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E volta-te à estaca zero,
Nova e novamente
Unicamente pela semelhante razão,
Me cobrei e me cobrei
Me cobrei e me cobrei,
Mas não esperei
Pela vez da vida me cobra,
Nessa tal hora o ponteiro golpeia baixo,
caio no mesmo poço e,
a queda amortecida pelas lágrimas,
Me faz pensar em tudo de novo.

Fora de horário, fora de moral,
órbita também fora e fora se joga
meu eu semi-perfeito,
Voltei a ser mau.
Matemática é exata,
Sou imperfeito e meu cálculo não há exatidão,
Porque amor não se mede,
Sentimento não se calcula e
muito menos paixão.
Pra que me cobro tanto?
Conta já negativa
Estaca zero,
Zero na carteira de tanto me cobrança.

Caio no mesmo erro, esperança,
Talvez compro a primeira passagem pra Marte,
Será que os ETs tem sentimento?
Se não é o lugar perfeito,
Pra gente que se acha perfeito,
Gastar a perfeição e,
Incansavelmente sem toque sem presente,
Amargue o passado em uma carta futura.
Me desculpa, perdão é chato, mas
Necessário.
Me desculpa, pois minha versão ruim ficou,
mas a boa anda tão cansada que pediu folga.
É que eu voltei ao zero de novo
E a vida não colabora.

Meu erro não é pensar demais
É remoer o passado
No medo do presente viajar no tempo
E trazer consigo trevas,
Que no meu mundo não existe há
Eras.

Café, Vinho & PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora