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Narradora

- O que será que a megera quer com a gente? -bailey perguntou, baixinho, acomodado em uma das cadeiras na sala de reunião.

Nem ele, nem Josh e nem os outros funcionários haviam entendido o motivo de terem sido convocados para aquela reunião.

- É bem provável que seja para anunciar minha demissão. - Josh comentou e Bailey riu, negando.

- Bem que você merecia. Mas não acho que seja isso. Por que ela iria esperar quase duas semanas depois do incidente do café para te demitir? Não faz sentido.

-É, você está certo. -Joah concordou, estalando os dedos da mão, visivelmente nervoso.

A porta da sala se abriu e Noah passou por ela, seguido de Siba e, por último, Any.

Josh deixou seus olhos passarem por ela por alguns segundos.

Os cabelos Castanhos estavam soltos e volumosos, como no dia que ele a conhecera.

Ela usava uma camisa de botões branca e uma saia lápis azul e Josh estava com dificuldades de desviar os olhos dela.

Ela caminhou graciosamente, conversando com Sina, e se sentou na ponta da mesa.

- Bom dia a todos. - Noah disse, passando os olhos pelos funcionários presentes ali.

-Primeiro eu gostaria de agradecer a presença de vocês nessa reunião. Sei que foi uma reunião
de última hora, mas realmente precisamos ser rápidos nesse caso.

Any estava distraída, olhando um papel que Sina havia lhe dado, enquanto Noah falava.

A sensação incômoda de estar sendo observada fez com ela levantasse a cabeça e seus olhos encontraram Josh, que ainda a analisava.

Ele desviou o olhar quando percebeu que ela estava olhando para ele com as sobrancelhas arqueadas. A Morena analisou o perfil dele, algo nele era muito familiar e ela queria saber explicar o quê.

-Se vocês estão aqui é porque são considerados ótimos profissionais pela Soares e nós somos muito gratos por ter cada um de vocês na nossa equipe. Agora eu gostaria de passar a palavra para a presidente da empresa, que vai explicar melhor o que estamos fazendo aqui. -Noah terminou de falar, apontando para Any e ela olhou o primo, ainda sem conseguir tirar aquela ideia da cabeça de que conhecia o cara do café de algum lugar.

Ela precisou respirar fundo antes de começar a falar.

-Sina vai entregar para vocês pastas com os dados que vocês precisam saber sobre esse projeto que iremos iniciar. -Any começou a dizer, abrindo sua própria pasta. - A obra é de um condomínio e o prazo é de dez meses.

- Dez meses é um prazo muito pequeno para uma obra desse tamanho. -Um engenheiro disse e Any o olhou.

-Obrigada por me esclarecer isso, Sr. Andrade, não estava ciente disso ainda. - Ela respondeu, irônica, e Sina segurou o riso. -Eu sei que o prazo é curto para a quantidade de trabalho que teremos e é por isso que estamos aqui. Vocês receberam todas as informações necessárias para o desenvolvimento de um projeto. A equipe será comandado por mim e eu estou abrindo espaço para um de cada setor trabalhar comigo.

Bailey olhou o amigo, com as sobrancelhas arqueadas.

Parecia que todos estavam um pouco apavorados com a ideia de trabalhar diretamente com Any.

-Eu quero ideias de o que vocês fariam para tornar essa obra rápida, sem perder qualidade. Vocês tem dois dias para me entregar o projeto de vocês e eu vou analisar todos e escolher o que eu achar mais viável. Entendido? - Ela perguntou e as pessoas presentes ali assentiram.

- Ok, então o prazo começa agora. -Any se levantou, caminhando para fora da sala. Noah se levantou junto, sorrindo.

-Obrigado pela atenção de vocês. - Ele disse, saindo atrás da prima.

- Eu não sei se quero esse projeto. -Bailey falou, olhando Josh.

- Por que não? É um projeto imenso em um período pequeno de tempo, a gente pode fazer história aqui.

-Essa parte é até legal, mas eu tenho medo da Any, sabia disso? - Josh olhou o amigo alguns segundos e não conseguiu segurar a gargalhada ao perceber que ele realmente estava falando sério.

-Ela não vai te assasinar não, bailey .

-Vai saber, né?! Você viu que ela não deu bom dia para gente e que ela não sabe agradecer?

- E isso torna ela uma assassina por qual motivo mesmo? - Perguntou, ainda rindo, e Rodolfo negou.

-Eu me recuso a falar disso porque ela pode descobrir e aí eu não vou sobreviver nem até terminar o projeto.

-Larga de ser bobo, bailey. Vamos encarar isso como uma forma de aprendizado e crescimento. Já pensou em alguma coisa? - Perguntou, levantando-se e pegando a pasta que Sina havia entregado.

-Ainda não. Eu estou pensando em medidas de segurança e no meu testamento.

-Não tem condições com você mesmo. -Josh reclamou, caminhando para a fora da sala de reuniões. - Acho que a chave aqui é descobrir como diminuir a quantidade de concreto.

- Mas só isso não vai ser capaz de reduzir tanto tempo.

- Eu sei. Mas já é um começo. - Josh disse,colocando a pasta em cima da sua mesa, e bailey assentiu.

Victor desviou o olhar do computador para ver os dois rapazes que haviam se aproximando.

- O que a megera queria? -Ele perguntou, curioso.

- Estamos em um tipo de competição para trabalhar em um projeto de condomínio na equipe dela. - Josh explicou, sentando-se em sua cadeira e ligando o computador.

-A Any vai trabalhar com os meros mortais? - Vitor perguntou, com os olhos levemente arregalados.

-Eu também estou assustado, meu amigo. - bailey disse e Josh revirou os olhos.

Não conseguia acreditar que aquela mulher do bar, que chorara em seus braços e parecia tão perdida e tão cheia de dor, era alguém tão fria e arrogante como todos pintavam.

-Sabe o que eu acho? - Ele perguntou e os dois amigos o olharam, curiosos.

- Eu acho que a gente não devia ficar julgando a mulher sem conhecê-la. Tudo bem que ela é um pouco distante e não se mistura com a gente, mas ela pode ter um motivo para isso que nós não conhecemos. - Vitor e bailey se olharam, confusos com o discurso do amigo.

- Oi?! - Vitor perguntou. -Está defendendo ela?

- Não. Só estou dizendo que a gente não pode julgar os outros sem conhecer quem eles são de verdade.-Vitor assentiu, olhando Bailey que apenas deu de ombros. - Agora se me dão licença eu vou fazer meu projeto. - Victor revirou os olhos, voltando a trabalhar e bailey caminhou até sua mesa.

Mesmo de longe ele ainda analisou o amigo, curioso.

Ele o Conhecia há muito tempo e podia dizer com quase cem por cento de certeza de que havia alguma coisa escondida naquele discurso de Josh.

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Amável Megera!! ❤️ Onde histórias criam vida. Descubra agora