𝐌𝐘 𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐋𝐑

XIX

- Karin foi uma pessoa muito ruim - Falei
e desliguei o chuveiro, saindo com minha
pequena no colo e pegando a toalha dela.

Seu ar curioso rapidamente foi trocado pelo
ar de preocupação.

- Para o Daddy? - Perguntou preocupada.

- Sim, bebê - Falei secando seu cabelo,
calmamente, com a toalha.

- O papai tá tliste? - Perguntou tocando meu
rosto - Eu não queria que lembrasse dessa Karin.

- Está tudo bem, princesa - Sorri fraco para ela e amarrei a toalha em minha cintura. Peguei ela no colo, que estava enrolada na toalha, e levei para o quarto - Não se preocupe, o papai não está triste - Coloquei ela na cama e comecei a distribuir beijos em seu pescoço - Agora o Daddy está feliz porque tem a Saky.

- A Saky deixa o Daddy feiz? - Perguntou fofa e eu sorri.

- Muito feliz.

Andei até a porta e abri vendo uma sacola
do supermercado com um pacote de fraudas dentro dele. Não apenas um pacote de fraudas, Kika comprou pomada e lencinho umedecido.

- Quer colocar uma agora? - Perguntei e
minha princesa assentiu vergonhosa.

Andei até ela e a enxuguei corretamente. Suas bochechas coradas mostram que está tímida por eu estar a vendo de uma maneira tão exposta, além do banho, e que não seja com segunda intenções.

Passei a pomada com cuidado, para que ela
não fique constrangida. Peguei uma frauda,
colocando nela e arrumando em seguida.

- Gostou? - Perguntei.

- É gostosinho - Falou fofa se remexendo na
cama e eu ri.

Peguei uma roupa confortável e vesti nela.
Em seguida, fui me vestir também.

- Vem princesa - A chamei para deitar - Pode tirar uma soneca, o papai vai pedir nossos lanches e quando chegar eu acordo você - Falei e senti sua boca em meu mamilo.

Quando Sakura tocou no assunto da Karin,
meu sangue gelou, o medo e trauma que
existe em mim feito por essa mulher são
horríveis.

Para mim, Karin era a melhor pessoa
no mundo para mim. Era muito bonita,
carismática e bondosa. Ela almoçava comigo todos os dias e me elogiava sempre que possível, me fazendo assim acreditar que era perfeita para mim.

Mas, acabou que quando se tornamos
oficialmente um casal, os lados obscuros
dela começaram a aparecer. Ela me
usava psicologicamente para conseguir meu dinheiro.

Flashback On

- Oi, amorzinho - Senti um beijo de Karin
no meu pescoço e sorri com o ato.

- Oi, Vida - Falei e ela se sentou no meu colo,
começando a arrumar minha gravata.

- Acho que essa gravata não é tão legal - Falou e eu franzi o cenho - Não combina com você.

- Mas, eu gostei - Falei e ela me olhou brava.

- Se você quer sair na rua como se não tivesse uma namorada, pode ir - Falou se levantando - Essa gravata está te deixando muito gay.

- Karin - A repreendi e vi seus olhos
lotarem de lágrimas - Desculpa - A abracei
apertado e beijei seus lábios.

- Eu não queria te deixar bravo - Falou triste - Só queria dar minha opinião.

- Tudo bem - Beijei sua bochecha e comecei
е a desamarrar minha gravata. Estou me
sentindo mal por ter a feito chorar - Desculpa.

- Eu posso te pedir uma coisa? - Perguntou e
eu concordei - Pode me dar seu cartão, como pedido de desculpas?

- Por que meu cartão? Não prefere a mim?

- Ou seu cartão, ou irei contar para todos
como você é uma pessoa horrível comigo -
Falou e vi as lágrimas voltarem a cair.

- Desculpa - Falei rápido e tirei minha carteira do bolso, pegando meu cartão e entregando para ela - Aqui está.

- Obrigada, bebê - Falou saindo do meu
escritório.

Flashback Off

Karin me usava de todas as formas. Tanto
psicologicamente, quanto fisicamente.
Sempre me forçava a transar nas horas que
não me agradavam, e se caso negasse era
ferido pelas palavras de baixo calão dela.

Eu como um bobo apaixonado, não percebia essas crueldades que eram frequentes em minha vida. Até que eu vi ela batendo no meu sobrinho, depois daí, nunca mais tive coragem de olhar
na cara dela.

Flashback On

Deixei meu sobrinho junto com Karin, e vim sozinho comprar nosso lanche para ver um filme na minha casa.

Cheguei em casa e escutei um choro alto
vindo do meu quarto, será que Hiroki se
machucou?

Corri em direção ao cômodo e abri a porta
bruscamente, vendo Karin segurar Hiroki
pelos cabelos.

- Titio... - Ele me chamou ainda chorando
fortemente.

- Largue ele, Karin - Falei sério e o pequeno
correu em minha direção - Príncipe - Peguei ele no colo e fiz um carinho em sua cabeça. O mesmo se agarrou em mim e o senti tremer - Saia da minha casa.

- Sasuke, não fale assim com sua noiva - Falou séria.

- Você é só a Karin para mim - Falei tirando
a aliança do dedo e entregando para ela - Saia da minha casa, antes que eu chame meus seguranças.

- Você é um vagabundo - Ela falou brava - Vou contar para todos o meu lado da história, e todos irão acreditar em mim - Bateu a porta do meu quarto.

- Titio, não deixa ela cheg-chegar perto de
mim - Hiroki falou baixo contra meu pescoço.

- Não irei - Falei apertando-o mais em mim.

Flashback Off

Nunca mais vi Karin. Foi assim que meu
término ocorreu e que todos souberam sobre nosso péssimo relacionamento.

Eu acabei indo em televisões públicas me
explicar, e poder dizer e contradizer tudo que Karin falou contra minha pessoa. Acabei recebendo muitos comentários negativos, mas já superei.

A pequena ao meu lado, se tornou meu porto seguro em pouquíssimos dias. Mostrando que me ama de verdade, e não está comigo apenas por eu ser um famoso e ter muito dinheiro.

[...]

- Está bom? - Perguntei para minha pequena, que comia seu hambúrguer toda suja por conta do cheddar.

- Muito bom - Falou e soltou um gemido de
apreciação, após dar mais uma mordida no
alimento.

- Que bom que gostou princesa - Falei feliz,
mas minha alegria foi toda embora quando
escutei a notícia que estava passando na
televisão.

"Sasuke Uchiha, dono da empresa 'Astetic',
foi denunciado por casos que ainda não
foram divulgados. E queremos saber que é
a mulher que estava no colo dele saindo do
hospital..."

Desliguei a televisão rapidamente e vi Saky
me olhar chorosa.

- Por que acham que o senhor me sequestrou e abusou da Saky? - Minha pequenabperguntou com os olhos banhados de lágrimas - Quem denunciou o Suke?