Capítulo 1 - Saindo do curso

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It's not simple to say
Most days I don't recognize me
[...]
Have taken more than
I gaven'im
[...]
She's imperfec but she tries
[...]
She is had on herself
Seh is broken and won't ask for help
[...]
She is lonely most of the time

Na maioria dos dias eu não me reconheço
[...]
Tomaram mais do que eu dei
[...]
Ela é imperfeita, mas ela tenta
[...]
Ela é dura consigo mesma
Ela está destruída, mas não pede ajuda
[...]
Ela é solitária na maior parte do tempo

Preocupação.

As mulheres possuem o famoso sexto sentido. E no caso de Marta, o seu era bem aguçado. Com todas as experiências de esposa, mãe, empresária, profissional e uma pessoa culta de mente aberta, para um mundo extremamente liberal. Sendo uma mulher que confia no próprio taco e uma jogadora experiente, ela já sabia o que aqueles sinais significavam. E ela sentiu medo, uma angustia que só havia passado uma vez, e desde aquela experiência tomou todos os cuidados existentes para que não ocorresse outra vez.

Mas ela confiava em sua intuição. E naquele instante a amaldiçoava de todas formas. Ela não queria acreditar, não podia. Não era verdade, já não tinha mais condições. Ou será que tinha?

Sentada na cadeira do próprio quarto, com a mão alisando o queixo e com os olhos que passeavam entre o banheiro, onde acabava de vomitar todo seu café da manhã e a cama, onde seus pensamentos não saiam do quarto de hotel onde a semanas atrás consumou o ato mais carnal entre os seres humanos. Foi uma noite longa e regada de luxúria, uma manhã agradável com o sabor de um até logo e uma despedida ousada de tal forma que era digna das telas de cinema.

Impaciente ela se levantou, deu voltas e voltas na frente da cama até que se sentou. Cobriu o rosto com as mãos e soltou um gemido frustrado. Não podia permanecer daquele jeito, ela sabia disso. Precisava tirar essa dúvida, acabar com aquela incerteza, acabar com o que estava acabando com ela. Colocou mais que depressa a bolsa debaixo do braço e saiu daquele ambiente que a estava sufocando. Enquanto descia as escadas, murmurava "não pode ser verdade" como um mantra, uma forma de acalmar a si mesma, ainda que, lá no fundo, soubesse que era sim verdade. Mas ela torcia para estar errada, como nunca fez antes na vida. Afinal, quantos problemas aquela verdade desencadearia?

Desceu as escadas apressada e foi direto para porta sem dar uma palavra com ninguém. Ignorando João Lucas, Du, Amanda e Maria Clara que estavam na sala aguardando um recado do comendador que estava no escritório em uma ligação importante. Não viu Zé Pedro e Danielle vindo da cozinha e muito menos Ísis, que desceu a escada um pouco atrás dela. Apenas saiu pela porta sem notar os olhares em suas costas e nem ouviu os comentários também.

- A mãe foi tirar o pai da forca. - brincou Pedro se aproximando com Danielle.

- Alguém sabe o que a tia tem? Saiu e nem falou nada, não deu bronca pelo fato de estarmos atrasados pro trabalho , nada?

- A mãe tá estranha mesmo, acordou cedo , tava na mesa antes de todo mundo. Até que ela saiu de repente sem dizer nada e ... - Lucas foi interrompido por Danielle.

- Não podemos simplesmente agradecer os instantes de paz sem a Marta por perto? - falou com irônia.

- Os incomodados que se mudem querinha. - provocou Amanda com um sorriso faceiro.

Mas antes que Danielle pudesse responder , Pedro a interrompe colocando a mão em se braço.

- Alguém sabe do pai? Se ele já voltou saiu do escritório?

O Alvorecer da ImperatrizOnde histórias criam vida. Descubra agora