Coletânea de oneshots Thiam
PEDIDOS ABERTOS
Tem de tudo um pouco, então venha mergulhar nas aventuras do nosso casal favorito
Obra de minha autoria.
Thiam pertence ao fandom, já que Jeff Davis perdeu a oportunidade.
Sinopse: Onde Theo e Liam são amigos desde a infância e sempre estiveram ali um pelo outro. Tags: young thiam, cute, friends to lovers Presente 4/4 para minha mãe ThiamPack
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-Theo, vamos? - o garoto de 9 anos escutou sua tia chamar e saiu do carro, seguindo ela até a igreja.
Sabe aquela dor, que parece que nunca vai ir embora? Essa era a dor que ele sentia. Um peso em seu peito que parecia se enraizar e criar uma promessa de que sempre estaria ali.
Era a dor que Theo sentia ao encarar os corpos de seus pais dispostos em caixões. Era a dor que ele sentia ao sentir a irmã mais velha apertar sua mão, chorando.
Ele não entendia porque não conseguia chorar. Sentia seus olhos ardendo, mas as lágrimas não escorriam. Tudo bem que nunca gostou de chorar na frente dos outros, mas a dor era insuportável e ele só queria chorar para mandá-la embora.
- Teddy. - ele se virou ao escutar a voz do melhor amigo e encarou o garoto de 8 anos, que correu e o abraçou com força.
Mesmo ali, no calor dos braços do mais novo, ele ainda não conseguia chorar. Era como se estivesse flutuando, não sentia as coisas direito, escutava tudo abafado.
- Sinto muito por seu irmão, Loren. - ouviu a mãe de Liam murmurar para sua tia. - Foi um acidente horrível.
Acidente. O acidente de carro. A chuva. A chuva batendo na janela de seu quarto. Alguém batendo na porta. Sua tia abrindo. Vozes. E então o choro alto de sua tia e sua irmã.
A pista estava escorregadia. Ele perdeu o controle. Sinto muito. Essas eram as únicas palavras que ele lembrava do policial que bateu à porta de sua casa naquela noite.
- Teddy, tá tudo bem? - ele escutou a voz de seu melhor amigo e foi tirado de seus pensamentos, seu pulmão queimando e sua visão embaçada.
- E-eu... - ele tentou falar, mas seu tórax parecia comprimido.
Ele sentiu uma mão segurar a sua e seu corpo foi puxado para o lado de fora da igreja, ele sentiu o vento frio batendo em seu rosto mas seu pulmão não recebia esse ar.
A pressão em seu peito havia aumentado, era como se seus ossos se encolhessem sob a pressão e seus pulmões fossem esmagados.
Ele sentiu mãozinhas tatearem os bolsos de seu terno e de repente sua bombinha de asma estava sendo pressionada em seus lábios e o ar estava sendo forçado em seus pulmões.
Seus olhos demoraram a focar, mas a primeira coisa que viu foram grandes olhos azul céu, esses que o encaravam com preocupação.
- Oi. - o menor sorriu ao perceber seus olhos focados nele.
