Capítulo 5 - Problemas com um vigarista

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Estamos mesmo a frente da porta para o grande salão onde decorre a festa, mas não entramos ainda.

— Verónica ou Vinni, eu sei que estás aqui por algum motivo em específico e como o teu futuro marido

— MARIDO?! — grito surpresa

Ele tapa a minha boca com a sua mão.

— Silêncio — Diz sério — Eu decidi que nós vamos casar!

Eu não sei se ele bebeu antes de vir ter comigo ou se andou nas drogas, mas eu não consigo acreditar no que oiço. Não só tenho 16 anos como sou LITERALMENTE inimiga dele! E ele quer CASAR comigo e diz isso antes do leilão?

— Não amor — respondo ironicamente

— Porquê?

— Por quê? — pergunto um pouco surpreendida com essa pergunta idiota — Porque eu não te amo! Eu não amo o AMOR, EU ODEIO O AMOR e não sei porquê que perco tempo contigo.

  Entro sozinha. A sala estava cheia de pessoas com vestidos deslumbrantes e fatos magníficos. Todos usam máscaras. Ando pela sala em busca do Pai de Pietro, Dante e a sua esposa Mirabela. Eles vão anunciar o líder hoje, mas não os vejo aqui. 
O Pietro está a cumprimentar algumas pessoas e parece triste. Não quero saber, eu disse a verdade, melhor a verdade do que ser iludido.

— Vuoi una bevanda alcolica?

Pergunta um homem com bebidas na mão. Não falo italiano então tenho de improvisar com o pouco que sei.

—Sí?

O homem entrega-me um copo cheio e vai se embora. A uma coisa que aprendi, quando se prova uma bebida é tudo de uma vez. Enfio tudo pela goela abaixo. Era bom! Não sei o que é, mas adorei. Apanho o olhar de um homem a olhar para mim. Ele percebe e sorri. Era mais alto do que eu e tinha cabelos ondulados a como o Pietro, mas não eram loiros eram pretos. E eu de alguma forma o reconheço. Vou até ele devagar.

— Uma noite magnífica não acha? — diz andando até o jardim
Ando atrás dele. Estranhamente acho que o conheço.

— Sim ... nós conhecemos-nos?

Saímos da sala ao mesmo tempo, e vamos até ao jardim.

— Não te lembras Vinni? — diz sorrindo

De repente fiquei com um mau pressentimento. O jardim estava deserto e a música estava muito alta então ninguém consegue ouvir o que se passa aqui, depois as cortinas não deixavam quem estava dentro ver o que se cá fora. O homem para e vira se.

— Não te lembras de mim Vinni? — pergunta novamente sorrindo — Sou eu o teu amigo
Essa voz. Esse sorriso. Esse riso. Tudo apontava para o ...

— Jake? — digo afastando me rapidamente. Nesse mundo tenho medo de apenas duas coisas, não cumprir uma missão e do Jake.

— Sim esquilinha — responde a aproximar-se

Dou um passo para trás e observo o seu sorriso desvanecer.

— Vinni ? Será que tens ... medo ?

Claro que tenho medo, ele roubou a Verónica de mim, ele destruiu a minha casa, quase matou-me e ... foi ele que matou a Michael, o meu irmão mais novo. Lembro-me como se fosse hoje. Ele matou-o com esse sorriso doentio na cara. Eu era pequena então fiquei escondida enquanto ouvia os gritos do Michael, os meus outros irmãos não estavam em casa e os meus pais estavam a trabalhar como sempre. O Jake estava a procura da Verónica e quando não a encontrou passou se completamente e destruiu todo que apareceu a sua frente. Eu tenho medo dele porque ele é um psicopata e apesar de ser agente, não consigo fazer nada porque a Verónica ama-o. Eu faria tudo pela Verónica, ela é a minha melhor amiga, após ter desaparecido com o Jake a minha vida deu uma volta, mas continuo a ser leal. Os meus pais disseram que eu inventava coisas, mas eu vi com os meus olhos Jake matar o meu irmão. Eu vi!

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