O perdão se conquista.

4 0 0
                                    

Ken seguia Amaya para a direção de um carro preto. Era um Impala 67. Pensava que pessoas de máfia teriam carros mais atualizados. Rosada estava em pé do lado do carro, carregava sua arma consigo. Ken rezava todas as orações que sabia para não ter que lutar contra ninguém.

-Seu pai está querendo fazer um ataque surpresa aos nossos. Seu amiguinho é um traidor.

-O Aidan não abriria a boca.

-Eu realmente espero que ele não tenha aberto o bico ou eu vou ser capaz de fechar a boca dele para sempre.-Amaya entrou no carro no bando do motorista batendo-a com força. Ken somente a seguiu calado e Rosada sentou no banco de trás.

-Só nós três?-Ken perguntou incerto. Com certeza seu pai estaria com vários homens junto a ele.

-Os nossos já estão lá. Somos os últimos. O melhor para o final certo?-Rosada falou "raspando" a cabeça de Ken fazendo o mesmo rir sem perceber.

Amaya percebeu seu celular tocando e pediu para Rosada atender. Rosada fez uma careta para Amaya. Amaya pegou o telefone, estacionou o carro e saiu estressada.

-A patroa não é assim sempre. É por causa que as coisas estão saindo dos planos dela.

-Ah...

-Ela é uma pessoa que planeja exatamente tudo.

-Você está me contando tudo isso... Que motivo você tem?

-Você me lembra uma pessoa, uma pessoa bem importante.

-Eu sou gay.

-E eu sou lésbica e casada, meu bem. Diminui o ego.

Ken e Rosada riram alto.

Amaya voltou para o carro. O clima pesou. Ela deu partida no carro e seguia o caminho. Ken e Rosada se olhavam sem saber como reagir.

-Um dos nossos traiu a gente. Ele estava no lado da porra da polícia.-Amaya estacionou e sacou uma arma.-Vamos fazer o ataque por agora e resolver o acerto de contas. Traidores não fazem parte do meu bando.

-Como o Aidan está?-Ken se preocupava pelo seu amigo.

-Rosada vai o levar para ele. Você tem essa tentativa para o trazer de volta. Se ele não voltar, torça para eu não colocar minhas mãos nele.

Amaya saiu do carro sem tempo para uma resposta. Ken suspirou pesado e Rosada passou para o banco da frente. Eles foram indo e só escutaram alguns tiros e gritos quando saíram. Ken não sentia sua consciência pesar por ir contra seu próprio pai. Na verdade se sentia bem.

-O Aidan realmente devia estar virando importante para a patroa.

-Ela gosta de alguém?

-Ela não é sem coração.-Rosada riu fraco.-Mas no mundo que vivemos, precisamos ser mais durões do que o necessário. Entende né, loirinho?

-Que vida triste hein!

-Quem é o cara?

-Que cara?

-Que fez você ir contra o seu pai! Da conversa lá.

-Ele ainda não quer assumir um relacionamento! Não está confiante, vou esperar o tempo dele.

-Entendi.

Rosada freou bruscamente após perceber que ia atropelando o próprio Aidan. Ele estava sem camisa e sua aparência estava acabada. Estava pálido. Ken saiu do carro e por sorte segurou o amigo antes dele cair. Rosada o ajudou a colocar no banco do passageiro. Ken rapidamente foi para sua casa e pegou algumas coisas dos dois e partiu com Rosada.

Aquilo que a vida me guardouOnde histórias criam vida. Descubra agora