Confusão ( uma noite interminável )

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Te dei todos os meus poemas
Compus mais de cem letras, que a chuva manchou
Mancha que se mistura a tinta, trinta marcando trilha
Que tu seguiu

E eu aqui, sem o meu sorrir
Sozinho, me fiz de abrigo que pra ti construí
Eu sempre fui um fardo, mas, era feliz
E seu olhar tão fixado, como se quisesse me ver cair
Se meu ego era uma faca, fiz a ferida abrir

E aquele brilho nos seu olhos ainda assombra-me
Das palavras entregues ao vento, vem de volta pra mim
Veneno devido como água pra curar aqui
Vendo se encantando o inferno, posso viver sem me partir

Então, acorda e olha o mar agora, ele dobra a borda do nosso horizonte
Vamos seguindo em direção ao norte, caminhando com a morte, ela me mostrar o caminho, mas sigo em oposto

Outra canção, sem começo, e uma oração sem desejos
Vi da vida ao vale de sombras vazias
E eu tenho há vista de um instante
Uma memória um tanto destoante

Vi'da impulsionando a história
Ju'ntando fragmentos de memória
Ale'm do meu outono, onde estão os monstros
Nesse meu interno, sinto estar preso no inferno
Quente, porém, tão gélido
Eterno em um instante, com toque de velho
Não serão só restos de um rosto belo, que já se perdeu

Breathe, inspire, read and feelOnde histórias criam vida. Descubra agora