Embora tudo estivesse um caos, eu permanecia com a minha paz em dia, uma mudança não é nada fácil,e também não quero me mudar, porém era o melhor, desde que o ensino médio acabou, eu descobri que o meu relacionamento era tóxico e eu só queria sumir, a minha fé tinha sido uma base para minha sobrevivencia. ... Estava me mudando para o sul do Brasil ( Curitiba), Minha mãe como sempre não facilitava as coisas e ela sempre via um modo de gastar mais e mais dinheiro, claro tínhamos uma condição boa, porém dinheiro não é tudo... O dinheiro não deixou que quebrassem meu coração como se fosse um cristal em mil pedaços.
Tudo parecia ser o mesmo de sempre, tudo menos o meu livro preferido aonde eu me aventurava nós capítulos grandiosos que sempre eu poderia tirar algo para mim e conserva minha fé, embora fosse um requisito do meu dia a dia, me sentia como se eu não fosse uma parte deste mundo, sabe quando não consegue encontrar um lugar que você sinta que você se encaixa verdadeiramente.
Me vejo em um mundo sem cor, até a vontade de viajar, meus sonhos, e minhas perspectiva idéias perderam a graça em minha mente, vejo agora que o mundo é um lugar tanto do bem e tanto do mal, aos 21 anos nada me divertia e muito menos me entretia ... A fé que eu já tive e "movimentava montanhas" ainda estava aqui, porém não era a mesma coisa, nada era a mesma coisa desde que eu terminei meu relacionamento, parece que algo foi tirado de mim.
Acordo de meus pensamentos com a minha mãe me chamando, pois estou a muito tempo sem falar nada e estou desenhando na janela do carro .
- Nathaly?! Nathaly?! - diz a minha mãe gritando, parecendo que estou a cinco mil metros de distância...
- Oi, mãe - me viro bem lentamente forçando um sorriso que não era meu .
- Você está a duas horas dentro do carro comigo e não fala nada ? - diz minha mãe super preocupada.
- Não vejo necessidade de dialogar se me perco em meus inúmeros pensamentos - digo num tom de sarcasmo.
Inspiro fundo e volto para os meus diversos pensamentos do que estou fazendo aqui? Qual o meu propósito? Será que alguém está cuidando de mim? Várias vezes me pergunto isso... Devo questionar se sou maluca? Talvez...
Depois de algum tempo, chegamos na nossa casa, viva? Não, apenas aceito a minha nova realidade, olho para o lado e vejo um garoto com óculos me encarando parece ser meu vizinho, reviro os olhos e entro na casa, uma casa mediana com um tom de azul claro em toda a sala, o primeiro andar tem um tom mais leve, assim como o ar do móvel, subo as escadas e encontro o que parece ser meu quarto, boto meu celular em cima de qualquer móvel e me jogo na cama me esquecendo de tudo e de todos, gostaria que os meus pensamentos também saíssem de mim, porém eles me assombram...
No dia seguinte...
Acordo de manhã, desço as escadas e vejo que os quadros horríveis e bregas de minha mãe já estão na parede, na verdade está tudo perfeito como ela sempre quis e caminho até a porta de entrada da casa, abro ela e me deparo como uma jovem com um sorriso reluzente e ela segura um buquê de rosas na mão, em instantes vem um flashback em minha cabeça , meus olhos enchem d'água e me lembro que em meu bolso está o cordão com a minha frase favorita, leio e penso sobre tudo que ocorreu até a chegada deste momento e entro, a noite foi agitada cheia de pesadelos sonhando apenas com ele, o meu glorioso ex, ah, mais ex não é ex por acaso né, sim me traiu com a minha melhor amiga chamada prima, que eles sejam muitos felizes, mágoa? Nunca, mereço coisa muito melhor, até porque finais felizes não existem e neste mundo apenas a minoria dos homens presta, tiro isso apenas pela minha memória paterna que conheço só pelo talão de cheque que ele me manda todo mês ou quando esquece meu aniversário e algumas datas comemorativas, porém a culpa não é dele, a questão é ele está muito muito ocupado com a família perfeita, minha mãe fala que eu puxei a ele, se for o lado sombrio agora sei porque sou tão estragada desta forma, se eu falasse tudo que eu penso seria um caos na terra né ?
Volto ao meu quarto e pego um vestido xadrezinho até o joelho solto para me deixar confortável, meu cabelo liso facilita muito o meu trabalho, pego meus óculos de Harry Potter, só quem é fã entende a referência e pego o frasco do meu perfume favorito e espirro duas rajadas do perfume em cada lado do meu pescoço, pego meu cordão e o coloco na bolsa, e não eu nunca vou usar ele no pescoço, acho que ele tem que estar aonde deve estar .
Desço para a sala, minha mãe deixou o dinheiro em cima da mesa para eu ir comprar algumas coisas e ir a faculdade, como não sou mesmo de obedecer pego o dinheiro e a chave do carro, tranco a porta da frente da minha belíssima casa , so que não e vou para a faculdade .
Chegando lá, estaciono o carro e vou para a entrada da minha nova faculdade, quando eu abro a porta cruzo com um garoto que estava falando com os amigos e não estava olhando para a frente e como sempre em filmes horrorosos de romance ele estava com uma bebida que manchou meu vestido caro, olho para ele, minha vontade é fazer ele engolir o copo a seco .
- O senhor está cego não olha para onde anda não? - digo bufando de raiva era uns dos meus vestidos favoritos .
- Se você também prestasse atenção não teria o desprazer de perder meu suco por causa da sua falta de atitude.- ele olhando pra mim com um sorriso meio de lado .
Continua...
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escolhas de uma vida...
RomanceEu poderia dizer que isso é um conto de fadas? sim. Em minha pequena visão, a minha fé sempre foi testada, apreendida e enfraquecida pelas minhas próprias decisões, as vezes me sinto tão perto do criador e as vezes tão longe que só posso pedir Ele m...