PROIBIDO PARA MIM

Capítulo 5

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CHLOE DUARTE

Respiro fundo de olhos fechados quando volto a me sentar em minha cadeira, posso sentir o olhar curioso de Matt mesmo sem observa-lo ao meu lado.

Só de pensar em não passar o dia trabalhando com ele me entristece um pouco.

— Meu deus, princesa! Você está mais pálida do que quando entrou lá dentro, o que aconteceu? — abro os olhos me deparando com Matt me entregando sua garrafinha de água, em outro momento eu soltaria uma risada da expressão preocupada que ele exibe no rosto.

— O senhor Colucci quer que eu me torne sua nova assistente pessoal, mas do jeito que ele é, está mais ordenando do que pedindo. — Digo sem rodeios.

— O quê? Isso é maravilhoso, princesa! Não está feliz? — Matt franze o cenho me cutucando.

— Sim, é uma oportunidade incrível. Mas não sei se vou conseguir me adaptar ao cargo, sem contar que gosto do meu trabalho aqui e de trabalhar com você. — Digo cabisbaixa, mas logo percebo o meu erro...

— Oh eu sempre soube que você me amava princesa, eu também te amo e é claro que também vou sentir falta de trabalhar com você, mas uma oportunidade como essa não costuma cair do céu Chloe. — Concordo com a cabeça mordendo a tampa da minha caneta enquanto penso na proposta.

— Eu quero aceitar, mas e se ele for o tipo de chefe idiota e muito exigente que não se contenta fácil?

— Pode ser ou não. Ele é um homem poderoso e muito rico, então é muito provável que ele seja um pouquinho escroto, mas tenho certeza de que você pode cuidar de um Colucci com essa sua boca grande...— uma risada me escapa ao escutar sua piadinha.

— Jack e Adam me disseram que ele ficou impressionado e intrigado com o meu comportamento ontem, e que esse seria o motivo para minha mudança de cargo. — Digo lembrando do que aconteceu ontem naquela sala de reunião.

— Claro que sim, não é todo dia que uma brasileira temperamental o trata de uma maneira que ninguém nunca ousou o tratar. Mas do jeito que você fala, faz parecer que o cara é horrível. — diz com uma careta enquanto mexe nos cabelos castanhos selvagens.

Não respondo de imediato, minha mente é invadida por imagens do senhor Colucci sentado todo imponente naquela longa mesa com os olhos azuis vidrados em mim, como se pudesse me enxergar através de minha alma, foi intimidador e estranho, um misto de sensações que nunca senti antes.

Mas algo naquele homem que faz perder a compostura e o pouco controle que mantenho em mim, algo nele aciona um lado totalmente desconhecido dentro de mim. Mas não posso negar que ele também mexe comigo de uma maneira boa, mas aquele sorrisinho de canto perfeito e aquelas sobrancelhas arqueadas enquanto me encarava com uma expressão de deboche me fizeram perder a cabeça.

Enquanto o assisti se divertir da minha reação desconfortável tive uma imensa vontade de enfiar aquele menu em sua boca e faze-lo engolir cada centímetro daquele arrogância, mas também preciso confessar que eu pedi por aquilo ao me intrometer nos assuntos dos outros, apenas precisava entrar, entregar a pasta e sair rapidamente e em completo silencio, mas sempre arranjo um jeito de complicar as coisas.

— Não sou temperamental, apenas não suporto que se divirtam da minha cara, e foi exatamente isso que ele fez quando me pediu para explicar a escolha da droga do vinho. — Explico bufando.

— Também percebi que você o viu apenas uma única vez e ele já conseguiu te tirar do sério, confesso que ficarei preocupado e até com pena do senhor Colucci... — ele comenta segurando um sorriso.