Soltei um grito. Meus braços estavam sangrando devido aos cacos de vidro. Minha mãe sobe as escadas assustada e olha para mim. Ela se aproxima e me segura. Olho ao redor do quarto e vejo uma pedra muito grande no meio dos cacos. Pelo visto quem jogou aquilo, tinha sim o desejo de machucar seriamente alguém.
Meu pai ajudou minha mãe a me colocar na mesa da cozinha. Minha mãe pegou o telefone enquanto meu pai ia para fora ver se conseguia ver quem tinha jogado aquela pedra. Minha mãe ligou para a clínica da cidade. Felizmente, eu podia ser sim atendimento, mas tinha que ir até lá. Me colocaram no carro e começaram a acelerar. Enquanto saio da frente da minha casa, olho para a janela do meu quarto. Ainda tem alguns pedaços de vidro na janela que não caíram. Meus braços começaram a arder novamente. Olho para meu braço e depois olho de volta para a janela. Uma mulher magra, olhos vazios e uma boca aberta estava lá. Parecia estar me olhando. Mas em um piscar de olhos, sumiu.Cheguei na clínica. A enfermeira disse que apenas me cortei, mas tinha que verificar se nenhum caco de vidro entrou no meu braço. Meu pai estava furioso. Queira saber quem jogou aquela pedra e Por que jogou. Me veio na mente a garotinha que tinha visto ontem, mas acho que ela não teria aquela grande força para jogar aquela pedra na minha janela.
Passou algum tempo, e fui liberado pela enfermeira. Minha mãe passou na delegacia. Pelo visto, eles acham que tem alguém tentando de alguma forma, ameaçar alguém da nossa casa. Eu não duvido não, apenas torço para que a pessoa que jogou aquela pedra seja uma pessoa viva.Enquanto voltava para casa, me veio a mente a mensagem deixada no meu celular por aquele número desconhecido. Estou pensando quem poderia mandar ela, alguém que queira prejudicar a mim. Mas uma coisa me preocupa, se descobrirem que quebrei a regra do toque de recolher, o que vai acontecer comigo?
Cheguei em casa e fui para meu quarto. O chão sujo de cacos. Meus pais mandaram eu pegar uma vassoura para ajudar eles a limpar o chão. Desci as escadas e comecei a procurar.
- Mãe! - Gritei. - Onde está a vassoura?
- Deve estar no banheiro.
Andei em direção do corredor do banheiro. Então percebi uma coisa estranha. Meus passos não correspondiam aos meus. Eu andava dois passos, mas quando parava, escutava um terceiro. Como se alguém estivesse me acompanhando.
Meu coração acelerou. Olhei para trás mas não vai nada, apenas escutava. Voltei a caminhar em direção do banheiro. De novo, os passos. Olhei para trás na mesma hora que escutei, a garotinha estava parada na minha frente. Ela me olhava com seus olhos tristes e ao mesmo tempo assustada. Tinha cabelos pretos.
- Como você entrou?
Eu disse tentando mostrar que não estava com medo. Ela não me respondeu. Meus pais me chamaram de novo. Me aproximei da menina para fazer ela me responder. Ela começou a correr para a minha direção. Ela parecia estar escondendo algo entre os braços, poderia ser uma faca ou algo afiado?
Corri para o banheiro e fechei a porta na hora que ela iria entrar. Tranquei a porta enquanto a garotinha batia na porta entanto gritava. As luzes começaram a piscar, tentei chamar pelos meus pais, mas eles não me respondiam. A torneira ligava sozinha, a garotinha ainda estava batendo na porta. Comecei A ouvir vozes vindo de todos os lados. As pias começaram a sair sangue de dentro delas. Comecei a gritar o mais alto possível. Fui até a porta e segurei a maçaneta. Olhei para trás o mais rápido possível. Em um piscar de olhos, estava a mesma mulher da janela do meu quarto. Então as luzes se apagaram de vez. Abri a porta.
Corri enquanto chamava meus pais, mas então caí na metade do caminho. Estava sentindo duas mãos me segurando nas pernas. Então comecei a ser puxado para dentro do banheiro escuro.Continua....
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Nunca saia sozinho
Misterio / SuspensoAs pessoas não são como parecem ser. Joe é um adolescente de 12 anos. Ele mora em uma cidade aparentemente muito feliz. Mas todos os moradores dessa cidade seguem uma regra: NÃO É PERMITIDO QUE NINGUÉM SAÍA DE CASA DEPOIS DAS NOVE HORAS DA NOITE. M...