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Se Andrea conseguisse pensar racionalmente diria que Emília está como uma Rosa vermelha em meio um monte de Rosas brancas comuns.

Seus olhos se encontram finalmente, mesmo de longe, ficam travadas.

Pov: Emília

Andi me encara com os lábios semiabertos.

Me assusto ao perceber meus lábios formarem um pequeno sorriso.

A figura de Andrea é sem dúvidas bonita, e relativamente interessante.

Fez questão de me deixar o mais confortável possível naquele "encontro" embora seja direta e ousada demais. Mas sempre equilibrada e amigável.

Aceno para ela, aparentemente percebe pois vem em minha direção, roupas como sempre cobrindo seu corpo, em pouco tempo de contato já vi como ela preserva o próprio corpo.

"Oi Emília, digo, Lia"
Diz ao se aproximar, ela se lembrou do apelido, eu deveria a chamar de Andi?

"Oi, Andi"

Um silêncio insuportável começa, isso piora por eu não saber o que fazer.

"Podemos entrar?"

"Ah, claro!"

Abro a porta exageradamente grande, essa camionete é quase um caminhão de tão grande.

Assim que entramos ligo o painel e o Bluetooth, tentando iniciar um assunto, entrego o celular para que ela possa escolher a música.

"Pode escolher."
Digo em um sorriso

Pov:Andi
Assim que pego o celular, uma mensagem de "Sebastian" invade a tela.

-Vou chegar tarde, não me espere -

A notificação faz barulho e chama a atenção de Emilia.

"Ah, céus, me desculpe"

"Não tem problema" Digo em um sorriso simples afim de tranquilizá-la

Ela não parece ter uma boa relação com o namorado, e a forma que ela de desconcertou ao perceber a notificação.

Não sei deveria entrar no assunto, mas o silêncio enquanto ela faz a manobra pra sair do estacionamento é angustiante, falar sobre a vida é bom as vezes.

"Você tem um bom relacionamento com seu namorado?
Em voz alta eu percebi como isso ficou errado

"Digo, não precisa responder se não quiser, e, ah droga agora percebi como isso pegou mal, é que eu-"

"Aah fica tranquila! Não tem problema em falar sobre isso e eu não vejo maldade na pergunta" Ela diz me interrompendo de forma risonha

Paro meu olhar no perfil da garota, esperando que ela diga.
Os olhos concentrados na rua, sua língua passa pelos lábios os umidecendo e por alguns segundos aquele movimento me deixa paralisada.

"Bom, eu não costumo falar sobre meu relacionamento, odeio a ideia de me associarem exclusivamente à Sebas, eu criei minha carreira sozinha e lutei muito por ela!!"

"É, imagino como deve ser chato.."

"O Sebatian e eu não temos um bom relacionamento à muito tempo, foi quando...." Ela faz uma pausa "Não, esquece isso. Me fala sobre seu relacionamento!" Diz risonha, claramente se referindo ao ocorrido no banheiro.

"Bom... Espero que não pensei coisa errada, mas eu nunca paro com ninguém, todos temos defeitos e qualidades, mas eu não me vejo casada com uma única pessoa ou presa a ela. Isso é insuportavelmente na minha visão, acho que um rolo com alguém é suficiente."
Essa frase pegou mal denovo. Acho melhor eu pensar mais antes de sua falando qualquer coisa.

"Ah, entendi.."

Quando me dou conta, já chegamos ao restaurante. Desço do carro e o contorno em forma de cavalheirismo? Agradecimento? Impulso? Provavelmente.

"Nossa que educação, Senhorita!!"
Emília diz rindo

"Sou muito cavaleira!!"
Digo propositalmente

Emilia explode em uma risada alta provavelmente pensando na cena, o que se torna mais engraçado ao que ela quase cai ao tropeçar literalmente no nada.

"Se nem bebemos nada e você quer cair imagina quando ficar bêbada!"
Finjo ao máximo não ter percebido que no momento que ela tropeçou, acidentalmente, apalpei parte da sua coxa para dar apoio.

Entramos no restaurante em um clima leve e tranquilo, mas o lugar chique e refinado cortou o clima.

Ao sentarmos em uma mesa no canto, voltamos a conversa, ela dizia sobre algum acontecimento catastrófico em um dos eventos que ela foi, contava sobre os saltos de glitter artesanal que foi obrigada a usar e sobre como achava engraçado alguns desfiles de moda que mais pareciam shows de horrores.

Com toda a entonação e palavras que Emília usava me tirando risadas altas.

"Sabe, não gostei muito desse restaurante..."
Droga. Ela deve ter achado simples demais.

"Que tal irmos em um outro lugar? Não aguento mais beber espumante caro e sem sabor!!"
Ela complementa me deixando surpresa, eu jurava que ela havia sido criada em meio a essas coisas e que seria algo bobo.

"Você leu meus pensamentos, tem um boteco aqui perto, quer passar lá?"

Ao que termino de falar ela se levanta me estendendo a mão com um sorriso bobo, provavelmente efeito das doses de espumante "Caro e sem sabor" que ela havia tomado.

Entramos no carro e seguimos falando sobre podrão, boteco e jantinhas baratas, algo que tínhamos gosto em comum.

A cada conversa eu sentia vontade em protege-la?? Ela parece alguém muito bom de conviver, descobri que Emília toca violino e faz aulas de tênis.

Também contei a ela sobre o boxe e ela me disse para convida-la para uma luta.

𝑀𝑜𝑑𝑒𝑙𝑜 𝐼𝑑𝑒𝑎𝑙  ☞𝐸𝑛𝑑𝑖☜Onde histórias criam vida. Descubra agora