Capítulo 4

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VAMOS DE MARATONA DE NOVO PORQUE EU ATRASEI AS ATUALIZAÇÕES 3 DIAS. ENTÃO SERÃO 3 CAPÍTULOS PARA VOCÊS.

E VAI TER UMA REVIRAVOLTA INESPERADA NA ROTINA DE NOSSO CASAL.

GOSTARAM, NÉ?

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Mackenzie

Eu acordo com o celular vibrando. Olho para a tela e vejo que há uma tentativa de ligação de meu irmão, Jonathan, mas não são nem 6 horas da manhã ainda. Esfrego os olhos sem entender direito o que está acontecendo enquanto me sento na cama. Atendo o telefone com a voz de sono.

— Como é se sentir mais velha? — Diz ele com a voz animada do outro lado da linha. Olho para a tela do celular e confiro o dia: já é meu aniversário. — Parabéns pra vocêêê...— Jonathan começa a cantarolar. Ouço uma barulheira do outro lado e imagino que ele está chegando na faculdade, já que costuma fazer aulas extras antes do início do horário.

— Vai estudar, irmãozinho. Obrigada por me acordar. Quase perco o horário. — Respondo enquanto caminho para o banheiro. — Vamos marcar um almoço para um dia desses. Mas só se você trouxer um presente.

Jonathan ri alto do outro lado e isso enche eu peito de amor. Ouvir sua risada é algo que me traz tranquilidade e consegue me colocar nos eixos mesmo se o mundo estiver desabando ao redor.

— Combinado. Vou comprar um par de pantufas e um roupão felpudo porque agora você é uma senhorinha. — Ele fala com ar de deboche. — Tenha um bom dia, irmã.

Desligo o telefone e olho para o relógio. Quase me atrasei, mas é porque estou muito cansada. Arrumo o cabelo em um coque despojado – novo termo para "mal-arrumado" – coloco meu jaleco e corro para o hospital. Tudo o que não preciso hoje é levar uma bronca do doutor Arturo por perder a hora.

Saio com o meu carro pela rua e percebo que ele está se engasgando. Mas tudo bem: acostumei-me a dirigir carros velhos porque foi só o que eu tive durante toda a minha vida. Ele ameaça parar algumas vezes e tudo piora com a pequena garoa que está caindo. Felizmente, e por milagre do destino, consigo chegar ao trabalho a tempo.

Assim que entro na sala reservada para os médicos sou surpreendida. Há um grupo de enfermeiros e residentes ao redor de uma pequena mesa de plástico. Sobre ela, um bolo com um estetoscópio enfeitando o tipo. Todos gritam quando eu entro.

— Surpresaaaa! — Eles me olham com encantamento e felicidade.

— Feliz aniversário, Mac. — Diz Leonora, uma enfermeira que trabalha no CMH há mais de 15 anos. — Preparamos tudo com o maior cuidado. Foi difícil organizar a vaquinha, mas todos fizeram questão de contribuir. — Ela me abraça carinhosamente enquanto outros funcionários do hospital fazem fila para me dar os parabéns.

— Fizemos isso para você. — Surge Matheus, um de meus colegas de residência. Ele aponta para um quadro com fotos de vários pacientes dos quais cuidei nos últimos meses. Eu olho para a imagem emocionada vendo todos aqueles rostos felizes. — Ah! E alguns deixaram um recadinho. — Ele me entrega um caderninho com capa azul. Assim que olho a primeira página sinto as lágrimas rolarem. Há diversas mensagens de agradecimento de pacientes que eu pude acompanhar durante minha jornada até aqui.

— Eu nem sei como agradecer. — Digo secando as lágrimas. — Faço isso por amor e fico muito grata pelo reconhecimento.

— Faremos o possível para que você tenha um dia de trabalho agradável, Mack. — Diz Leonora. — Mas, infelizmente não podemos te livrar da UTI. — Todos riem com o seu comentário. Eu olho ao redor e percebo que Arturo não está na sala. Sinto uma pontada de tristeza. De certa forma, eu gostaria de receber um abraço do médico que tanto admiro.

CEO DILACERADO - COM ELA AONDE QUER QUE EU VÁOnde histórias criam vida. Descubra agora