XI

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- A Saky fez alguma coisa? - Perguntou e suas lágrimas já começaram a aparecer - Eu julo que a Saky não fez por mal.

- Pequena - Fiz carinho em seu rosto e ela se
afastou.

- Eu não quelo você - Falou se levantando e as lágrimas começaram a cair pelo seu rosto - Você quer devolver a Saky.

- SAKURA - Gritei e ela me olhou assustada -
Você não me deixa falar - Falei bravo e ela
se encolheu - Cala a sua boca e me deixa
explicar o que eu queria falar com você -
disse bravo e ela me olhou chorando.

- EU TE ODEIO - Gritou e saiu correndo da
sala.

- SAKURA VOLTE AQUI - Gritei e escutei a porta de algum cômodo bater.

Saí rápido da sala de cinema e fui em direção aos quantos, talvez ela tenha entrado em algum. Entrei no meu e ela não estava lá, corri em direção ao quarto de hóspedes, mas ao tentar abrir a porta percebi que estava trancada.

- Pequena - Sussurrei e escutei um soluço alto - Eu só faço merda - Bati na minha cabeça e tentei girar a maçaneta.

- Saí da-daqui - Ela falou soluçando.

- Me desculpa, eu perdi a cabeça e descontei toda minha raiva em você - Falei ainda ouvindo seus soluços.

- Não adi-adianta o Daddy sempe brigar com a Saky e depois pedir desculpa - Falou com a voz embargada e voltou a chorar.

- Me desculpa - Falei  - Eu só estava preocupado e com raiva - Indaguei - Me perdoa - disse em sussurro.

- Eu quelo ficar sozinha - Falou.

- Por favor princesa, vamos deitar
juntinhos um com o outro, eu preparo
seu mama quentinho - Falei baixo - Diz
que perdoou o papai, diz?

- Me dei-deixa em paz - Falou e eu me escorei na parede caindo lentamente até o chão.

- Princesa, vamos dormir com o papai,
por favor - Continuei insistindo - O papai
trabalhou o dia inteiro e nem viu a baby
dele. Eu peço sua pizza favorita - Encostei minha cabeça na parede. - Fiquei alí mais um tempo sem obter resposta.

- Fala para o Daddy que está tudo bem -
Pedi e ainda só escutava seus soluços - Por
favor - Me levantei e encostei a cabeça na
porta - Amor.

- VAI EMBOLA - Ela gritou e eu fechei os olhos com raiva de mim mesmo.

- Daddy vai te esperar lá no quarto tá?
Para a gente dormir juntinho. Só nós
dois, e o Boo. Por favor. - Saí de lá indo em direção ao quarto, chegando lá, me joguei na cama e gritei com rosto travesseiro.

- Você é um merda - apeguei uma xícara
branca que estava em cima da cômoda e
taquei-a no chão, fazendo seus destroços se
espalharem para todos os lados.

São 2 horas da manhã, estou com televisão
ligada no desenho favorito dela, esperando
que ela venha para cá.

Depois de alguns minutos, me levantei e fui em direção ao quarto de
hóspedes.

- Bebê? - Chamei ela e escutei a televisão
ligada - Eu botei seu desenho favorito
pra a gente assistir. E eu preparei seu mama, e está quentinho - Encostei minha cabeça na porta - Vamos deitar com o papai?

- Eu não quelo - Ouvi sua voz diferente devido ao choro.

- Eu estou te esperando para ver 'Charli
e Lola' - Sussurrei - Eu acho que o
Boo também quer ver 'Charli e Lola' -  Tentei abrir a porta.

- Eu e o Boo estamos vendo juntos - Falou
soluçando.

- Mas você não quer assistir com o Daddy?
- Perguntei fraco.

- Hoje não - Sua voz saiu embargada.

Me virei e andei rápido para o quarto, ela não queria me ver.

- Ela te odeia, todos te odeiam - peguei um
pedaço da caneca que estava no chão e a
lancei novamente contra o chão.

Deitei na nossa cama e peguei o travesseiro
dela, sentindo o cheirinho de neném que já se impregnou nele.

- Desculpa - Sussurrei contra o travesseiro e
o apertei contra meu corpo - Eu sei que eu fiz ruim, só que... Desculpa.

[...]

Acordei com uma dor de cabeça insuportável, eram 6 horas da manhã e eu não dormi praticamente nada.

Hoje ainda é terça-feira, o que significa dizer que eu preciso ir para a empresa, a vontade de faltar e tentar tirar minha pequena sempre fala mais alto, só que o Sai enviou uma mensagem para mim dizendo que Ino marcou uma reunião comigo e com o gerente da economia da empresa.

Levantei e fui me arrumar, quanto mais
rápido for, mais rápido irei voltar.

[...]

Bati na porta do quarto da minha pequena, e não obtive resposta.

- Pequena? - A chamei e ouvi alguns
resmungos - Bom dia - Encostei minha cabeça na porta.

- Bom dia - Escutei sua voz distante.

- Bom, eu estou indo trabalhar, mas
volto logo, O Daddy te ama.

- Tchau - Ouvi ela falar e eu apenas concordei. Nenhum "Bom trabalho" ou "Também te amo".

[...]

- Mas isso não significa que terei que tirar
a maior parcela do percentual de compra
- Continuei insistindo na mesma fala,
só que Ino não concordava com meu
posicionamento.

- Sasuke preste atenção - ela falou séria - Se
você dar pelo menos uma porcentagem de
desconto para essa parceria, você ganhará
um lucro maior.

- Não irei - Mostrei a ela os slides que meu
gerente preparou - Eu ganharei um lucro, mas a porcentagem "ruim" será maior - Indaguei cansativo.

Quando Ino foi falar alguma coisa, meu
telefone tocou, era Kika.

- Desculpa, eu preciso atender - Falei rápido e saí da sala de reunião.

Ligação on

- Kika?

- Senhor Sasuke - Ela falou afobada - Venha
rápido.

- O que aconteceu?

- A Sakura não está me respondendo, depois que falou que iria tomar um banho, ela não tinha saído do qua-quarto, fiquei gritando por ela, mas a me-mesma não me respondia - Falou gaguejando.

- Eu já estou indo.

Ligação off

- Que não seja nada de grave - Corri em direção ao meu carro - Se algo acontecer com ela, irei me culpar para sempre.

𝐌𝐘 𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐋𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora