Capítulo 3 - Preparativos, felicidades e gran finale

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A imperatriz entrou na mansão sem esperar que abrissem à porta para ela. Fechou a mesma e pela sua visão periférica constatou que todos estavam na sala com exceção de Ísis. Seus filhos, sobrinha, noras se encontravam acomodados nos sofás e seu futuro ex-marido se encontrava de pé no canto da sala. Sua presença foi imediatamente notada por todos os presentes e ela logo ouviu o que já esperava.

- Até que enfim. Whats a hell, Marta! Achei que ia ter que mandar o Josué te rastrear. - falou o comendador colocando as mãos na cintura.

- Não precisa fingir que não gostou de me ter por perto Zé Alfredo. - ela disse se aproximando deles. - Mas para a alegria de alguns, não de todos... - olhou de soslaio para ele e Danielle. - Já me faço presente novamente nesse hospício. - falou já soltando suas tradicionais farpas.

- Mãe, a senhora sumiu. Não atendia telefone, nada! Claraíde disse que você dispensou o Brigel e não deu mais sinal de vida... - Zé Pedro foi interrompido pela mãe que queria acabar logo com o assunto e subir para seu quarto.

- Bom, por infelicidade da vida, adivinhem? A bateria do telefone acabou e não estava com o carregador. - tratou de explicar rápido. Precisava das respostas na ponta da língua, se demorasse a responder, sem dúvidas desconfiariam dela.

- Onde passou o dia? - Maria Clara quis logo saber, desconfiando da atitude da mãe.

- Cuidando da minha vida. - a resposta foi automática, infelizmente a imperatriz sabia que ia precisar de mais do que aquela resposta vaga para fazer com largassem do seu pé.

- O dia todo? - nem mesmo Amanda, que sempre saia para interceder pela tia havia acreditado. Marta olhou para sobrinha de atravessado, infelizmente sabia que precisava inventar uma história melhor do que a que estava contando.

- É mãe, a senhora não apareceu na empresa e nem deu notícia o dia todo. Ficamos preocupados. - disse o caçula sentado ao lado da namorada.

- Que que se tá aprontando hein, Marta? - o comendador questionou sem paciência. Alguma ela estava aprontando, matutava ele. - Que lugar pode ser mais importante pra você do que a Império? Estamos quase em lançamento, já tinha dito que não era pra ninguém arredar o pé de lá antes que estivesse tudo pronto. - pontuou ele, achando que ganharia a discussão.

- Olha, se você se acha no direito de convocar seus fiéis discípulos para uma reunião em casa antes do horário comercial e julga apropriado não me chamar para participar da mesma... - olhou pra ele sorrindo irônica. - É porque a minha presença não é de suma importância, não é mesmo? - finalizou ela com uma expressão vencedora. Zé Alfredo estranhou mais ainda. Tudo que dizia respeito ao Império dos dois Marta exigia ser a primeira a saber. O que ela estava aprontando?

- Cê pode parar de drama e não muda de assunto! - ele levantou a mão apontando o dedo pra ela sem paciência. - O que é que você tá aprontando? - falou pausadamente.

- Por que eu estaria aprontando alguma coisa? Por que tudo eu? - ela disse e ele revirou os olhos. - Não faz essa cara não, porque tudo que acontecesse agora é culpa minha, não é isso? Ah por favor, me deixem em paz. - se encaminhou para escada e ao pisar no primeiro degrau parou, para responder a provocação feita por Clara.

- Por que será, hein Marta? Que a culpa é sempre sua? Talvez porque no fundo seja mesmo você a culpada por nós estarmos nessa situação. - a filha do meio fala rindo sarcasticamente enquanto alisa o cabelo sentada no sofá ao lado de Danielle e Pedro.

- Ô Clara, também não é assim que...

- Deixa ela falar José Pedro. Deixa ela descontar em cima de mim a mágoa e tudo que acontesse de errado na vida dela, afinal, a culpa é minha não é?

O Alvorecer da ImperatrizOnde histórias criam vida. Descubra agora