capítulo 2

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Xx: P-por favor...não glita com a Mai!


Congelei quando vi ela sentada chorando e ainda falando em terceira pessoa.

Mai: A moça não vai b-bater na Mai? - Pergunta ainda assustada.

Ela continua quieta olhando pro abajur e depois pra mim, quando viu em meu olhar que não iria fazer algum mal pra ela, ela se acalmou.

Marília: Mas você poderia me explicar o por quê está aqui? - Perguntei ainda sem confiança nela.

Mai: Balala está com fome. - Fala colocando a mão na barriga.

Marília: Balala? -Pergunto a mim mesma

Ela me olha confusa,e então assim percebo que e ela. (N/a: Mas quem mais séria?)

Marília: Seus pais não te dão comida não, garota?

Mai: Papai é muito mal com a Mai... - Falou voltando a chorar.

Marília: E cadê sua mãe?

Mai: Papai tava gritando muito com mamãe, Mai foi na sala e mamãe tava com dodoi na cabeça e caída no chão.

Marília: Seus tios avós avôs? -Pergunto confusa pra ela.

Mai: Sumiu...

Marília: Você ainda está com fome? - Pergunto acariciando seu cabelo.

Mai: Muita! - Levantou a cabeça com um sorriso.

Marília: Você gosta de hambúrguer?

Mai: SIM! Balala gosta muito - Falou se levantando do chão.

Marília: Vem, fica aqui no balcão que eu faço um especial pra você, ok? - Pergunto ajudando ela a subir no balcão.

Faço um hambúrguer vegetariano pra ela, já que eu sou vegetariana e não tem carne aqui em casa, pego um suco de uva que já estava pronto na geladeira e um ketchup.

Fiquei pensando enquanto eu fazia o hambúrguer, pensando se ela falava dela mesma em terceira pessoa porque ela tinha infantilismo, já que sua expressão e seu olhar é inocente. Devia agir assim por causa de algum trauma de infância, e depois do que ela me contou do que seu pai fez com sua mãe e seu avô desaparecido acho que já tenho a resposta.

Marília: Está gostoso, princesa? - Pergunto observando ela comendo e a mesma concorda com a cabeça. - O que você acha de um banho e tirar toda essa sujeira? - Pergunto ficando de frente pra ela.

Mai: Mai não tem roupa...

Marília: Eu tenho bastante roupa, algumas até largas que deve ficar bem confortável pra você. - Falo descendo ela do balcão.

Mai: A titia vai emprestar roupas pra Mai?! - Pergunta animada me fazendo sorrir e concordar com a cabeça.

Marília: Sim...mas, Mai, pode me chamar de Lila/Marília tá? Agora somos amigas, não precisa me chamar de "Titia" ok? - Pergunto fazendo carinho na sua bochecha.

Mai: Marília é amiga da Balala?!

Marília: Claro meu amor, por que eu não séria?

Mai: Mai nunca teve amigos, eles eram muito malvados com a Mai...- Cai uma lágrima solitária na sua bochecha.

Marília: Ei, calma. Essas pessoas que foram malvadas com você, não merecem uma menina tão especial quanto você, tá bom? - Pergunto dando um abraço.

Levo ela até o quarto do meu pai, que agora é meu, e levo ela pro banheiro. Fui pegar uma toalha no meu antigo quarto. Quando cheguei vi ela chorando no canto do chão do banheiro.

My Little Mai | AdaptOnde histórias criam vida. Descubra agora