𝐒𝐀𝐂𝐄𝐑𝐃𝐎𝐓𝐈𝐒𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐔𝐒𝐄𝐒 ᵗᵛᵈ' ᵗᵒ'

- 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 ¹

28 de junho de 1999

A escola acabou e estávamos finalmente entrando no auge do verão. E foi decidido que minha casa era o lugar perfeito para todos se reunirem para o intervalo. Lora decidiu que precisávamos de um Bootcamp mágico para aprender novos feitiços e dominar os antigos. Com a floresta magicamente carregada no meu quintal, era o lugar perfeito para praticar. 

Não teria sido tão ruim se tivéssemos um professor ou algum tipo de orientação, mas tudo o que podíamos fazer era correr às cegas com nossos dedos mágicos em chamas. Foi tentativa e erro enquanto vasculhamos a internet em busca de informações legítimas sobre Bruxaria e Hécate enquanto eliminamos as fantasias pagãs de aspirantes a bruxas. 

As únicas coisas que pudemos encontrar foram antigos registros de mitos e rituais que os antigos realizavam para mostrar piedade aos deuses. O que realmente não era  muita informação, pois já conheço a maior parte dessa informação, que estudei bem na minha vida passada. Caramba, eu nunca percebi que meus diplomas em literatura e religião seriam tão inúteis quando se tratava de magia real e ocultismo. Por que diabos eu fui para a faculdade de novo?

Lora fechou seu grimório em um acesso de raiva. "Isso não está nos levando a lugar nenhum. Não há nada autêntico aqui." Seus dedos pentearam para trás alguns fios soltos de seu cabelo ruivo enquanto suas palmas pressionavam seus olhos cansados. "Talvez devêssemos perguntar a Sheila Bennett?" Ao longo do ano passado, eu disse a Lora tudo o que sabia sobre bruxas, vampiros e outras criaturas sobrenaturais que viviam nas sombras da sociedade. Eu também dei a ela uma breve história de Mystic Falls e das famílias fundadoras, junto com as bruxas Bennett, já que estávamos usando o grimório e talismã de Emily Bennett que eu também roubei da Mansão Lockwood. (Eu realmente não entendo por que essa família tem tantos artefatos mágicos por aí.)

"Há!" Eu zombei. Pedir a Sheila Bennett para me ajudar com minha magia? Nem em um milhão de anos. Prefiro subir um riacho sem remo do que pedir qualquer coisa àquela bruxa intolerante. "Aquela bruxa está com a vassoura tão enfiada na bunda que não estou surpreso que tenha atingido seu cérebro." Na verdade, eu tinha ido falar com Sheila no ano passado depois de desenterrar o grimório de Emily. Na verdade, eu ia dizer a ela que o grimório estava em minha posse, mas no momento em que ela me viu em sua porta, seu rosto endureceu quando ela olhou para mim com tanto desgosto em seus olhos, eu pensei que ela estava tentando me incendiar . “A última vez que fui à casa dela, ela disse, e cito: ‘Abominação.." Eu estava em um obstáculo com meu treinamento de magia quando fui ver Sheila.

Eu estava rezando para que ela me ajudasse, como uma bruxa. Mas, por algum motivo, tive a sensação de que ela me mandaria embora. . Por alguma razão, eu sabia que ela seria uma vadia-bruxa julgadora acumulando magia como se pertencesse apenas a ela, em vez de passar seu conhecimento para a próxima geração. E com isso, decidi manter o grimório e o talismã de Emily para mim, já que ela me disse para ficar longe dela. Um poderoso grimório e talismã têm melhores usos em minhas mãos, pois tenho certeza de que Sheila apenas os guardaria para juntar poeira. Então não estou amargurada.

"Seriamente?" Lora sentou-se em sua cadeira. "Ela disse que?"

"Uh-huh," eu confirmei. "Você pensaria que ela teria a mente mais aberta, já que ela é professora de ocultismo."

"Mas, sério? Por que ela te chamou de abominação?"

"Parece que bruxas gaianas e bruxas hecateanas não se dão bem. Algumas das coisas que fazemos facilmente como necromancia são consideradas magia negra para pessoas como Sheila." Fechei meu grimório antes de me virar para encará-la. "Mas, eu não acho que todas as bruxas de Gaia são assim. Você provavelmente encontrará pessoas que são como Sheila que pensam que qualquer magia que não vem da natureza é uma abominação, mas você também encontrará algumas bruxas que não pensam assim." Deixamos os computadores no escritório, levando apenas nossos grimórios conosco.