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𝑫𝒆𝒊𝒅𝒂𝒓𝒂

A porra daquele beijo estava interrompendo meu precioso sono. Estava preso em meus pensamentos. Ou eram meus pensamentos preso nele? O que ele tinha na cabeça?

Duas horas da manhã e eu pensando na boca daquele moreno.

Ele era louco?

Estava proibido de negar que aquele beijo foi bom. Não poderia dizer que não gostei, porque eu queria beijá-lo novamente.

Mas que caralho eu tô pensando?!

Ouvi a porta do meu quarto ser aberta e me assustei. Mesmo sabendo que não tem nenhum estranho dentro da minha casa. Olhei para a porta, no desespero. Eu não estava reconhecendo o rosto por estar escuro e a única iluminação do meu quarto era do abajur ao lado de minha cama. A luz dele era fraca porque eu dormia com ele ligado.

Eu ia perguntar quem era, mas o desconhecido tampou minha boca e foi nesse instante em que o desespero ficou maior. Iria me debater contra o invasor do meu espaço, no entanto ele falou e sua voz expulsou todo o desespero que estava dentro de mim.

- Calma, sou eu. Obito. - Ele disse, e quando viu que meu desespero passou, ele tirou a mão da minha boca.

- O que você quer? Por que não bateu na porta? Precisava tampar minha boca? Qual o seu problema?! Por que não falou logo que era você?! - Eu o bombardeei de perguntas.

- Me desculpa. Eu não pensei nisso...

- Você invadiu meu quarto no meio da noite sem pensar então?

- Não é isso... - Obito suspirou e sentou no chão, ao lado do pé da cama. Cruzei os braços e ele olhou para o lado. - Você está bravo comigo?

- ... Não. Por que eu estaria? - Relaxei os braços e ele engoliu o seco. Eu demonstrei raiva?

- Eu tecnicamente "invadi" seu quarto... e... e o beijo. - Ele disse. Quer me beijar de novo? Eu aceito. - Eu queria me desculpar pelo beijo, logo eu não quero que fique com raiva de mim. Deidara, por favor, me desculpe.

- Está tudo bem - Me olhou, inclinando pouco a cabeça para o lado.

- Certeza?

- Sim, fica tranquilo - Lhe dei um sorriso frouxo e ele levantou os cantos da boca em um sorriso pequeno sem mostrar os dentes.

- Que experiência nova. É a primeira vez que você me perdoa - Ele sorriu divertido e eu revirei os olhos.

- Idiota! - O garoto riu e se levantou do chão. Eu o acompanhei com os olhos.

- Bom, então... Boa noite, Deidei - Ele sorriu fraco e se virou para ir até a porta. No entanto ele virou para mim novamente e parecia que ele iria falar algo e eu me atentei para ouvir, mas ele desistiu e caminhou até a porta. Relaxei os ombros em um clima não muito legal.

A cada passo que ele dava até a porta, um vazio entende crescia ao meu lado e isso me apertava o peito.

- Deidara... - Me chamou e eu o olhei para ele imediatamente, ele estava parado perto da porta entreaberta. Ele não disse nada e seu silêncio me causava uma ansiedade angustiante. Ele deu um passo em direção a cama, se afastando pouco da porta. Meu coração errou uma batida.

Obito fechou a porta atrás de si e andou até mim, desesperadamente me ajoelhei na cama com o peito acelerado. Ele chegou até mim e agarrou meu rosto o levou para si, beijando meus lábios. Uma explosão de sentimentos se esvaiu de nós, iluminando o quarto ao nosso redor e foi como se existisse apenas ele e eu.

O Filho Idiota Da Melhor Amiga Da MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora