Negócios de Família | Larry Stylinson

10. Hematomas

Bom dia!

Boa leitura❤️

💣

Agosto trouxe consigo temperaturas mais altas e o sol mais frequente na capital inglesa, o céu nublado tinha sido substituído por um céu limpo e azulzinho e, na pior das hipóteses, com algumas nuvens e alguns raios de sol que passavam por elas. Sorriu ao sair da estação de metrô naquela segunda-feira, Harry estava animado porque finalmente conseguiu sair do antigo emprego no escritório de índole duvidosa e foi contratado por outro, dessa vez renomado e que foi o responsável por projetos icônicos ao redor do país. Cruzou a avenida, usava uma calça preta de cintura alta que abraçava suas curvas, uma camisa laranja e um lencinho de seda ao redor do pescoço para esconder chupões vermelhos que Louis lhe deu.

Estavam namorando há dois meses, para o desespero de Desmond - Harry não sabia do envolvimento do pai com a gangue, só via que ele não gostava nadinha de Louis - e começaram a fazer planos juntos, a vida ilícita de Louis não respingava em Harry, vivia tranquilamente como sempre viveu e, para confortar a si mesmo e se esquecer que o homem que amava era um criminoso, ele ignorava aquele fato porque não conseguia vê-lo daquela forma. Para ele, era mais agradável ver Louis como um cara que trabalhava numa empresa de logística, Harry nunca foi apresentado ao seu lado gângster e honestamente não queria. O medo do outro não se concretizou, a vida de Harry permanecia a salvo e nunca foi perturbado, por ninguém. O mais perto que chegou de uma briga foi quando viu dois caras discutindo no metrô, mas mesmo assim Louis fez questão de ensiná-lo alguns golpes.

Os dois eram um casal bem fogoso e desde que começaram a namorar que passavam os finais de semana juntos, no hotel ou em qualquer lugar que os agradasse. Ainda não foi levado à casa de Louis que ficava em uma região mais afastada do centro, estava curioso, mas o convite tinha que vir do namorado. No último final de semana, aproveitaram bastante a banheira de hidromassagem no hotel, trocando carinhos e beijos e fizeram amor muitas vezes, com direito a chupões avermelhados por todo o seu corpo - Harry adorava quando ele o marcava - e muitos gemidos manhosos, mas como nem tudo eram rosas, em um momento teve que competir com outra paixão de Louis: o futebol. No final das contas, Harry acabou vendo o jogo com o namorado, tentou provocá-lo e ganhou um olhar feio que deixava bem claro que a hora do futebol era sagrada.

Harry chegou ofegante ao escritório, nos últimos meses se sentia cansado com mais facilidade e atribuiu àquilo ao fato de não estar mais na faculdade, o que o fazia sair para jantar com Louis com bastante frequência e já se sentia mais rechonchudinho em comparação ao início do namoro. Vou mandar o Louis parar de me empanturrar com besteira, pensou e passou as mãos pelos cabelos ao olhar para o escritório de arquitetura em sua frente. Nervoso, cruzou as portas de vidro e sorriu amigável ao andar por ali, foi até a pequena recepção - havia muitos arquitetos trabalhando ali, e cada um tinha sua própria lista de clientes - e ele ficaria em uma sala com o dono do local para o treinamento naquelas primeiras semanas, em breve teria sua sala própria e finalmente faria seus projetos.

Foi guiado para a sala do seu chefe e foi recebido com um aperto de mãos caloroso pelo senhor de meia-idade e com barriguinha de chopp, seu rosto já tinha rugas e ele ostentava uma cabeleira grisalha, e suas expressões eram gentis. Harry sorriu e se acomodou na mesa ao lado da sua para poder receber as dicas e treinamento rigoroso que o fariam parte daquela equipe que, muito diferente do seu antigo trabalho, prezava pela segurança das famílias que habitavam as casas que projetavam, a beleza e a funcionalidade e conforto da moradia. Era um lugar exigente e Harry tinha grandes ambições, queria fazer carreira ali porque, poxa, queria uma vaguinha desde quando entrou na faculdade e conseguiu!

Contente, ele não tardou a pegar o bloco de notas, com sede de aprender e dar o seu melhor para ser um bom profissional.

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