Primeiro poema da cápsula do tempo

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Enterro aqui esse amor do passado
Não num caixão, é claro
Mas numa cápsula do tempo
Poemas servem de documentos
E um historiador não pode descartá-los

Deixo-os aqui na Terra
Antes de sair dela
Pra que fiquem bem guardados
Pra que quem abri-la
Leia e não saiba de mais nada
Do futuro do sentimento
Pois assim aconteceu
Não teve
Pra que ela pense que o tempo passou e não mudou
Nada aconteceu e é assim mesmo

Pra que ela leia meus escritos
Olhe pras estrelas
E saiba que estou entre elas
Vivendo outro amor
Com quem me tirou da Terra

Tempo meu, espaço seuOnde histórias criam vida. Descubra agora