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— Que demora, Shikamaru! — Sakura disse assim que ele se aproximou de nós.

— Calma, foi só dez minutos de atraso. — respondeu ele tranquilamente. Temari lhe deu um tapa na cabeça fazendo-o gemer de dor e resmungar um: — Mão pesada da porra.

— Dez minutos o caralho! Já vai dá sete e quarenta, Vamos! — a Loira puxou Shikamaru e eu pelo braço e começou a andar. E o resto do pessoal veio atrás.

— Calma, Tema, a baladinha não vai sair do lugar. — Kiba disse, ironicamente.

— Isso não é só pra maiores de dezoito não? — Hinata perguntou e começamos a rir.

— Fala sério, Hinata, estamos com a Temari e com o Kiba. Eles deram o jeitinho sabe... — Sakura a respondeu passando seu braço pelo pescoço da mesma.

—•—

Chegamos no local e Kiba e Hinata já foram direto para o bar, dois cachaceiros. Temari e Sakura me puxaram para a pista de dança mas eu estava sem a mínima vontade de dançar então eu fui para o bar beber, ou observar os bêbados.

Sentei em um dos bancos encostados no balcão e não demorou muito até o barman me atender, pedi uma vodka já que eu não sou tão fraco para bebida e depois de uns cinco minutos ele me trouxe a mesma. Em dois goles terminei a bebida, o líquido desceu rasgando minha garganta.

— Sozinho? — um garoto um pouco maior que eu, de cabelos castanhos claro, seus olhos aparentavam ser verdes, não dava para ver direito por conta da mal iluminação; se sentou ao meu lado e fixou seu olhar nas prateleiras ocupadas por vários tipos de bebida.

— Não. Vim com os meus amigos. — respondi com a cabeça encostada na palma de minha mão apoiada no balcão. O barman novamente apareceu e dessa vez pedi um refrigerante, e o garoto pediu outra bebida. E em minutos ele as trouxe.

— E por que não está com eles? — perguntou e tomou sua bebida de uma vez e pediu mais um copo pro barman que ainda estava ali por perto, parecia ser daqueles caras que descontam mágoa bebendo.

— Não que seja da sua conta, mas eu fui obrigado a vir. Então aqui estou na livre e espontânea pressão. — respondi e o mesmo riu, pelo visto eu virei palhaço.

— Eita. Aliás, me chamo Thomas, e você? — perguntou e virou o rosto para me olhar. Não iria querer manter conversa com ele. Mas né... Ficar aqui bebendo e olhando os bêbedos é uma péssima ideia.

— Naruto. E o que você faz aqui sozinho? — não tinha interesse em saber, perguntei por perguntar.

— Ah... — abaixou a cabeça e a partir daí eu soube que viria bomba. Eu sabia, ele é um dos caras que desconta mágoa bebendo, foi péssimo perguntar o que ele faz aqui.

E se ele quiser desabafar?
Eu não sei como ajudar, não sou psicólogo.
Até eu preciso de ajuda.

— Terminei um namoro, ela me traiu com o meu melhor amigo. Para não ficar em casa me entupindo de doces, vim pra cá. — levantou a cabeça e forçou um sorriso.

— Oh... Com todo respeito, moço, mas os dois são uns belos de uns filhos da puta. — Ele riu — Acho que entre ficar em casa me entupindo de doces ou vir pra cá, preferiria a primeira opção.

— É, eu deveria ter ficado em casa. Mas lá não seria uma bom lugar para se ficar... Traz lembranças. — ele corou. Eu entendi logo de cara. Céus, ele vai ter que se mudar então.

Já se passava das duas da manhã, a maioria já estava bêbada, Entre eles Sakura, Ino, Kiba e Hinata. Shikamaru e Neji estavam sóbrios, Temari e sai estavam mais o menos. Já eu? Meio Sóbrio.

O carinha que encontrei no bar tinha ido embora já faz uns quinze minutos. Ele ficou bêbado demais e me contou da vida inteira dele, e caralho... O cara precisava de uma consulta em um psicólogo com urgência.

Eu estava procurando Sakura que já estava loucona, e demorou demais até eu ver ela na porta do banheiro com uma garota. Ambas quase se comendo. Dava pra ela fazer isso lá dentro do banheiro, não?

— Sinto muito em atrapalhar, mas Sakura precisamos ir embora. — sorri para a menina e puxei Sakura que estava cambaleando de tão bêbada.

— Pô, Naruto... que isso, ta cedão. — disse com a voz toda embargada, demorou mas eu entendi o que ela disse.

— Então teu cedo é duas da manhã?

Tive que a carregar já que ela parecia uma lesma andando e só faltava cair de cara no chão. Fui para a saída onde estava Shika, Tema, Kiba, Hinata e Neji.

— Falta mais alguém? — perguntei normalmente já que ali o som não estava altão.

— A Ino e o Sai. — Shikamaru respondeu.

— Ah, é o de menos. Vamos embora. — Temari disse e começou a andar.

— Temari, eles também são nossos amigos! — Falei, ela parou e me olhou torto.

— "Nossos" é uma vírgula, só se for de vocês. Porque minha amiga aquela vaca não é! — vociferou, com o nariz empinado.

— Fala sério, Temari! Isso já faz tempo, esquece, a garota mudou, dá uma chance, porra! — Shikamaru disse e pela primeira vez o vi esgotado, era raro.

— Chance eu posso dar para outra pessoa, pra ela não! — ela saiu e eu revirei os olhos.

— Eu procuro eles, chamem logo o Uber. — Neji disse apoiando Hinata em Shikamaru e saiu.

— Que vagabundo! — Shikamaru murmurou, segurando Hinata.

Shikamaru chamou o Uber para levar Hinata, Neji e Ino para a casa deles que é um pouco longe. Já eu, Shikamaru, Temari e o resto do pessoal vamos andando.

Neji encontrou os dois e logo depois o Uber chegou. Sakura irá dormir na casa de Temari, e Kiba na de Shika.

(...)

Entrei com todo cuidado possível, para não fazer nenhum barulho que acordasse a cada inteira. Por algum motivo, a casa não estava trancada e eu agradeço mentalmente ao anjo que esqueceu de fechá-la. Ou...

— Isso é hora... Naruto? — a luz foi acesa assim que fechei a porta com todo cuidado atrás de mim, revelando o moreno no sofá com o celular na mão — Três horas. Em ponto. Você não deveria estar em casa antes das meia-noite? — sorriu sínico.

— O que você faz acordado? — perguntei.

— Não que seja da sua conta, mas eu estava assistindo filme. Vi você chegar pela janela e aqui estamos.

— Olha, Sasuke...

— Calma, relaxa... não vou contar pra sua mãe — abri um sorriso, sabendo que ele iria querer algo em troca e assim eu estava certo. — com uma condição. — me olhou, vagabundo, fodido, puto, arrombado, ridículo, carniça, imundice...

— Diz logo o que você quer. — cruzei os braços e o esperei prosseguir, o que não aconteceu pois, levantou do sofá e andou até mim, me rodeou e parou atrás de mim. Ele estava perto, de novo. Muito perto. Perto demais...

O Filho Idiota Da Melhor Amiga Da MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora