Diário de Um Assassino

Parte Dois- Animus

        Capítulo Dois

                   Animus.

-HEY, CALMA AÍ, VOCÊ ESTÁ LOUCO? QUER MESMO QUE EU ACREDITE QUE sou filho de um mestre assassino? Cara, eu não sei nem salvar me salvar! Como quer que eu salve sua irmandade? Salvar, do quê, aliás?

-Da ameaça templária. Somente você, com o DNA do mestre Ezio, pode utilizar uma máquina chamada Animus e acessar as memórias do mestre. Somente assim, você poderá aprender a lutar como o próprio mestre Ezio a tempo, e ainda melhor. E também, poderá nos informar onde está o restante dos artefatos encontrados pelos netos de messere Ezio, dos quais você também descende.

- E por que esses Templários querem me matar? Eu não fiz nada!

-Você nasceu Lucas.  Os templários sabem que você é a única ameaça real a eles. Você é uma força de mudança. Eles vão te caçar e te matar, mesmo que se negue a nos ajudar. Conosco, você ganhará habilidades incríveis e também conhecerá o Credo.

O Assassino dirige agora a cerca de quarenta minutos, e eu ainda não tenho como responder. Não posso tomar essa decisão tão repentinamente. Não posso lutar por uma irmandade que não sei o que busca.

-Qual o objetivo da sua irmandade? E, cara, qual seu nome?

-Primeiro, o mais fácil. Chame-me de Mark.

-Mark?

-Sou estadunidense. Vim para o Brasil para te guiar você. Aliás, muito quente sua cidade, não? Este lugar parece um forno.

-CARA, VOCÊ TA FALANDO SÉRIO? Estou com um problema aqui.

-Você está certo, desculpe. Pare responder sua pergunta, preciso responder outra pergunta, que você deveria ter feito. A irmandade templária busca simplesmente ter dominação mundial. Eles querem dominar todos e subjuga-los a suas vontades. Eles alegam lutar em nome do Senhor, mas eles perderam toda sua santidade ao descobrir o ramo bancário. A irmandade dos Assassinos é a única oposição aos templários, e atualmente ambos atuam em segredo.

-Muito bem... Se é assim... Eu lutarei pela sua irmandade.

-Ótimo- diz ele, satisfeito- Já estamos chegando.

Estamos no bairro aeroporto, na porta de uma grande empresa de entregas chamada Entregas trindellair. A grande irmandade Assassina tem sua base numa empresa de entregas. Okay.

Mark dirige para uma entrada de veículos na lateral do edifício, que tem três andares. Paramos em uma vaga na área de vans, cerca de doze ao todo. Mark desce da van e bate a porta. Sigo-o. Entramos no prédio, e eu observo todo o trabalho. Vinte e sete pessoas entram e saem a todo tempo embrulhando, catalogando e colocando em caixas muitos objetos. Todas usam um macacão azul com o nome trindellair bordado nas costas, em letras cursivas. Reparo que nenhum deles estranha a presença de Mark- muito pelo contrário, todos o observam com admiração e temor. Todas essas pessoas sabem da Irmandade?

Mark vai até um elevador num canto discreto da ampla sala onde nos encontramos e entra. Entro junto com ele. Lá, há dez botões, de três a um sete negativo. Estamos no andar -1. Ele aperta o número -5 e o elevador começa a descer. Um subsolo?!

O elevador para com um tranco e a visão me deixa de boca aberta. Estamos em uma ampla sala branca muito bem iluminada, feita em pedra branca e polida, com outra porta de ferro que provavelmente leva a outra sala menor no lado esquerdo da sala. O que mais me impressiona é que a sala parece limpa ao todo, sem nem mesmo um grão de poeira.  Aqui há máquinas tecnológicas e no centro há uma cadeira parecida com a de um dentista, que deixa a pessoa deitar-se, com um visor ao lado. Apenas uma figura está na sala, e eu fico em choque quando a reconheço. Ela tem cabelos ondulados pretos que caem nos seus ombros, curtos, e é dois centímetros mais baixa do que eu. Eu a vi hoje, no intervalo das minhas aulas, e conversamos. Ela usava a farda do meu colégio, mas agora usa uma roupa preta com um jaleco branco sobre ela.