Me vejo vendo esse verde escuro um tanto cinza
Ferida aberta mancha o chão que é tingido com o carmesim
Toques afastados forçam o que fasso de casa
Abondonada, como o abrado que se entrega antes do fimSobra um pouco desse muito que eu insistia em ter
Aos poucos vejo que o pouco não me afasta de você
De pouco em pouco, eu percebo o quão sou louco nesse faz de conta
São tantos contos, e então encontro aquele que queria dizerSe eu estou só, fui deixado junto ao pó
Um pouco de sol agora me faria tão feliz
Posso me entregar ao solo?
Esquecer o peso e novamente nascerPerdi o porquê que foi-me dado
Cresço um e já estou fraco, não tem mais ninguem aquiMe pego e faço, escrevo mais um atestado
Esse nó que por mim foi dado não me deixa esquecerEspero e falo, faço de mim mesmo um fardo
Não quero que seja rapido, só quero que esteja bemSinto que vou me afogar
E nunca aprendi a nadarEu tinha um barco, que foi inundado
Com a maré deixada pelos seus lábios
A falta que se faz presente, não deixa eu afundarInstavel
Olhos trasbordam tristes fatos
Que estavam enterrados e agora voltam a flutuar...
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Breathe, inspire, read and feel
PoesiaPoemas escritos por mais um na multidão que faz parte dessa segunda geração Poemas depressivos para pessoas depressivas escritos por um jovem depressivo