava passando relativamente rápido, Alice e Caleb estavam em seu ninho de amor, Aurora estava feliz por eles, nunca viu Caleb tão radiante e considerava Alice da família.

Aurora estava em seu quarto lendo, pensou diversas vezes em ligar para Jasper ou apenas aparecer na mansão cullen sem aviso prévio, pois o desejo de vê-lo era maior que qualquer coisa, mas optou por deixar essa ideia de lado, insegura.

O dia já estava escurecendo e com a noite, vinha a tona o acontecimento de hoje, aquele que Aurora tentava ao máximo não se lembrar, pois ela tinha algumas teorias e nenhuma fazia sentido.

Por que Alice conseguiu ver uma lembrança de sua infância? E por que isso aconteceu quando tocaram no colar? Será que aquele colar é o mesmo que... Não, impossível. Pensou ela.

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NOTAS FINAIS
• mil desculpas pela demora do capítulo novo, só escrevi até o cap 56 e tô com um bloqueio emocional gigante graças a: vida adulta e trabalho 😭 odeio ser pobre

• É o seguinte morceguinhos, preciso de ideias para os novos capítulos, deixem suas sugestões, seja personagem novo(a) e o enredo, sei lá, mas deixem sugestões, ajudem essa escritura com bloqueio criativo 😞

• No mais, espero que tenham gostado do cap de hoje <3 tô tentando sempre deixar os cap com 1000 ou mais palavras pq eu AMO cap longo, mas nunca cansativo.

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐲 | 𝐉𝐚𝐬𝐩𝐞𝐫 𝐇𝐚𝐥𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora