Parte Três- Irmandade

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Capítulo Três

Irmandade

CORRO PARA CIMA DE UM TEMPLÁRIO DE TERNO, E ENFIO MINHA LÂMINA na sua garganta, e rapidamente viro-me e lanço uma faca num templário que está prestes a matar um Assassino com capuz. Ele acena para mim e se levanta.

Eu consigo utilizar minhas lâminas com maestria, embora nunca tenha nem mesmo pegado uma. Meus sentidos e reflexos estão melhores, atentos à batalha. Eu simplesmente nasci para isto. Não apenas para lutar- mas para lutar pelo certo. Eu estou defendendo uma causa nobre, antiga e poderosa. Eu não tinha percebido ainda, mas eu agora entendo o credo. Por meio de Miguel, eu sei pelo que luto- e também como lutar.

Quando cheguei aqui, na garagem onde Mark estacionou a Van, estava indeciso para onde ir, então simplesmente fui para o meio de tudo. Olho a meu redor e localizo Mark, lutando contra dois templários com uma espada brilhando de sangue. Seu capuz está caído para trás, e vejo que tem um corte na cabeça. Merda.

Corro até ele, mas sou interceptado por um templário. Ele usa uma espada. Ela corta o ar, e eu me agacho, aproveitando para enfiar minhas lâminas nos joelhos do homem. Ele cai, gritando de dor, e eu o finalizo com um lançamento certeiro de adaga no crânio. Esses braceletes são muito legais. Olho a meu redor procurando Mark, mas não o encontro. Examino rapidamente a batalha. Temos dez Assassinos aqui, e cerca de quinze templários- dentre os quais, sete estão atrás de colunas, com armas de fogo. Se eles não forem eliminados, nossas chances caem drasticamente. Olho para cima, e vejo que há uma passarela para manutenção. Se eu conseguir chegar lá, pode ser que flanqueie esses malditos. Mas, como...?

Olho para a parede a meu lado, ela é cheia de falhas. Pontos de apoio. Não penso duas vezes, começo a escala-la. Quando estou a uma altura razoável, pulo para a passarela. Corro rápida e furtivamente em direção aos templários. Nesse ponto, eles não me veem, mas eu vejo-os perfeitamente. Concentro-me, respiro fundo três vezes e começo a mata-los, um a um, atirando facas. Quando restam apenas três, eles percebem de onde a morte vem, e olham diretamente para mim. Droga.

Logo, miram e atiram em mim. Jogo-me para o lado, e as balas cortam o ar onde um milésimo atrás estava minha cabeça. Eu me ergo e corro, as balas cortando o ar um milímetro atrás de mim, até que, subitamente, param. Eu olho para onde os atiradores estavam- não há mais nenhum lá. Apenas sete corpos ensanguentados no chão, formando poças de sangue, e ao lado deles, dois Assassinos, com seus capuzes sujos de sangue fresco e espadas nas mãos. Um deles usa duas espadas, uma em cada mão. Legal.

Pulo da passarela até o chão, onde eles me cumprimentam.

-Obrigado, irmão. Sem você, a batalha não teria sido ganha tão rapidamente.

-Houve baixas? -pergunto.

-Três Assassinos mortos. Um deles teve o crânio despedaçado por uma bala- o Assassino com duas espadas responde- Qual seu nome?

-Lucas. E o seu?

-Você não faz parte da irmandade-ele ignora minha pergunta- Só se... É o novo membro, descendente de Ezio?

-Pode se dizer que sim. Um Assassino... Mark. Ele está bem?

-Mark? Ele foi falar com a Dra. Fontenelle. Ele foi verificar se algum templário conseguiu algo da pesquisa Animus.

-Legal. Vou perguntar de novo: Qual seu nome?

-Me chamo Nicolas- ele disse, baixando o capuz. Seu rosto era anguloso, ele devia ter cerca de trinta e dois anos, com uma barba por fazer e cabelos castanho-claro, com olhos na mesma tonalidade. Mas... Não sei... Ele me parece familiar, de algum modo.

Diário de Um AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora