Rufus
22h36Eu estou andando pelas ruas, em direção ao Athea Park.
Nada mais vai me surpreender depois de ver o meu Último Melhor Amigo morto, todo queimado. Acho que isso já me matou, só estou existindo mesmo.
Estou escutando o vídeo de Mateo, cantando "Your Song". Aquilo era o que me mantia de pé, mas ao mesmo tempo no chão.
Mateo foi o motivo pra eu continuar meu último dia, e sua morte foi o motivo para eu querer que essas duas horas que me restam acabe logo.
Parece que meus pensamentos foram atendidos, pois assim que vou atravessar a rua, um carro vem em minha direção. Acho que meu coração nunca bateu tão rápido, a última vez que bateu tão rápido assim foi quando eu estava prestes a me afogar junto com minha família.
Não há uma mão para me puxar para trás, então só aceito que minha hora chegou.
Quando o carro vai colidir com meu corpo, eu... Acordo?
Acordei desesperado, suando frio. Estou tão em choque que nem percebo que o dia já raiou.
— Roof? – Essa voz... Era Mateo, O MATEO! Ele estava vivo, e do meu lado.
— MATEO! – Abraço o garoto com força. Ver ele sem aquelas queimaduras horríveis é tão bom.
— Ei.. Tá tudo bem? – Mateo pergunta e eu confirmo com a cabeça.
Eu estou chorando... Uau, o que esse garoto fez comigo?
Finalmente me toco que o brilho do sol está na janela do quarto.
— Que horas são?
Assim que Mateo pergunta, vou conferir o horário em meu celular: Já era 12:23.
Eu não pude acreditar. A central da morte estava errada?
Estamos paralisados olhando pro celular, sem acreditar no que víamos.
A primeira coisa que pensei foi em mandar mensagem pros Plutões e falar que eu e Mateo estamos vivos, mas prefiro deixar para depois. Quero comemorar isso só com meu Não Último Amigo.
— Isso quer dizer que a central da morte tava errada! Temos que falar isso no Contagem regressiva... EU PRECISO CONTAR PRA LÍDIA! – Mateo estava surtando (O que já era esperado).
Abraço ele e faço carinho em seu cabelo, tentando acalmá-lo.
— Não quero um monte de gente nós perguntando como sobrevivemos ao aviso da central da morte, e vamos passar na casa da Lídia e depois em Plutão.
Mateo
12h27O Rufus tem o poder de me acalmar nos momentos mais estressantes ou preocupantes. Sei que é melhor falar com Lídia pessoalmente, ela deve estar cuidando de Penny, mas deve estar se perguntando se eu realmente morri.
— Tudo bem, quer que eu faça chá?
Pergunto e Rufus parece assustado. Será que ele acha que cozinho mal?
— Não precisa, a gente pode comer fora. – Ele sugere e eu aceito.
Eu não cozinho tão mal assim, só um pouquinho.
Rufus
12h30Não vou contar a Mateo sobre meu sonho de jeito nem um! Não quero que ele ele fique assustado depois de descobrir que não vamos morrer. Por enquanto é melhor evitar tudo que pode queimar.
— Só quero ficar mais um pouco na nossa ilha.
— Acho que vamos ter mais tempo pra curtir nela, mas acho melhor tomar um banho. — Mateo fala e nós dois damos risada. É tão bom ouvir que temos tempo, o que parecia impossível ontem.
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Os dois vivem no final - Os dois morrem no final
RomanceUm final alternativo do livro: Os dois morrem no final. Nessa história: Mateo e Rufus provam que a central da morte estava errada, e se manteram seguros na "pequena ilha" ⚠️ATENÇÃO⚠️ Essa é apenas uma fanfic, todo o crédito é do autor Adam Silvera.