Epílogo

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Recorda-se de Vegeta ficar pensando em como tudo era feito de lamúrias e tristeza? Bem, foi um desses dias, infelizmente.

Eles podiam estar segurando o primeiro filho, porém, não foi isso o que aconteceu. Bulma sofreu um aborto espontâneo com dez semanas, pegando a família desprevenida e abalando repentinamente a estrutura do casamento.

A dor era tão real e isso fez Vegeta se recordar com bastante vivacidade. Por que algo ruim vem para arruinar a sua felicidade? Uma pergunta feita mil vezes enrolado na cama. Ele voltou a ser feito de lamúria e tristeza.

Isso aconteceu cinco meses após o casamento deles. Bulma ficou arrasada e claramente demorou um pouco para se reerguer, mas devido a situação de Vegeta foi mais difícil ainda.

Podiam pensar que o acontecimento fatídico podia desfazer o casamento até então bem sucedido, porém, se lembraram da promessa que fizeram um para o outro: continuar a lutar.

Quando o grande estresse passou, dois meses mais tarde, o casal voltou a falar de gravidez, porque tinham fé de que iam conseguir enfrentar os desafios, os momentos mais árduos e desagradáveis, e então, prosseguir com a batalha.

Um dia de cada vez era uma pequena vitória preciosa. Seguir em frente é o que o ser humano faz há muito tempo, até nos tempos mais sombrios.

E foi o único caminho para a humanidade.

...

Então aconteceu um tempo mais tarde. Fazia um ano e oito meses de casamento.

Ele tinha ficado entorpecido de emoções após o aborto espontâneo e pensando se foi amaldiçoado e só encontraria tragedia. No entanto, fez um voto solene de parar de chorar e então demonstrava quase nada em suas feições, seja tristeza, ou felicidade.

Isso parecia cortar o progresso de toda a trajetória de Vegeta. Em sua mente, caso chorasse, apenas iria fazer Bulma se preocupar e Tarble perguntar incessantemente o que estava acontecendo. Todos ao seu redor se preocupavam demais e o deixavam no limite. Bem, ele tentava pensar que o amor de sua família era muito grande e a perturbação incluída no pacote completo.

Bulma descobriu que estava grávida fazia nove meses e teriam o bebê. Sim, exatamente agora.

Aconteceu e o bebê se manteve firme e forte. Nenhum aborto, nenhuma complicação. Só uma barriga redonda, pés inchados, reclamações, hormônios, carência e fome. E também muita atenção dos Briefs.

Os futuros avós, Tarble e Bulma choravam de animação. Menos Vegeta, ele ficou estático quando a bolsa estourou.

A caminho do hospital, o marido estava entorpecido, ainda abalado e pensando se iria chorar de felicidade e de repente algo ruim aconteceria.

Era engraçado como uma pessoa pode possuir uma face tão fechada e, ainda por cima, ser tão sentimental. Apenas o conhecendo bem você podia ver o sofrimento interior. O homem estava travando uma batalha, apavorado se algo acontecer com o bebê e sua esposa. E se algo acontecer? Não havia tempo para chorar e se levar pelas emoções.

"Fique em guarda, seja um bom soldado no campo de batalha." Vegeta era feito de entusiasmo e medo. Pensava que alguma coisa poderia acontecer, fazendo o medo aumentar.

As memórias do dia da morte de sua mãe o levaram para bem longe, por isso Bulma o puxou pela mão, percebendo isso.

— Ei, eu estou aqui — ela o chamou, suavemente. — Fique comigo, por favor?

Vegeta voltou de suas memórias para o presente e a olhou. Ele estava tão assustado que queria contar a ela. Mas ele não podia estressar a futura mãe.

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