Capítulo 11

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[...]

Assim que estacionei Victor se aproximou e abriu a porta do carro e a pegou no colo, ele apenas me olhou e não disse nada. Fomos entrando nat casa e assim que Milena nos viu, ela veio correndo até nós e Victor parou de andar.

- Meu Deus Bárbara, o que você fez?- Ela falou alto, enquanto olhava Carol,que tinha os lábios cortados e umas marcas pelo braço por causa do aparelho de choque.

- Eu não acredito que você fez isso. -Bianca vinha da cozinha e me deu um olhar reprovativo, resolvir não falar nada.

-Victor, pode colocar ela no meu quarto, por favor. - As duas se entreolharam.

- Vai estuprar ela agora, também. - Eu estava indo para as escadas e Bianca veio atrás de mim.

- Isso não teve graça. -Eu me virei para ela.

- Bom, depois de torturar por que não estuprar? Você parece que perdeu a noção das coisas. - Ela segurava o meu braço.

- O que você queria que eu fizesse? - Puxei meu braço e agora estávamos uma de frente para a outra.

- Plantasse escutas, investigasse a vida dela, seguisse. Tem uma infinidade de coisas,Passos. -Ela estava alterada. - Você acha que assim conseguiu provar que ela é confiável?

- Agora eu sei que ela não está com a polícia ou com o filho da puta do Javier.

- Sabe mesmo? - Ela deu uma pausa, me questionando. - Se ela for boa o suficiente para não se entregar mesmo sobre tortura? Se ela já havia previsto isso? Babi, ela só vai provar ser de confiança com o tempo.

- Você não entende. - Eu abaixei o tom, ela realmente estava certa, mas já estava feito. Eu precisava fazer isso para...

-Babi, você está dizendo isso para mim ou para você? - Ela me cortou. Porra, elas tinham que parar de ficar falando isso. Eu abaixei a cabeça e fiquei em silêncio por alguns minutos. - Vamos subir.

Fomos subindo em silêncio e vimos Victor fechando a porta do quarto, e passando por nós sem dizer uma palavra, apenas desceu. Todos eles estavam chateados comigo e eu não os culpava. Entramos no quarto e Victor havia tirado as botas dela e a coberto.

- Vou pegar uma roupa confotável para ela. - Caminhei até o meu armário e peguei um blusão meu e uma calça de moletom.

- Está arrependida? - Bianca rebateu e acho que arrependimento estava escrito na minha testa, mas o silêncio foi a miha resposta. - Você estava desconfortável com ela desde o momento que eu te mostrei a ficha dela.

-Não foi bem assim.. Tentei me defender. - Você parece que ficou encantada com ela e as coisas que ela fez, acabou confiando nela antes mesmo dela provar alguma coisa. Bianca, você é uma criminosa procurada pela polícia, não pode sair confiando em todo mundo.

-Quem disse que eu confiei nela,Babi? - Ela estava sentada ao lado de Carol e foi tirando o cobertor de cima dela. - Eu simplesmente achei que ela poderia ser útil, então resolvi lhe dar a chance de tentar.

-E isso não é confiar? - Indaguei.

- Não, o que eu fiz foi apenas deixar uma brecha para ela provar que poderia ser confiável.

- Eu... Você... -Eu estava sem palavras. Maldita,Bianca! - Isso não importa mais.

- Você sempre fica assim quando alguém novo aparece, lembra da Tainá? - Ela ia caminhando até o banheiro e logo voltou com uma bacia de água morna e um pano. Quando ela passou ela me olhou nos olhos. - Você pirou legal.

- Tá bom, eu não sou muito boa em confiar nas pessoas, me conte uma novidade. - Falei indo até a cama e sentando do outro lado. - É que eu não queria que minhas confusões emocionais colocassem vocês em perigo. - Finalmente abri o jogo. Bianca sabia tudo da minha vida, altos e baixos, namoradas e paixonites.

- Confusões emocionais? - Ela parou de limpar os machucados da Carol e me olhou. - Não me diga que você se apaixonou por ela a primeira vista? - Sério,Bianca? Essa foi a única coisa que você pensou?

- Não Bianca. - Revirei os olhos. - Ela é a garota do park. - Apontei para Carol.

- Mentira? - Ela fez uma cara de surpresa.- Por que não me contou quando eu disse que tinha escolhido ela?

- Você queria que eu falasse o que? "Bianca, não podemos escolher ela, porque eu era apaixonada por ela na época da escola, depois eu a salvei de ser estuprada no parque e então fui embora achando que nunca mais a veria, por isso não vamos contratar ela, mesmo ela tendo um ótimo currículo." - Não pude deixar de rir, assim como Bianca. - Você sabe que seria loucura, né?

-Loucura? - Ela riu mais ainda. - O que você acabou de fazer com ela foi o que? - Eu parei de rir e ela percebeu. -Babi, queria, presta atenção. Eu sei que você ficou com medo de julgar a Carol pelo o que você sentia por ela antes e isso poderia resultar em consequências catastróficas, mas não precisava fazer isso, sei que você se preocupa com a gente, mas você precisa superar o que aconteceu naquele dia, a Mi superou..

-Eu ainda não consigo me perdoar por ter sido enganda daquele jeito pela Isa, mas pior foi a Milena ter sido baleada e... - Eu abaixei a cabeça e suspirei.

- Você também foi, ficou três dias em coma. - Ela me cortou.

- Isso não foi nada demais, o que importa é que a Milena foi ferida por minha culpa. - Bianca levantou e veio andando até mim e me deu um abraço. - Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com vocês e ainda mais por minha culpa, vocês são minha família. Minha única família.

-Babi, você precisa se perdoar por isso. - Ela fez carinho no meu cabelo. - Se você morresse naquele dia eu nem sei o que seria de mim. De nós. Você também é minha família. Nossa família.

-Tudo bem, eu vou tentar me perdoar por isso e para a sua felicidade eu vou dar uma chance a Carol. - Soltei o abraço.

- É o mínimo que você pode fazer depois disso.- Ela levantou e apontou para Carol.

Ficamos ali limpando os machucados dela, quando eu ia começar a tirar a roupa dela para trocar a roupa,Bianca me expulsou do quarto alegando que eu me aproveitaria de Carol. Milena subiu depois para ajudar, então deixei tudo nas mãos delas e fui comer alguma coisa, refletir sobre tudo aquilo e sobre o que eu deveria fazer para compensar Carol, um gesto legal.

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oioiss!! perdão o sumiço,estava em semanas de provas na escola o que apertou um pouquinho de postar aqui,mas vou voltar<3

The Mission | adaptação BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora