7 - Tortura

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O gosto de morango de seus lábios era maravilhoso, eu não conseguia pensar direito, apenas beijá-la e beijá-la. Suas pequenas mãos apertavam minha cintura, a posição em que estávamos não estava nada favorável.

Allyson passou a beijar meu pescoço assim que o ar nos fez falta, minha respiração estava pesada e como um clarão, me dou conta do que estou fazendo.

- Allyson... Allyson! - Seguro em seu ombro, a afastando. - Não podemos, isso não está certo.

Sem pensar duas vezes, me levando e sem olhá-la, saio caminhando pela praia.

Me sinto a pior pessoa do mundo por ter feito isso, dei esperanças a uma jovem aluna, mesmo sabendo que tudo isso poderia gerar grandes consequências.

Quando percebo que estou longe o suficiente, me sento de frente para o mar. O som me acalma. Eu só estava com medo de não conseguir esconder essa paixão e a mesma hitória do passado se repetir. Eu não posso deixar mais uma mulher partir por culpa minha, por culpa do meu amor.

•§•

A volta para o internato foi feita em um completo silêncio, Ally não me perguntou nada depois que voltei para a casa de praia e eu agradeci por aquilo. Eu nem sabia o que estava sentindo.

Estacionei o carro na vaga de sempre e Brooke foi a primeira a descer. Fiquei sentada ali tomando coragem e depois de alguns segundos desci. A loira tinha os braços cruzados e um olhar indecifrável no rosto.

- Obrigada pelo passeio. - Disse balançando o corpo.

- Não precisa agradecer. Eu preciso fazer algumas coisas no centro da cidade... - Coço a garganta. - Qualquer coisa, a professora Johnson está por aí.

Ally assente e eu volto para o carro, saindo acelerada com o mesmo. Na verdade eu não tinha nada para fazer no centro, eu só precisava de um tempo sozinha e repensar nas minhas atitudes dos últimos dias.

•§•

Domingo não vi Allyson, passei o dia todo trancada em meu quarto e no final da tarde ela veio veio me procurar. Sem abrir a porta, pedi que voltasse para o seu dormitório.

Por mais que estivesse doendo em mim, era o certo a se fazer, não podíamos ficar mais envolvidas que já estávamos. A tensão sexual entre nós era nítido desde o dia que ela entrou em minha sala pela primeira vez.

Na segunda acordei sem coragem para dar aula, mas fui, era o meu trabalho e eu sou uma mulher adulta que precisa encarar os problemas de frente.

Ignorei Allyson e seus olhares sobre mim. Eu tinha conseguido passar a segunda longe dela, longe de seus toques firmes.

Sempre que vinha até minha mesa pedir explicação de algo, seu braço tocava o meu e o seu cheiro invadia minhas narinas.

Seu gosto de morango ainda estava em meus lábios, eu só queria poder beijá-la, mas não podia e sempre que eu pensava em apenas tocá-la, me lembrava das consequências que levou minha paixão por uma mulher, então assim eu resistia o seu cheiro.

Hoje eu teria as duas últimas aulas com a turma dela e, mais uma vez, seria uma tortura vê-la e não poder tocá-la.

Loving Allyson | Alren VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora