4. And then, i woke up

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Amélia Williams:

13 de Dezembro de 1993

- Ela vai ficar bem, Madame Pomfrey? - ouço a voz de Lindsey preocupada.

- Vai sim, querida, foi só uma queda de pressão por causa de estresse. Ela anda comendo direito?

- Sim, eu sempre acompanho ela nas refeições desde... Você sabe... - minha amiga responde insegura. É a mais pura verdade. Lindsey não larga do meu pé desde que eu vim parar na enfermaria no ano passado. Sei que ela quer o meu melhor - eu faria o mesmo com ela - mas as vezes é sufocante.

- Pode ficar tranquila, Madame Pomfrey. Minha babá não sai de perto de mim nunca... - falo baixinho ainda com os olhos fechados e escuto os passos das duas se aproximando - Ela só não vai ao banheiro comigo porque eu tranco a porta, porque pode ter certeza que se eu não o fizesse, ela estaria lá também...

- Amelia! Sua filha da mãe! Onde você foi parar? Era só uma ida na sala do Dumbledore e você terminou o dia na enfermaria! - Lindsey exclama segurando minha mão firme. Madame Pomfrey repreende a garota com um "Srta. Rue! Tenha modos! Está em uma enfermaria não em um circo!".

- Está se sentindo melhor, Srta. Williams? - a enfermeira pergunta com a prancheta na mão e se virando para mim - Precisa de alguma coisa?

- Eu gostaria de um como de água, por favor... - imediatamente a bruxa mais velha conjura com sua varinha água dentro de um copo que estava ao lado da cama - Obrigada... - Molho meus lábios e a água desce pela minha garganta. Sentindo o frescor, afasto o copo de minha boca, apoiando-o em minha barriga - Posso ir já? Estou melhor!

- Você irá ficar em observação, Amelia... Se não acontecer denovo, aí sim, você está liberada... - Madame Pomfrey fala calmamente, não desviando os olhos de mim.

- Mas e as aulas?

- Não se faça de desentendida, Williams! Vou mandar uma carta aos professores explicando o motivo de suas faltas. É só por um dia! Não é como se você fosse reprovar por uma falta...

- Com o Snape tudo é possível, Tia Poppy... ‐ dou de ombros e vejo a mulher me olhando estranho por conta do apelido. Sorrio para ela e posso jurar que vi o canto de seus lábios se curvarem de leve.

- Srta. Lá Rue, não pense que você também irá ficar de folga! Mais cinco minutos e depois volte para a sua comunal...

- Por que, Madame Pomfrey? - ela exclama franzindo as sobrancelhas - Mia precisa de uma cuidadora na comunal! E eu sempre cuido dela!

- Dessa vez não será necessário, Lindsey... - Madame Pomfrey rebate e eu dou um sorrisinho.

A enfermeira volta para sua cabine e Lindsey se senta aos pés da minha cama com a cara emburrada e os braços cruzados. Seu rosto expressa indignação.

Não consigo conter o sorriso ao ver sua birra por não poder ficar sem aulas, a loira olha em minha direção com os olhos cerrados como se fosse uma raposa procurando sua presa atentamente.

- Cale a boca, Amelia! - ela responde e então, eu começo a gargalhar, jogando a cabeça para trás e acidentalmente acabo batendo a parte de trás da cabeça nas grades da cama, o que me faz rir ainda mais.

Lindsey tenta segurar o riso, mas obviamente não consegue e me acompanha com sua risada melodiosa e única.

Estávamos mergulhando em frases desconexas quando fomos interrompidas por Antônio, que entrou sorrateiramente pela porta da enfermaria e assim que nos viu, seu rosto pareceu relaxar.

- Vocês estão aqui! Procurei vocês durante a tarde inteira! - ele exclamou com os brilhantes olhos azuis arregalados - O que aconteceu?

- Nada demais, só uma queda de pressão... - respondo com um pequeno sorriso, grata pela preocupação do meu amigo - E como nos encontrou?

THE ARCHER - GEORGE WEASLEYOnde histórias criam vida. Descubra agora