capítulo 2

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Olho bem fixos nós olhos dele, e vi que realmente era uma pessoa muito idiota e que não valeria a pena discutir com este tipo de pessoa, então vejo que os amigos deles estão me olhando com a roupa toda suja de suco, que amor né? Não.

Saio dali e ouso ele berrar uma frase idiota .

- te encontro depois, morena . - grita e ouso logo em seguida risos .

Isso lembra muito o meu ex ? Sim e eu ligo pra tal acontecimento? Não, deu pra perceber no olhar dele que ele é uma pessoa egoísta e inconstante, e outra pessoa egoísta e inconstante como eu se batesse de frente não daria certo.

Fico olhando para as carteiras da minha futura sala e me vem uma certa lembrança na cabeça eu me cortando por causa da minha traição e uma lágrima escorre pelo meu rosto e seguro a minha bolsa pois o meu colar está lá , você se julga muito? Com toda certeza, um amigo muito sábio me disse uma vez " antes de me julgar, se auto avalie pois com toda certeza você está errando tanto quanto eu" , se eu tenho depressão? Talvez sim, para uma pessoa que já cortou suas pernas num momento de raiva todo médico que me visse diria que sim, porém acho que é questão de algum sentimento incubado .

Sigo em frente até a sala da coordenação, pago minha matrícula, entrego os documentos e assino alguns papéis, nada demais, saio do prédio e volto pra casa dirigindo, as cicatrizes da minhas pernas sararam, todavia e as da minha alma? Sinto que estou cada vez distante do que eu acredito e por causa da minha própria ação, nunca vou ser a filha perfeita, nunca vou tira a melhor nota e consequentemente nunca vou me encaixar ... Sinto que estou prestes a ter uma crise forte de ansiedade, começo a tremer enquanto vem alguns pensamentos me seguro e me concentro no voltante, eu não vou parar , tento me concentrar em outra coisa, minha melhor amiga que sempre esteve comigo, paro o carro e ligo para ela, e a mesma me atende ...

Ligação on.

- Que houve garota ? - diz ela parecendo feliz em eu ter ligado...

- Estou perto de ter uma daquelas crises, sei que eu combinei de não ligar porém eu tô tento falta de ar - falo com uma certa dificuldade

- Calma, você não pode ficar falando rápido assim, inspira e expira, lembre se, você tem o alto controle. Procure se distrair, lembra de quando eu sofria Bullying na escola? E eu chorava muito e você acertou o menino de um jeito de que ele saiu correndo e começou a sangrar o nariz dele - diz ela rindo sozinha .

- sim , eu me lembro, bons tempos - digo rindo e um pouco aliviada.

- Essa situação é como esse valentão, só te controla se você deixar , se você se entregar, você sabe que você que manda nesta sua mente inteligente, sempre foi a melhor em tudo que determinava.Você sempre me dizia assim " você será a dona de tudo que quiser , basta somente se coloca como prioridade além do todo poderoso, ele que tem que estar sempre em primeiro lugar em seu coração "- diz ela num tom reflexiva ...

- porquê paramos de conversar mesmo em? - digo rindo e aliviada.

- Você sabe muito bem, não posso estar próxima de uma pessoa que não quer fala e sempre quer questionar a minha fé e ... - desligo antes que ela comece a falar mais, ela está certa porém eu não posso e nem quero voltar para aquele lugar, pelo menos não agora .

Ligo o carro e volto a dirigir, talvez a paz que eu sinta não seja verdadeiramente paz e sim uma negação, tentar ser forte o tempo todo também pode ser a minha fraqueza .

Algum tempo depois...

Chego em casa, e jogo as chaves e o celular em qualquer móvel que encontro, e entro no meu quarto e abro a janela pois estava chovendo e gosto de vê a chuva, como ela as vezes pode ser moderada, não é um belo desastre igual eu... Talvez eu realmente precise voltar, porém como posso reencontrar o meu verdadeiro eu ? Me jogo na cama pensando, a única que saberia o que fazer me daria um sermão agora, então é melhor eu ficar na minha ... Eu não tenho mais melhor amiga, e por minha culpa, tenho que parar de afasta todos com o meu jeito...

São tantas incertezas, e além de eu sentir saudades do que eu era, estou cansada de culpar as pessoas por coisas que elas não são culpadas, eu decidi me afastar do Pai, eu resolvi o culpar por eu sofrer e escolher me isolar do mundo e fingi que já superei as marcas de feridas, sabemos que não é assim, porém teimo em ser forte o tempo todo, lutar com alguém que quer o seu bem porém você é orgulhosa demais para pedi perdão.

Me levanto devagar e ouso vozes vindo da sala no andar de baixo, vozes felizes ? Sim Viva ? Não. Desço devagar tentando ouvir o assunto , e era uma garota falando com a minha mãe e parece ser meu vizinho, não esqueço aqueles óculos ...

Forço um sorriso e vou em direção a eles, minha mãe e a menina que de perto agora aparentava ter uns 18 anos estavam sentadas e o meu suposto vizinho estava em pé, na entrada cozinha encostado na parede e como eu entrei na sala começou a encarar ...

- olá - dou um sorriso simpático, não quero que eles descubram que eu mordo.

- oii- a garota super animada me lançava um olhar super alegre.

- Hey - ele suspirou fundo e disse um termo pouco usado, não me parecia a vontade .

E minha mãe como sempre me ignorou, como eu a amo ( sarcasmo)... O ódio e o amor são opostos, me sinto perdida em relação a minha mãe, ela exige algo que ela não me dá, amor e atenção tudo no momento que ela necessita, talvez deva muda minha atitude fria? Talvez... Nova vida né ? Sinto que preciso mudar antes que eu mesma me destrua...

Paro de pensar pois sinto que alguém está me olhando fixamente.

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