Conhecendo

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P.O.V. Sasuke

Eu estava sendo torturado novamente com as correntes elétricas. As marcas no meu corpo eram fundas, mas já estava acostumado com isso. A dor já me abandonara a muito tempo. Nada mais era sentido. Estava sendo arrastado até a minha cela, quando um guarda nós para e fala:

— Leve ele pra sala do chefe!

Me pergunto o que ele queria daquela vez. Provavelmente ia me mandar pra outra cela e aumentaria meus castigos. Ele me odiava por ter resistido a tantas coisas que ele me fizera. Por outro lado, adorava me ver sangrar a cada tortura.

Fui levado até sua sala, me jogaram na cadeira e me acorrentaram.

— Sasuke Uchiha— disse ele vindo do fundo da sala.

— O que você quer?— perguntei de uma vez— Seja o que for que te disseram, não é verdade. Eu não tenho feito nada nessa merda de lugar.

— Acho bom que não tenha feito mesmo, senão... — um dos guardas me deu uma chicotada de aço na nuca.

— Fala logo o que você quer— olho diretamente em seus olhos.

— Bem, já que insiste— ele levanta o corpo e dá a volta na mesa, ficando ao meu lado e se escorando de frente pra mim— Hoje nossos homens encontraram uma menina demônio e o imperador colocou ela sob nossos cuidados.

— E o que eu tenho a ver com isso? Se você espera que eu a mate, pode esquecer.

— Não, ainda não. Mas não temos espaço para mais meninas na ala feminina, portanto, como você está sozinho...

—Ah!— digo entendendo— então é sobre essa menina que estavam falando no meu corredor? Ela terá de dividir o quarto comigo?

— Então já sabe o que te espera— Ele sorri cínico — Ela é uma mera criança, está vindo para cá hoje mesmo.

— E quando ela estiver no cio? E quando eu estiver no cio?

— Não achei que se importava com isso, praticamente todas as meninas falam de como você...

— Eu pergunto antes— Digo com raiva— Não sou nojento igual vocês.

— Tanto faz— ele revira os olhos— Se ela entrar no cio, você fode ela e acaba com isso. Ela é tão pequena que talvez você a mate e nos poupe o trabalho.

— Não vou matar uma criança, pode esquecer.

— Não terá muito controle na hora, não?— Ele sorri maldoso.

— Quando ela vem?— falo devagar, com o ódio escorrendo pela garganta

— Ainda hoje a tarde. Era só isso, boa sorte— ele dá o comando de cabeça e os guardas me puxam de maneira brutal e me levam até a cela, onde me jogam de qualquer jeito. E lá eu fico.

P.O.V. Hinata

Eu estava caminhando na frente dos guardas. Eles tentaram me algemar, mas desistiram quando eu quebrei o terceiro par. Estava chegando perto de uma construção grande e escura.

Não pensei que choveria por essas bandas. A não ser que não tenha chegado à floresta...

Pensei enquanto sentia alguns pingos caírem. Ao entrarmos, senti a energia pesada de tristeza, choro, desespero e angústia. Meus ouvidos captaram o choro das crianças. Eu ouvia também os gritos de dor. Sofrimento. Aquilo fez meu estômago revirar de raiva e nojo.

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