traição e descobertas

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-Você está dizendo que é alguém próximo a família?-Ken juntava as mãos e agitava com uma cara de indignação.

-É o que tudo indica!-Rosada falava com sua postura reta como sempre. Permanecia com uma feição séria.

-Aidan?-Amaya falou cutucando o ombro do mais alto querendo saber da situação do mesmo.

-Estou só processando, não imaginei que minha família seria odiada.

-Sua mãe era uma drogada e seu pai um tremendo mentiroso.-Rosada falou e Ken a repreendeu com o olhar.

-Estou com dor de cabeça.-Ele esfregava a testa com seu indicador e polegar e resmungava.

-A gente tem mais uma coisa!-Amaya falou ainda olhando para Aidan e com sua mão apoiada no seu ombro.-Sua casa estava fechada, certo? Conseguimos uma maneira de entrar lá, mas é a madrugada e tem que ser rápido.

-A polícia fica sempre lá e vão começar a reformar agora, já que meu pai conseguiu finalmente fazer a vontade dos pais do Aidan de construir alguma coisa grande ali. Como conseguiram?-Ken falava disparando rapidamente.

-É segredo loirinho!-A rosada sorriu e Ken cruzou os braços não satisfeito com a resposta.

-Você vai querer ir?-Amaya levantou pegando a papelada e Aidan finalmente a encarou nos olhos. Somente concordou com a cabeça e Amaya sorriu.-Duas da manhã, vamos passar aqui. Estejam prontos, por favor! Odeio esperar.

Amaya e Rosada saíram da casa.

-Caraca, as coisas que você mete a gente Aidan. Vou dormir, nessa hora você me acorda. E se elas acharem ruim, problema delas.

Aidan só viu o amigo subindo as escadas para ir para o quarto. Aidan deitou no sofá e encarava o teto. Escutava somente o relógio passando o tempo, as gotas d'água que caiam na pia, alguns carros que passavam na rua. Todos esses sons pareciam ser altos o suficiente para ele. Tudo estava o estressando, sentou no sofá e sentiu as paredes o apertando.

Sua garganta havia se apertado. Ia para cozinha, beber água, ele ficaria melhor. Ele levantou as paredes se mexiam. Apertavam e se afastavam ao mesmo tempo e ele estava tonto, queria vomitar. Ele caiu no chão e começou a se tremer de frio. Suava, porém ainda sentia frio. Tentou falar e não saia nada. Ele abraçou seu próprio corpo ainda deitado.

Se achava fraco. Odiava se sentir indefeso. Ele sofria por tão pouco. Seus pais eram pessoas ruins, mas não era grande coisa. Sua vida foi problemática? Não tanto. Ele se achava um grande bebê chorão. Odiava isso. Se xingava mentalmente e sentia seu coração bater descontrolado fora do ritmo.

Escutou passos. Escutou a voz de Amaya desesperada. Ela tinha invadido a casa do mesmo? Bem, ele não estava em condições para se importar. Ela segurou o corpo de Aidan e o abraçou. Sussurrava algumas palavras que Aidan não entendia. Mas, mesmo assim, por algum motivo, confortava o mesmo.

Passou um tempo, Aidan se acalmou e escutaram um Ken reclamando que queria dormir ainda. Aidan se comportou como se nada tivesse acontecido. Amaya simplesmente seguiu a onda. Eles foram para o carro. Existia dois pretos que iam. A rua estava solitária. Aidan olhou perdido para Amaya que dava instruções para seus homens. Ela realmente não parecia uma pessoa ruim, só tinha tomado decisões péssimas.

Eles chegaram. Aidan desceu sentindo uma sensação de melancolia. Ele seguia mesmo assim todos. Eles entraram e observavam a casa que estava totalmente detonada. Poucas coisas realmente sobrariam ali. Amaya deixou seus homens fora para ficarem de guarda. Ela entrou e todos procuravam algo.

-Vamos nós separar!-Amaya segurava uma arma nas suas mãos. Jogou uma para Aidan e Ken recebeu outra arma de rosada.-Aidan, vem.

-Uhum.-Aidan somente seguiu Amaya e Ken seguia Rosada resmungando. A mais velha só mandou ele calar a boca.

Aquilo que a vida me guardouOnde histórias criam vida. Descubra agora