10 - Contagem

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Eu entrei em choque com medo de termos sido pegas. Quem seria há uma hora dessas?

Qual seria a explicação que eu daria por ter uma jovem aluna dentro do meu dormitório há essa hora?

- Hey! Calma. - A loira sussurrou, segurando meu rosto entre as suas mãos.

Sabe aquele fase da adolescência que você trás a namorada para casa e seus pais te pegam transando? Então, era assim que estava me sentindo, uma adolescente que acaba de ser pega.

- Allyson, não tem como ficar calma. - Murmuro tirando a loira de cima do meu colo. Ando de um lado para o outro, as batidas da porta continuam e a única coisa que me vem a cabeça, é que a loira fique atrás da porta. Arrumo meus trajes e ajeito o meu cabelo desgrenhado. - O que faz fora do dormitório há essa hora, Srta. Hansen? - Pergunto surpresa ao ver uma de minhas alunas paradas ali.

- Viu buscar a Ally. - A mais alta sussurra. - Eu sei que ela esta aí, professora. Olha só, desculpa em atrapalhar a foda de vocês, mas a Madre Consuelo e as freiras estão fazendo contagens nos dormitórios.

- O quê? - Abro a boca sem entender.

- Caramba, apenas mande Ally sair.

- Tá, eu estou aqui. - A loira aparece atrás de mim, sorrindo sem jeito. - Te vejo amanhã.

Brooke segura em meu rosto, selando rapidamente nossos lábios em um beijo suave. Por um momento nos esquecemos da Madre e das freiras que estão andando por aí, ah, e de Dinah, que nos olha.

- Depois me agradeçam por não terem sido pegas. - Hansen saiu arrastando a menina Allyson.

Entrei rapidamente em meu dormitório, quando pego o meu celular, tem inúmeras chamadas perdidas da Madre Consuelo, com certeza deve ser algo relacionado a contagem nos dormitórios.

Visto uma roupa apresentável e saio às presa. No refeitório estão todas as meninas daqui do internato, algumas freiras e duas professoras.

- O que esta acontecendo? - Pergunto a professora Pierce.

- Parece que uma aluna fugiu e a Madre decidiu fazer essa bagunça toda para descobrir quem é. - Explica a negra levemente irritada.

Cochichos são ouvidos pelo refeitório, cruzo os braços e sinto-me ser observada. Ali estava Allyson Brooke, do outro lado do cômodo me olhando. Vi a loira atravessar caminhando em minha direção.

- Você não deveria se aproximar. - Sussuro para a loira, que agora para ao meu lado.

- Que mal tem em conversar com a minha querida professora de Poesia? - Solto uma risada.

Madre Consuelo logo aparece, fazendo o local ficar em silêncio. Sua figura intimidadora sempre me assustou, tia Consuelo sempre foi uma mulher muito rígida e sempre exigiu a perfeição de mim, já que sou a sua única sobrinha. A mais velha sempre esteve controlando cada passo meu.

A mulher a nossa frente explicava todo o mal entendido, a lista de chamada usada por uma das freiras era a lista errada, o que resultou na grande confusão.

Os braços de Brooke tocando os meus não me deixam prestar atenção em minha tia. Eu só queria estar fudendo com essa garota loira ao meu lado. É a única coisa que se passa por minha cabeça.

- Desculpem pelo transtorno. Agora já podem voltar para os seus quartos. - Finaliza a mais velha. - Professora Jauregui, preciso falar com você.

Depois de sussurrar um boa sorte, Ally volta para o quarto ao lado de suas amigas.

Depois de ser interrogada por minha tia, pelo simples motivo de eu não ter atendido o celular, voltei para o meu quarto.

Deitada em minha cama, apenas pensava em Ally. Seu sorriso, seu toque, seu cheiro e principalmente, como deve ser o seu corpo nu. Seus seios parecem perfeitos para mim.

- Eu sempre olho para os seus peitos. Eles são tão bonitos.

Sua frase ecoa por minha cabeça, me fazendo sorrir. Eu só queria ter aquele corpo embaixo do meu. Meus dedos entrando e saindo de dentro dela. Seus gemidos ao pé do meu ouvido.

- Preciso de um banho gelado!

Loving Allyson | Alren VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora