PROIBIDO PARA MIM

Capítulo 4

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CHLOE DUARTE

Quando tranco a porta do meu apartamento, me certifico de ter pegado minha bolsa e celular antes de sair para o trabalho, e como sempre, perto das oito horas da manhã as ruas e calçadas de Nova York se encontram totalmente movimentadas por motoristas e pedestres apressados.

Infelizmente, no meu primeiro mês trabalhando na Colucci, fui surpreendida por um assalto ao sair da Empresa, mas não aconteceu nada já que Matt apareceu e deu uma lição no desgraçado.

Além de ser um parceiro bem irritante no trabalho, Matt prática Krav Maga desde sua adolescência e hoje é um professor da mesma arte marcial nos fins de semana numa academia, acho muito legal saber se defender, ele até propôs de dar algumas aulas, mas não tenho vocação para isso.

Meia hora depois, passo pelo hall da empresa onde vejo minha melhor amiga sentada trabalhando em sua função na recepção.

— Bom dia, nossa! — ela faz uma careta quando ver o cansaço e poucas horas de sono estampadas no meu rosto e olheiras que tentei disfarçar com um corretivo, mas pela cara da minha amiga vejo que não funcionou muito bem.

— Eu sei, estou acabada! Mas consegui mandar todo o menu para o Jack dentro do prazo...— me arrasto até uma cafeteira que fica na recepção e encho um copo de café.

— Uma longa noite de sono resolve o seu problema amiga, o seu pelo menos tem uma solução fácil... — ela resmunga ajeitando os fios loiros do coque alto.

— O que aconteceu, agora? — pergunto bebendo um gole do café e me aproximando do balcão.

— Marquei um encontro com um cara ontem a noite, o filho da puta era lindo e muito sexy, mas quando as coisas esquentaram, tudo foi por água abaixo...— ela bufa.

— Ele desistiu? — pergunto tentando adivinhar o problema.

— Não! O cara estava pegando fogo, mas o mandei embora após ele dizer que curtia umas coisas...

— Que coisas?

— Pensei que tapas na bunda era normal no sexo, mas percebi que tinha algo de errado quando ele perguntou se podia me amarrar na cama, quase aceitei já que alguns homens têm esse tipo de fetiche, mas pulei fora quando vi que ele tirou um chicote e outros apetrechos assustadores de dentro da bolsa... — o café desce pelo lugar errado e uma onda de tosse me invade acompanhado de uma risada alta.

— Ele curtia sadomasoquismo? — pergunto tentando parar de rir.

— Aquilo era um sádico! Como é quem tem gente que gosta daquilo? Nossa, você tinha que ver a aparência do chicote, sem contar que ele tirou um negócio desse tamanho de dentro da bolsa, eu disse: Nem fodendo que você vai enfiar isso em mim, seu pervertido! — ela mede o comprimento de quase vinte centímetros com as mãos aumentando minha risada.

— Talvez ele era uma espécie de Christian Grey, você estaria passeando dentro de um Aston Martin agora se aceitasse as chicotas e o pênis de borracha gigante! — debocho lhe arrancando uma gargalhada.

— Pode acreditar Chloe, ele era bonito, mas não chegava aos pés de um Christian Grey, se pelo menos chegasse, eu até aceitaria o chicote e as outras coisas...— ela levanta as sobrancelhas numa expressão safada.

Estou prestes a rir novamente, mas mordo o lábio quando vejo Sam bufar disfarçadamente ao olhar para trás de mim, não preciso me virar para descobrir que a vaca da Camily está por perto, o perfume enjoativo dela soa como um aviso.

— Senhorita Duarte, seu expediente começou há alguns minutos, deveria estar trabalhando e não atrapalhando o trabalho dos outros funcionários... — reviro os olhos e me viro encontrando a vaca em pessoa.