a investigação começa

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Aidan batia os dedos na mesa, se mostrava ansioso, a única coisa que aquela mulher tinha comentado com o mesmo seria que o chamaria na hora certa. Ken havia chegado com frango frito para os dois.

-O que houve cara? Você está mais calado que o normal.

-Só estou cansado.

-Faz nada.

Aidan chutou Ken nas canelas fazendo o outro cair e soltar um xingamento alto em direção do moreno que se mantinha sério o encarando. Aidan sorriu debochado e sentiu seu celular vibrar.

Encarou a tela e viu as seguintes mensagens:

Bem, espero que não tenha
cochilado

enviado as 22:35

vamos se encontrar no mesmo
lugar as 23:30

Enviado as 22:35

Não tente nenhuma gracinha

Enviado as 22:35

Aidan suspirou derrotado. Ken percebeu o desânimo repentino do amigo e sentou do seu lado entregando um saco que continha os frangos enquanto Ken devorava um rapidamente.

-O que houve? Seus pesadelos estão voltando? Volta com a terapia.

-Não é nada.

-E essa cara?

-É a única que eu tenho.

-Ta bom então cavalo, pergunto mais nada.

Ken saiu para a cozinha. Aidan se sentiu culpado, não gostava de descontar seus estresses para Ken. Mesmo não admitindo, Ken era o único amigo que o mesmo tinha. A família de Ken abrigou Aidan depois do incêndio e os dois viviam como irmãos.

Ken estava com um perfume tão forte que chegava a ser enjoante. Aidan levantou as sombrancelhas o encarando com confusão. Ken simplesmente jogou seus cabelos para trás e riu de lado.

-Vou sair em um encontro!

-Tinder?

-Dessa vez, ela é a pessoa certa. Falando nisso, o cabelo está bom nessa cor?

-Você sempre foi loiro!-Viu a cara de cachorrinho abandonado do amigo.-Você fica ótimo com essa cor.

-Eu sei!

Ken saiu e gritou que qualquer coisa o mandasse mensagem. Aidan suspirou e arrumava suas coisas para ir ao encontro daquela mulher. Ainda não sabia seu nome, nem um apelido. Não sabia absolutamente nada.

Pegou a chave da moto e ia na direção. Chegou lá na frente e encontrou ela na frente do bar com os braços cruzados. Usava uma máscara branca. Ela o encarou e soltou um pequeno riso.

-Vamos entrar pequeno Aidan...

-Como eu posso te chamar?-Aidan viu ela levantar uma de suas sombrancelhas sem entender o que realmente o mesmo queria dizer.-Ou eu vou te chamar de líder de gangue mais procurada?

-É um ótimo apelido.-Falou tirando a máscara e sorrindo de lado.-Mas me chame de Amaya.

-Certo.

Ele acompanhava os passos da mulher a sua frente. Sabia que não podia confiar na mesma. Mas era sua única alternativa. Sentou no mesmo lugar do dia anterior e ele cruzou os braços.

-Eu quero saber além de descobrir a verdade, eu quero algo a mais. Me dê um sinal em que eu possa realmente confiar em você.

-Eu posso te entregar posição e esquemas de algumas "parcerias" minhas.

Aquilo que a vida me guardouOnde histórias criam vida. Descubra agora