Capítulo 5

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Minha cabeça estava pesada e eu sentia uma leve dor incomoda. Abri meus olhos para saber aonde estava, mas estava tudo escuro. Comecei a mexer meus braços que não estavam presos, percebi que estava deitada em uma cama. Resolvi ficar parada por um tempo até ouvi passos e vozes vindo em direção ao local aonde eu estava, até que alguém abriu a porta e a claridade me cegou, levei uma das mãos à frente dos olhos e ouvi passos pesados vindo em minha direção.

- Você dormiu mais do que o previsto. - Ela sentou na ponta da cama. - Essa é a nossa casa, esqueça tudo o que tinha antes, você terá tudo novo, carro, tefefone, roupas, armas, passaporte e cartões de crédito. - Ela deu uma pausa. - Você ainda terá que provar que é útil pra mim. Vamos levantar, vem conhecer o pessoal. - Ela me deu a mão e eu levantei, mesmo que ainda meio tonta.

Levantei, mas coloquei a mão na cabeça para recuperar o equilíbrio, ela parou na porta para me esperar e logo comecei a segui-lá, estávamos num corredor e aquele era o único quarto daquele corredor e no outro lado havia uma escada.

- Um quarto vigiado ou uma sala de tortura? - Ri e eu pude notar que ela também esboçou um sorriso.

- As duas coisas, depende muito de quem usa. - Ela foi subindo as escadas e tinha uma porta de aço fechada, a fechadura era de metal e automática, então só abria com comando, na parte de cima da porta havia uma câmera, ela olhou para mim. - Pode abrir. - A porta se abriu e entramos. Deu em uma sala enorme. Em um canto havia computadores e telas espalhadas, lá estava Milena. Em outro lado havia dois sofás e uma televisão ligada, lá estava deitado Victor e no sofá menor Bianca. Bárbara lançou um olhar para o Victor, que levantou rapidamente. Bianca levantou depois e Milena veio se juntar a nós. - Cadê o Gilson? - Ela perguntou.

- Ele foi comprar pizza. - Milena respondeu, olhando para o relógio.

- Ele saiu tem cinco minutos Mi, se ele tivesse que te trair ia precisar de mais tempo, a não ser que...

- Cala a boca,Bianca. - Nathália demonstrava irritação.

- Tudo bem, vamos começar com quem está aqui. - Ela falou e todos pararam de falar. - Essa é Bianca. -Apontou para a ruiva que abriu um sorriso enorme. Essa grandona aqui é a Milena. - Apontou para ela.

- Pode me chamar de Mi. - Ela me deu um abraço.

- Oi. - Falei meio que sem saber como agir naquele momento.

-Este é o Victor. - Apontou para o rapaz moreno que fez um pequeno sinal com a mão para mim. - Então está faltando apenas o... - O rapaz entrou pela porta com cinco caixas de pizza e uma bolsa com dois refrigerantes. - Gilson. - Ela apontou para ele, que se aproximou de nós e entregou as coisas para o Victor.

- Oi. - Ele apertou minha mão sorridente.

- Oi. - retribui o aperto de mão forte.

- Ela tem um aperto de mão forte e ficou me encarando. Cuidado galera, encontramos alguém mais durona que a Babi. - Ele riu e ela deu um soco no braço dele, o que fez ele soltar a minha mão, não pude deixar de rir.

- Tá pra nascer ainda. - Ela disse rindo.

- Ou você só está se enganando. - Falei provocando e rindo.

- Uuuuu. - Todos os quatro falaram ao mesmo tempo e eu não consegui segurar a gargalhada,Babi também gargalhou.

- Vamos comer, antes que eu te mostre quem é a mais durona. - Ela caminhou para se sentar no sofá junto aos outros. Gilson fez um sinal para que eu fosse na frente e me sentei ao lado de Bianca.

- Fiquei até com medo,Passos. - Todos estavam sentados agora. Victor foi o primeiro a pegar a fatia de pizza, mas antes de comer Milena o interrompeu.

- Antes temos que fazer as preces e como você pegou o primeiro pedaço, você quem vai fazer Victor. - Ela apontou para ele.

- Qual é Mi! Eu tô morrendo de fome. - Ele reclamou e colocou o pedaço de pizza de voltar na caixa, o resto do pessoal apenas riu.

- Ninguém mandou ser apressado. - Bárbara disse dando um tapa em sua cabeça. -Anda logo. - Ele bufou.

- Tá bom! - Ele fechou os olhos e todos deram as mãos, aquilo para mim era estranho. Eu não acreditava mais em Deus desde que os meus pais morreram, então era estranho estar ao redor de pessoas que realizavam esse tipo de interação com Deus de novo. - Senhor Deus, agradeço pelo alimento de hoje, peço que o senhor abençõe nossa família e amigos aqui presentes e também muito obrigado por aquele tiro não ter acertado a jugular da Carol, se não ela não estaria aqui conosco agora. Amém! - Eu apenas assenti para todas as palavras que ele falou.

- Amém! - Todos falaram, menos eu. Notei Babi me olhando, ela deve ter percebido que eu não falei, mas eu realmente não falaria algo para o qual eu não acredito mais..

- Agora podemos comer. - Victor falou, tirando uma risada de todos antes de começarmos a comer.

The Mission | adaptação BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora