Eu era a princesinha família. Eu era a única menina e a mais nova entre sete irmãos, o que me faz ser mimada por todos a todo momento. Só que isso já não é mais para mim, eu já estava começando a odiar isso, principalmente quando meu após arranjou um casamento para mim, com um garoto que eu sequer conheço. Eu sei, eu sei, isso parece aqueles livros de época ou aquelas novelas que passam na tv. Mas é a verdade. Tudo o que eu queria é poder dizer não, mas isso era impossível. Eu simplesmente não podia dizer que não iria me casar, já que estava quase completando dezesseis anos - o que na minha família significa que já devo me casar e formar uma família.
Hoje era um domingo de manhã e eu iria conhecer o meu marido. Eu estava desesperada, sabia que tinha algo maior me esperando, mas não conseguia dizer o que, só sabia que não era esse moço que iria me visitar hoje. O garoto morava em uma cidadezinha chuvosa. Forks. E é para lá que estamos indo agora. Iríamos nos encontrar na casa dele e de seus pais. Mamãe tentou me confortar na vinda para Forks, dizendo que ele era de uma ótima família - o que significa que eles tinham dinheiro -, e que me daria lindos filhos, fortes e saudáveis.
O carro estacionou na frente de uma casa enorme de cor branco e na frente se encontrava dois homens e uma linda mulher. Olho para o garoto que me pareceu mais jovem. Ele era alto, de pele clara, loiro e de olhos azuis. Ele realmente era muito bonito, mas seu olhar era de uma arrogância sem fim, ele me olhava como se fosse meu dono, mesmo sendo a primeira vez que me vê.
A hora do almoço foi um desastre completo. Todos falavam menos eu, e o mais engraçado era que todos combinavam detalhes sobre a minha vida. Eles falaram sobre quantos filhos era o ideal para mim ter, de quem deveríamos convidar para o casamento, as flores, o vestido, a decoração, a casa que eu iria morar, até mesmo falaram sobre a lua de mel. Eu me cansei e dei a desculpa de que iria ao banheiro e vocês acreditam que a mulher mandou uma de suas empregadas me acompanhar? Eu parecia mesmo estar em um daqueles filmes de época.
Entro no banheiro, a empregada ficando do lado de fora. Por sorte estávamos no primeiro andar e o banheiro tinha uma janela enorme, e eu conseguia passar facilmente. Pulo a janela do banheiro caindo do lado de fora. Acredito que os deuses estão do meu lado, já que não faço barulho nenhum. Corro por bastante tempo, para longe daquela casa que, os integrantes dela, naquela altura já deveriam estar atrás de mim, para me forçar a provar algum pedaço de bolo para saber o sabor do bolo do casamento.
Depois de tempos correndo e andando, chego até uma praia, onde me sento na areia olhando o céu nublado, me informando que daqui a pouco já iria chover, mas resolvo ignorar a informação e ficar petrificada no mesmo lugar, pensado em como a minha vida está indo de mal a pior. Aos poucos começo a sentir uma garoa e depois ela começa a se intensificar. Mas tudo era melhor do que ficar naquele ambiente totalmente tóxico.
- Oi, tudo bem? Precisa de ajuda?
Olho para a voz que me chama e naquele momento, por algum motivo que eu não sei quem é, tudo parecia ter mudado. O olhar daquele garoto de pele morena, olhos negros e cabelos compridos, me fazia sentir segura e amada, menso sendo loucura já que não o conheço. Eu o queria e eu sei que ele sentia o mesmo.